Categoria: Pierre Deghaye

  • Deghaye (PDND) – Deus

    O Deus de Boehme é semelhante à Divindade mencionada na tradição islâmica: “Eu era um tesouro oculto, amei ser conhecido, então criei criaturas para ser conhecido”. O Deus de Boehme é uma Divindade oculta que anseia por ser conhecida e que se revela gradualmente, primeiro em um ciclo de emanação septiforme, depois criando e manifestando-se…

  • Deghaye (PDND) – Conhecimento de Si – Conhecimento de Deus

    Conhecer não é apreender abstratamente por meio do jogo do intelecto. Conhecer é participar do objeto conhecido. Conhecer Deus é, para o homem, tornar-se participante da natureza divina. Isto implica que Deus está em nós. Portanto, Deus deve nascer em nós. O nascimento de Deus, que é a revelação, não ocorre em um lugar infinitamente…

  • Deghaye (PDND) – alma

    As qualidades ou propriedades sensíveis que dão origem às coisas são unas com os sentidos que as percebem. Ambas compõem a realidade da alma que preexiste às coisas. Para Boehme, mesmo no nível mais elevado, a alma é sempre uma alma sensível, um sensorium. Ela está no nível dos sentidos grosseiros ou no nível dos…

  • Deghaye (PDND) – teosofia

    Boehme considera a natureza em duas dimensões. Faz distinção entre a natureza grosseira e a natureza perfeita. Esta última, que é a natureza divina da qual o escolhido é feito participante, representa o plano adequado de revelação. A natureza perfeita é elevada ao nível do sobrenatural, e é nessa natureza que Deus se reveste para…

  • Deghaye (PDND) – problema do mal

    Toda esta história de manifestação divina começa na escuridão. A escuridão é praticamente sinônimo de mal e inferno. O mal está no início, ou pelo menos é o seu arquétipo. Identificado com as trevas, o mal preexiste a toda a criação. É claro que o mal é impossível no nível da Deidade pura. Mas este…

  • Deghaye (PDND) – deidade

    Em Boehme, portanto, há a Deidade pura, por um lado, e sua emanação, o Deus da teosofia, por outro. A Deidade pura escapa completamente ao nosso conhecimento, enquanto o Deus emanado é o Deus que se revela. Logicamente, tudo o que deveríamos dizer sobre essa Deidade pura absolutamente incognoscível é que não sabemos nada sobre…

  • Deghaye (PDND) – o Deus que se revela

    “Eu era um tesouro escondido; amei ser conhecido”. Essa afirmação da Teosofia Oriental explica perfeitamente o movimento que, em Boehme, leva a Deidade pura a emergir de seu repouso eterno para se manifestar. Esse movimento implica uma aspiração, um desejo. Podemos atribuir desejo a Deus? Deus não é, por excelência, o Ser autossuficiente? O desejo…

  • Deghaye (PDND) – desejo de Deus?

    O desejo de Deus é o desejo de conhecer a si mesmo. Para Boehme, conhecer a si mesmo é sentir a si mesmo. Falaríamos de sensualismo em Boehme se fosse possível abstrair essa palavra da filosofia que lhe deu origem. Para o teosofista, o verdadeiro espírito se manifesta apenas na plenitude da alma, ou seja,…

  • Deghaye (PDND) – o que Deus vê?

    Deus vê por meio deste olho primordial. O que Deus vê? Nada ainda foi criado. A Divindade só pode ver a si mesma. No entanto, esta Divindade, aberta ao infinito, ainda é nada para o olho. Só existe este olho, que é pura visão, sem nenhum objeto materializado. No entanto, Deus se deleita com esta…

  • Deghaye (CHJB) – Filho

    A noite precede o dia, e a primeira visão oferecida pelo ciclo septenário é estranhamente reminiscente do espetáculo de nossa natureza ainda não renovada, onde reina a Discórdia, onde a verdadeira luz permanece invisível, mesmo que nas profundezas ela lute furiosamente para abrir uma brecha na escuridão. Em seu início eterno, essa natureza arquetípica se…

  • Deghaye (CHJB) – Cristosofia

    No final do ciclo de sete anos, Deus cria os anjos. Em Aurora, Böhme diz que Deus se tornou uma criatura a fim de incorporar sua substância às criaturas celestiais. Assim, antes de se tornar homem em Cristo, o Redentor, Deus se tornou um anjo. Mas os anjos já tinham forma humana e, para Böhme,…

  • Deghaye (CHJB) – Deus absconditus

    Consideramos o Deus de Böhme de acordo com a sua geração, que ocorre no ciclo das sete formas que simbolizam a natureza eterna. Mas o teosofista não fala de Deus antes desse ciclo? Dificilmente poderia passar sem ele. Faz isso de duas maneiras. Primeiro, diz que Deus se revela apenas na natureza, e quando sugere…

  • Deghaye (CHJB) – O Deus de Böhme não é a priori

    A teologia cristã como um todo coloca Deus a priori como o objeto de nosso conhecimento e o sujeito de suas ações. É de acordo com seus atributos que Deus é revelado a nós como um objeto. O primeiro é sua simplicidade: Deus é um. Ora, o Deus de Böhme, como se revela antes de…

  • Deghaye (CHJB) – Feuerbach e a obra de Boehme

    Ludwig Feuerbach, autor de A Essência do Cristianismo, definiu a obra de Jakob Böhme como teosofia e psicosofia. Acreditamos na palavra do filósofo materialista. Mas o que isso significa? De acordo com Feuerbach, os mistérios da teologia e da metafísica podem ser explicados pela psicologia. A prova mais eloquente disso é fornecida por Böhme. Toda…