Categoria: Mark Dyczkowski

  • Dyczkowski (MDDV:34) – Liberdade

    A meta é a liberdade (svātantrya) no sentido tanto de autonomia (kaivalya) quanto de domínio (aīśvarya). Ela só pode ser alcançada se conseguirmos nos livrar das restrições e limitações externas. Para fazer isso, devemos ser capazes de homologar uma realidade única e abrangente, da qual nada é excluído — nem o mundo nem nós mesmos.…

  • Dyczkowski (MDDV:34-36) – Advaita Vedanta

    O Advaita Vedānta surgiu, em grande parte, como uma crítica ao dualismo Sāmkhya. O Sāmkhya clássico postula duas realidades, ambas eternas, mas de natureza contrária. Uma é Puruşa, “a Pessoa”, a outra é Prakŗti ou “Natureza”. A Pessoa é o Si que, como consciência senciente pura, é a testemunha da atividade de tudo o que…

  • Dyczkowski (MDDV:74-75) – ato de consciência

    (…) Assim, diz-se que vimarśa opera de quatro maneiras: (1) nega sua verdadeira natureza e (2) identifica-se com outra coisa, (3) funde ambas em uma e (4) nega ambas depois de terem sido fundidas. Essas quatro funções correspondem a três níveis de ser/estar-ciente reflexivo, a saber, o ser/estar-ciente da separação, da união e da união…

  • Dyczkowski (MDDV:50-51) – Consciência

    Embora o caxemiriano Śaivite concorde que o mundo é apenas consciência pura, afirma que ele é assim porque é uma criação real da consciência. O efeito é essencialmente idêntico à causa e compartilha de sua realidade. A matéria e o universo inteiro são absolutamente reais, como formas “congeladas” (styāna) ou “contraídas” (saṃkucita) da consciência. “Esse…

  • Dyczkowski (MDDV:78) – Jogo Divino

    O surgimento de um objeto específico no campo do ser/estar-ciente é acompanhado por uma representação mental por meio da qual o sujeito identifica o objeto e o distingue de outros. Assim, a maneira pela qual o universo objetivo é vivenciado é regida pelos mesmos princípios nos quais o pensamento se baseia. Os fenômenos seguem uns…

  • Dyczkowski (MDDV:52-54) – Realismo do Xivaísmo de Caxemira

    A abordagem do Xivaísmo de Caxemira entende o mundo como um símbolo do absoluto, ou seja, como a maneira pela qual este se apresenta a nós. Novamente, podemos contrastar essa visão com a do Advaita Vedānta. O Advaita Vedānta entende o mundo como uma expressão do absoluto na medida em que existe em virtude do…

  • Dyczkowski (MDDV:73-74) – unidade e diversidade

    Embora diversos elementos possam aparecer na consciência, devem ser distinguidos uns dos outros. As aparências individuais compartilham uma natureza comum como aparências e, portanto, não podem se separar umas das outras; caso contrário, os elementos separados, desassociados de sua natureza essencial, não apareceriam de forma alguma. Estabelecido em sua própria natureza indiferenciada (aviśiṣṭa), o universo…