E piorou um tico o tempo, em Minas entramos, serra-acima, com os cavalos esticados. Aí o truvisco; e buzegava. O ladeirão, ruim rampa, mas pegamos a ponta da chapada. Foi ver, que com o vento nas orêlhas, o vento que não varêia de músicas. Tudo consabia bem, isto sim, digo; no remedido do trivial, espaço de chuva, a gente em avanço por esses tabuleiros: fazia rio, por debaixo, entre as pernas de meu cavalo. Sertão velho de idades. Porque — serra pede serra — e dessas, altas, é que o senhor vê bem: como é que o sertão vem e volta. Não adianta se dar as costas. Ele beira aqui, e vai beirar outros lugares, tão distantes. Rumor dele se escuta. Sertão sendo do sol e os pássaros: urubú, gavião — que sempre vôam, às imensidões, por sobre… Travessia perigosa, mas é a da vida. Sertão que se alteia e se abaixa. Mas que as curvas dos campos estendem sempre para mais longe. Ali envelhece vento. E os brabos bichos, do fundo dele…
Com trovôo. Trovoadão nos Gerais, a rôr, a rôdo… Dali de lá, eu podia voltar, não podia? Ou será que não podia, não? Bambas asas, me não sei. Bambas asas… Sei ou o senhor sabe? Lei é asada é para as estrelas. Quem sabe, tudo o que já está escrito tem constante reforma — mas que a gente não sabe em que rumo está — em bem ou mal, todo-o-tempo reformando?