Categoria: Guy Bugault
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Bugault (GBIP:187-190) – Antropologia Budista
No Sermão de Benares, o «eu» é submetido a uma análise redutora. O que tomamos por uma unidade substancial é um composto psicossomático, que se decompõe em cinco grupos de apropriação (upadana-skandha). Tentemos verificá-los em nós mesmos. A princípio, não nos identificamos, certamente, em nossa constituição física, material (rupa), mas também de uma forma mais…
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Bugault (GBIP) – Filosofia Indiana
in Guy BugaultA questão prévia: em que medida e que sentido pode-se falar de «filosofia indiana»? Esta questão demanda ser abordada com inteira serenidade. Com efeito, o conhecimento das grandes culturas da Asia — com ou sem filosofia — tem muito a interessar os filósofos. Se tratando da Índia, sua antropologia, suas concepções psicológicas e medicais, a…
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Bugault (GBIP) – Antropologia Budista (1)
O esboço geral do Capítulo V nos deu uma ideia do lugar que o pensamento budista, em uma época ainda pré-científica, reservava à experiência e à razão. Agora proponho aplicá-lo a um problema que nos é familiar desde a era moderna, o da consciência pessoal: primeiro na companhia dos filósofos por meio do tema do…
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Bugault (GBIP) – A Índia pensa?
in Guy BugaultGuy Bugault — A ÍNDIA PENSA? L’Inde pense-t-elle ? ÍNDICE: (extratos em caixa alta) PRIMEIRA PARTE FILOSOFIA E SOTERIOLOGIA Capítulo I. A questão prévia: em que medida e que sentido pode-se falar de «filosofia indiana»? 1. Protocolo da confrontação 2. Resgate dos preconceitos (vocabulário; darshanas) 3. Os textos indianos 4. Existência e especificidade da filosofia…
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Bugault (GBIP) – Budismo
No que diz respeito aos Śramans, o exemplo do budismo nos permite discernir claramente qual é o papel da filosofia e qual é o seu modo específico de uso. O budismo em suas origens não é, estritamente falando, nem uma religião nem uma filosofia, mas uma disciplina psicossomática que compreende três elementos: moralidade (śīla), concentração…
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Bugault (GBIP) – darshanas hindus
in Guy Bugault2. 2. CULTURE ET PHILOSOPHIE, LA RAISON ET LA FOI 2. 2. 2 No lado indiano E agora, o que dizer do lado indiano? Precisamos fazer uma distinção. Existe a ortodoxia e a heterodoxia. Também há ortodoxia e ortodoxia. Vamos explicar. 2.2.2.1. Os darśana hindus são, em princípio, ortodoxos, ou seja, estão de acordo com…
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Bugault (GBIP) – Especificidades da filosofia indiana
in Guy BugaultEntretanto, mesmo se mantivermos apenas os textos que reconhecemos como filosoficamente relevantes, devemos enfatizar certas características que eles têm em comum e que contrastam com os padrões da filosofia ocidental. As preocupações humanísticas, até mesmo terapêuticas e sapienciais, estão presentes na filosofia grega. Elas também não estão completamente ausentes da filosofia moderna, apesar das aparências…
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Begault (GBIP) – Nagarjuna
Embora sua historicidade seja certa, sabemos muito pouco sobre a vida desse monge budista indiano, além de afabulações mais ou menos lendárias. Acredita-se que ele tenha vivido no século IV, sete ou oito séculos após o Buda (560-480 a.C., de acordo com a datação antiga). Ele é o fundador da chamada Escola Média e o…
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Bugault (GBIP) – Vocabulário filosófico indiano?
in Guy Bugault2. LEMBRETE DE PRECONCEITOS Há três tipos de preconceito, para aqueles que se contentam com o “pensamento pronto”. 2. 1. VOCABULÁRIO Não existe um decalque sânscrito do grego ϕιλοϭοϕία, mas sim uma constelação semântica em que ora a forma, ora o conteúdo brilham. Vamos distinguir três grupos. O primeiro inclui termos cuja conotação é, acima…
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Guy Bugault
in Guy BugaultFoi professor de Filosofia Indiana e Comparada na Universidade de Paris IV — Sorbonne. A ele se devem numerosas monografias, tendo sido um dos responsáveis pela parte concernente a termos sânscritos nos volumes da Enciclopédie philosophique universelle (PUF), que utilizamos para definição de alguns termos e noções. Seu último livro é uma síntese muito bem…