Categoria: Franz von Baader

  • Susini (FC:Intro) – redenção

    Não é apenas a linguagem humana que tem a marca visível da decadência. A queda do homem também levou à corrupção de nosso universo terreno. Baader escreve: “Assim como o homem, ao se tornar terreno, tornou-se o que não era e o que não deveria se tornar, ao se tornar terra, a própria terra tornou-se…

  • Baader (FC:I.3) – só se é tentado por seu próprio desejo

    nossa tradução Não é somente por este [ato primitivo->art20634] (universal e central) mas também por cada ato autônomo da inteligência, por cada ato particular realizado na vida temporal e traduzindo uma decisão livre desta inteligência, que vale o princípio segundo o qual ela se dispõe fazendo seu próprio caráter bom ou mau; e é preciso…

  • Franz von Baader

    BIOGRAFIA E BIBLIOGRAFIA Filósofo da época do Romantismo alemão, século XIX, em relação com os principais filósofos de sua época, que o admiravam ou criticavam, mas que após sua morte veio a ser progressivamente esquecido. Foi seguidor do pensamento de Jacob Boehme e de Louis-Claude de Saint-Martin. Antoine Faivre, pesquisador da Sorbonne do esoterismo no…

  • Baader (FC:II) – Fermenta Cognitionis II

    Meu espírito deve buscar. Salmo 77:7 É uma grande miséria que o homem se torne tão cego que não consiga mais reconhecer o que Deus é, embora viva em Deus, e há até homens que proíbem esse conhecimento, alegando que não devemos procurar saber o que Deus é, e ainda querem ensinar Deus. Eles estão…

  • Baader (FC:I.4) – livre-arbítrio e liberdade

    Portanto, é claro que, quando desta livre escolha1 entre o bem e o mal, no caso em que uma tendência ao mal já existe na criatura, ocorre, pelo menos no momento da escolha, uma liberação da influência determinante dessa tendência ao mal, uma cessação e, por assim dizer, um silêncio dessa tendência; também é concebível…

  • Baader (FC:I.33) – infinito e finito

    Hegel está perfeitamente certo ao distinguir o infinito ruim do infinito verdadeiro; e da mesma forma não é menos correto distinguir a finitude ruim da finitude verdadeira, e não chamar de ruim o finito como tal, mas sim reconhecer que o subjetivo que deve ser apenas subjetivo, o finito que deve ser apenas finito, o…

  • Baader (FC:II.2) – interior-exterior

    Enquanto o homem, por exemplo, no interior de si mesmo ou em seu eu, for servo ou escravo do mesmo espírito do mundo que manifesta seu poder no domínio exterior, como um furacão que o homem em sua queda desencadeou contra si mesmo (Fermenta Cognitionis, I, p. 163 e Epístola aos Efésios, 2:2), enquanto esse…

  • Baader (FC:I.1) – fazendo o bem, torna-se bom; fazendo o mal, torna-se mau

    nossa tradução “É em fazendo o bem que a gente se torna bom”, diz um escritor francês, e se poderia por conseguinte retornar a fórmula e dizer: « É em fazendo o mal que a gente se torna mau””. Mas se é unicamente por intermédio de minha colaboração e de minha ação pessoal que me…

  • Susini (FC:Intro) – autonomia e pensamento

    É inconcebível que a criatura seja autônoma, privada de um fundamento; e, por essa razão, não deve haver busca de si mesma, nenhuma vida independente para si mesma, nenhum orgulho luciférico, mas apenas uma vida em Deus, tanto em termos de ação quanto de conhecimento. Assim como não existe — ou não deveria existir —…

  • Baader (FC:III) – Fermenta Cognitionis III

    “E assim como era infinitamente necessário e bom que a Magia Naturalis desaparecesse entre os cristãos quando a fé foi revelada por Cristo, é ainda mais necessário hoje que a Magia Naturalis se manifeste novamente, para que o que hoje se chama de cristianismo possa reconhecer na natureza os ídolos que formou para si mesmo,…

  • Baader (FC:I.2) – erro fundamental do panteísmo

    nossa tradução O espírito que se desviou de Deus (da unidade enquanto «unidade — princípio — centro»), que saiu desta unidade para viver nele mesmo, não pode mais, como já fiz notar em minha obra «sobre a força da adivinhação e da crença», senão separar em confundindo em lugar de distinguir em unindo, e confundir…

  • Baader (FC:I.32) – subordinação

    Tudo o que é “imediato” primeiro se apresenta com a pretensão de me mediar, ou seja, de me subordinar a ele, e, portanto, depende acima de tudo da escolha que fiz para saber a qual “imediato” estou me submetendo e a qual outro, ao contrário, estou subordinando ou tendendo a subordinar a mim. Se a…

  • Baader (FC:IV) – Fermenta Cognitionis IV

    Mas espere até que a afinidade natural da religião e da ciência se junte na mente de um único homem de gênio: o aparecimento desse homem não pode estar longe, e ele pode até já existir. Esse homem será famoso e colocará um fim ao século XV, que ainda está em andamento, pois os séculos…

  • Betanzos (BBPL:114-118) – citações de Baader (amor)

    Eros é, portanto, a norma básica para todos os valores — dos valores da vida aos valores ideais mais elevados; não se pode restringi-lo, então, ao “amor à vida” (Vitalliebe) ou ao amor sexual ou ao amor “intelectual”; pois, em todos os casos, estaria excluído o conceito básico de participação do núcleo (des Kerns) de…

  • Faivre (AOC1:243-247) – Pai – Filho – Mãe [Baader]

    A autogeração divina, que tende à Verselbständigung [Individuação], também é chamada por Baader de “o centro da Natureza”, e é um momento passivo representado como um triângulo — uma figura do princípio feminino da raiz — inscrito em uma circunferência. Uma vez que todo nascimento é acompanhado pelo perigo de não passar incólume pelo fogo…

  • Baader (FC:V) – religião

    É somente fermentando, mexendo e reagindo as diferentes essências que podemos extrair seu espírito. Saint-Martin Os leitores deste periódico, que, como já foi observado no prefácio do quarto livro, não ficaram satisfeitos comigo porque ousei perturbar a limpidez de sua filosofia com os caprichos alquímicos de J. Böhme, perderão toda a paciência se, por acaso,…

  • Betanzos (BBPL:108-109, 111-112) – Baader – Amor

    O amor é “o caráter essencial e universal de Deus”. “Deus ele mesmo vive eternamente só porque ele ama eternamente”. Posto que amor é a própria natureza de Deus, e todo ente necessariamente funciona de acordo com sua natureza, enfrentamos o paradoxo de um Deus que não pode não amar, no entanto que age de…

  • Faivre (AEO2:231-234) – A teoria das três imagens [Baader]

    Baader assumiu a herança teosófica e a orquestrou à sua maneira. Interessado nas teorias da luz e, portanto, também nos problemas da óptica, observou que o sentido da visão pressupõe não apenas a existência de um espelho passivo no olho, mas também uma função ativa, formativa e de preenchimento. Da mesma forma, faz distinção entre…

  • Baader (FC:V.1) – forma e matéria

    A identidade da matéria e da forma (a) é muitas vezes mal interpretada, ou seja, é entendida como uma unificação (um estado de confusão) de uma e outra, enquanto expressa apenas a identidade do princípio que produz ambas e se manifesta nelas. Um mineral, por exemplo, no qual a simultaneidade da aparência de sua essência…

  • Betanzos (BBPL:118-120) – Sou uma criatura amorosa de um Deus amoroso

    O registro final no Tagebücher de Baader de 1788 diz: “Sou uma criatura livre de um (Deus) livre, uma criatura viva de um (Deus) vivo, uma criatura amorosa de um Deus amoroso” (11.176). Em retrospecto, essa notável declaração é muito mais do que um manifesto juvenil; seu credo permeou toda a vida e a perspectiva…