Categoria: Dostoevsky, Fyodor
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Homem-deus
DOSTOIEVSKI, Fiodor. Os Irmãos Karamázov. Tr. Paulo Bezerra. São Paulo: Editora 34, 2012 – É a mim que vais matar? Não, vais ME desculpar, pois vou falar. Vim para cá justo com o fim de ME dar esse prazer. Oh, amo os sonhos dos meus amigos ardentes, jovens, que a sofreguidão de viver deixa trêmulos!…
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O homem é livre?
DOSTOIEVSKI, Fiodor. Os Irmãos Karamázov. Tr. Paulo Bezerra. São Paulo: Editora 34, 2012 […] Vede entre os leigos, e em todo o mundo que se coloca acima do povo de Deus, se ali não foi deformada a imagem de Deus e a Sua verdade. Eles têm a ciência, e na ciência só aquilo que está…
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Isolamento
Fiódor Dostoiévski. OS IRMÃOS KARAMAZOV. Tr. A. Augusto dos Santos. Mimética, 2019 — Que entende por isolamento? — O que predomina por todo o lado, sobretudo nos nossos dias, e que não adquiriu todo o seu desenvolvimento e está ainda muito longe dos seus limites. Cada um tende a levar a sua individualidade a maior…
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Presença da harmonia eterna
Fiódor Dostoiévski. OS POSSESSOS. Tr. A. Augusto dos Santos. Centaur Editions, 2014 — Há momentos na vida, mas apenas de cinco ou seis segundos, em que se sente de repente a presença da harmonia eterna. Este fenómeno não é terrestre, nem celeste, mas é qualquer coisa que o homem, sob o seu invólucro material, não…
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Memórias do Subsolo, de Dostoiévski
Phenomenology of Life in Border Situations: The Experience of the Ultimate (Husserliana89) Memórias do Subsolo, de Dostoiévski, é uma crítica devastadora à fé na razão – ou, mais precisamente, à fé na razão instrumental, aquela que nega nossas paixões ou suprime uma parte essencial de nós mesmos. Para Dostoiévski, é assim que perdemos nossa humanidade.…
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“O Adolescente” de Dostoiévski
ELTCHANINOFF, M. Dostoïevski, roman et philosophie. Paris: Presses universitaires de France, 1998. O que primeiro salta aos olhos do leitor é o aspecto caótico, quando não confuso, de sua arte [de Dostoiévski]. O Adolescente, seu penúltimo romance, é um dos melhores exemplos disso. Trata-se, sem dúvida, do mais desenfreado e desordenado de todos. Sem nos…
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Dostoiévski (Subsolo:C2) – qualquer consciência é uma doença
Tenho agora vontade de vos contar, senhores, queirais ouvi-lo ou não, por que não consegui tornar-ME sequer um inseto. Vou dizer-vos solenemente que, muitas vezes, quis tornar-ME um inseto. Mas nem disso fui digno. Juro-vos, senhores, que uma consciência muito perspicaz é uma doença, uma doença autêntica, completa. Para o uso cotidiano, seria mais do…
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Dostoiévski (Subsolo:C3) – um camundongo de consciência hipertrofiada
Pois bem, um homem desses, um homem direto, é que eu considero um homem autêntico, normal, como o sonhou a própria mãe carinhosa, a natureza, ao criá-lo amorosamente sobre a terra. Invejo um homem desses até o extremo da minha bílis. Ele é estúpido, concordo, mas talvez o homem normal deva mesmo ser estúpido, sabeis?…