Henry Corbin
Hablar de la dimensión polar como dimensión transcendente de la individualidad terrenal es tanto como decir que ésta implica un complemento, un «asociado» celestial, y que su estructura global es la de una biunidad, un unus-ambo. Es entender alternativamente este unus-ambo en primera y segunda persona, formando una unidad dialógica y dialogante en la identidad de su esencia y sin embargo sin confusión de personas. Por eso la dimensión polar se anuncia bajo los rasgos de una figura cuyas manifestaciones recurrentes corresponden cada vez a una experiencia absolutamente personal de lo espiritual y a la realización de esta biunidad. Es así como en el Irán del siglo XII [siglo VI de la hégira] esta figura reaparece en contextos que difieren, pero que tienen todos en común pertenecer a una metafísica o una experiencia mística de la Luz. [Corbin Homem Luz]
Frithjof Schuon
Quem diz Realidade diz Poder ou Potencialidade, ou Shakti,se quisermos; portanto, há no Real um princípio de polarização perfeitamente indiferenciado no Absoluto, mais suscetível de ser discernido e causa de todo desdobramento subsequente. Podemos representar essa polaridade de princípio por um eixo horizontal ou vertical. Se ele é horizontal significa que a Potencialidade, ou a Maya suprema, continua no Princípio supremo, Paramatma, a título de dimensão intrínseca ou de poder latente. Se o eixo é vertical, significa que a Potencialidade torna-se Virtualidade, que ela resplandece e se comunica, que, consequentemente, dá margem a esta primeira Hipóstase que é o Ser, o princípio criador. É nesta primeira bipolaridade, ou nesta dualidade do princípio, que se encontram prefiguradas ou pré-realizadas todas as complementaridades e oposições possíveis: o sujeito e o objeto, a atividade e a passividade, o estático e o dinâmico, a unicidade e a totalidade, o exclusivo e o inclusivo, o rigor e a brandura. Esses pares são horizontais quando o segundo termo é o complemento qualitativo e, portanto, harmonioso do primeiro, isto é, se for a Shakti; são verticais quando o segundo termo tende de maneira eficiente a um nível mais relativo ou quando já aí se encontra. Não precisamos mencionar aqui as oposições puras e simples, cujo segundo termo tem apenas caráter privativo e que não podem ter nenhum arquétipo divino, exceto de maneira puramente lógica e simbólica.
No microcosmo humano, a dualidade manifesta-se pela dupla função do coração, simultaneamente Intelecto e Amor, este em relação ao Infinito e aquele ao Absoluto. De outro ponto de vista, que reflete a projeção hipostática descendente, o Intelecto corresponde ao Superser e o mental, ao Ser. [Schuon Esoterismo Principio Via]
Roberto Pla
Tem várias direções o caminho para a unidade do homem consigo mesmo, mas a rota mais segura consistem em buscar o que engendrou o “dois” no homem. Nesta ordem, o “dois” mais ilustre é o o que o Gênesis aponta quando em seu primeiro capítulo descreve ao Homem, a cada ser humano, como uma conjunção em si mesmo de “macho e fêmea”, e anuncia que com esse desígnio foi criado.
Segundo este relato, o Homem, criado “à imagem”, foi varão, e ao dizer “à imagem”, quer dizer entre outras coisas que era só “espírito”, como seu criador. Mas este homem essencial, pneumático, foi logo vestido nos campos psíquicos do paraíso, dotado de forma, “à semelhança”, e este foi o homem psico-pneumático, um composto de espírito [macho] e alma [fêmea] [vide Imagem e Semelhança].
Este foi o primeiro “dois” do homem, e sua resolução final em ser “uno” somente, é a obra mais importante que o corresponde realizar a cada um dos homens desta longa geração. As Escrituras se referem de muitas maneiras distintas a este “fazer do dois um” e o evangelho o toma como o eixo de seu ensinamento [vide Unidade].
O Espírito, já o sabemos, é o “esposo” místico, idêntico enquanto essência ao Espírito de Deus com o que se une; e a alma, é a “esposa”, a consciência, que quando purificada, recebe a unção do Espírito de Deus, aprende, por conhecimento, a derrubar as paredes que a enclausuram formalmente no mundo.
Tal destruição é o que Jesus qualifica como “negação de si mesmo”, completa, até chegar ao ponto de morrer, ainda que em seu sentido estrito é negação do que a alma crê ser, até que vem a ser só a essência de si mesma, a Consciência pura, o espírito.
A este processo interior básico se chamou dentro do vocabulário dos místicos, as bodas do esposo e a esposa, bodas das que fala em muitas ocasiões Jesus, ainda que às vezes “em parábola”. Esta bodas são a mais ilustre e elevada forma da unidade do homem no mundo.
Outro “dois”, ilustra também porque desponta dos dias do Jardim do Éden, é o “dois” da alma consigo mesma. Ao homem o toca convertê-lo em “um”, e não sem sofrimento, durante sua estadia no mundo, para alcança o Dia terceiro, o de sua saída ou ressurreição, tal como se diz que saiu Jonas do cetáceo.
[Evangelho de Tomé – Logion 106]Elemire Zolla
La corrispondenza musicale è con la prima nota generata, nel tono minóre o nel maggiore, a distanza di un’ottava. Quella geometrica con l’estensione del punto : la linea. Il rapporto fra unità e dualità illustra ancora la [[Trindade|trinità]]. La nota generatrice in sé è il Padre; la stessa un’ottava sopra, il Figlio; l’intervallo lo Spirito Santo. Per i pitagorici la dualità è il primo numero pari cioè femminile, simbolo di giustizia in quanto divide in parti uguali [due parti e tre rapporti]. Si può dire che la dualità è divisione dell’unità o sua addizione [a seconda che essa si presenti nel tono minore o maggiore, nell’esempio musicale]. Simboli della dualità sono il sole e la luna; il maschile e il femminile, cioè forma e materia, secondo l’uguaglianza stabilita da Aristotele; la destra e la mancina; la prosperità e l’avversità; notte e giorno; fas e jus; i dioscuri. Il prodursi della dualità dall’unità è simboleggiata [in quanto avviene nel tono minore] dallo smembramento, dalla divisione in parti del Dio [Dioniso, Orfeo, Lino, Osiride]: l’unità, in minore, si deve sacrificare, diventare serva della molteplicità. In maggiore si espande, emana. Il due nella Cabbala è la seconda lettera, beth, che mostra alto e basso, inferno e paradiso, secolo ed eternità, è simbolo della legge [di là della quale è l’alef che può apparire bestemmia se visto dal secolo][[Scechina, cit. p. 167: a Nel trattato Berechith Rabà, I, 10, è detto: “Perché con un alef? Perché designa l’imprecazione” ». Dice San Paolo [Romani, 2, 24]: «Il nome del Signore è bestemmiato fra le genti». Il primo numero delle cose soprannaturali è l’uno, alef, mentre il primo delle cose naturali è due. Soprannaturalmente si va dall’uno al due. Naturalmente si va dal due all’uno. La diade è la scienza, secondo Aristotele e Teone di Smirne, perché « è scienza di qualcosa », cioè partecipazione o rapporto di due termini, laddove l’unità è il nous, il conoscere non intellettualistico ma per identificazione. Nous = 1, epistemen o dianoia = 2, doxa = 3, aisthesis = 4: è la progressiuone di origine pitagorica [mente, scienza, opinione, sensazione sono traduzioni approssimative]].]]. [Zolla Místicos do Ocidente]