====== Ativarnashrami (AENE:486) – antes que o destino fosse ====== Nesse estado não há começo nem fim de nada...~ É como um contêiner autocontido...~ Alguém me dizia que não sabia qual podia ser o destino atual de sua irmã recentemente falecida...~ Eu disse a mim mesmo...~ “Como pode perguntar-se pelo destino de sua irmã falecida...~ se ignora o que ele mesmo é antes que o que ele chama seu destino fosse?”...~ Veio-me então...~ instantaneamente...~ o que é verdadeiramente eu mesmo antes que este destino que presencio começasse a ser presenciado...~ Nesse estado não há começo nem fim de nada...~ Vejo-o e me pergunto...~ “Se ao fim da presenciação do destino se chama morte...~ como se chama a este estado quando o destino não havia começado a ser presenciado?...~ Eu vejo este estado...~ eu sou este estado...~ O destino não se presenciava...~ O que agora me dói...~ não me doía...~ O que agora me agrada...~ não me agradava...~ Vejo-o...~ minha autocontenção é absoluta...~ Eu não conheço meu princípio nem meu fim...~ não há nada em mim que comece nem acabe...~ Eu não chamo morte a este antes que o destino começasse a ser presenciado...~ Eu não tenho nome para este antes”...~ O que agora dói...~ não doía...~ O que agora agrada...~ não agradava...~ O que agora busca...~ não se buscava...~ Não havia ninguém...~ Eu mesmo não sabia que eu sou...~ Não havia nenhuma identidade de mim mesmo...~ Eu não me havia sentido jamais...~ Não se propunha nenhum trabalho...~ não se empreendia nenhuma obra...~ Não se sentia que houvesse que melhorar nada...~ Não se presenciava nenhum mundo...~ Não se sentia que eu fosse egoísta nem não egoísta...~ Não havia nenhum desejo...~ não havia nenhuma necessidade...~ Não se sentia falta de nada...~ Que indescritivelmente real é tudo isso!...~ O destino não se presenciava...~ Este carro não se desviava de seu caminho...~ não havia carro nem caminho...~ O sol não orbitava...~ a lua não crescia nem minguava...~ as estrelas não luziam...~ Eu não me via nem assim nem assim...~ Este que agora vejo não se via...~ Não se sentia nenhum fogo crepitando em nenhum coração...~ Não se amava...~ não se ignorava...~ não se conhecia...~ Este indivíduo...~ este destino não era...~ Não havia nenhuma busca de libertação...~ Nem o indivíduo nem seu destino eram...~ Não haviam começado a ser presenciados...~ não se sentiam...~ não se viam...~ não se escutavam...~ Que posso dizer então do estado em que nem o indivíduo nem seu destino se presenciam já mais?...~ que posso dizer então do estado que se chama morte?...~ Quando nem este indivíduo nem seu destino se presenciavam...~ quem se lembrava deles?...~ quem visionou alguma vez o indivíduo e o destino que está presenciando?...~ Por que haveria eu de dizer que este indivíduo e que este destino que presencio são eu mesmo e meus?...~ Eu nunca os vi...~ Eu jamais soube nada deles...~ Não houve aviso nem advertência prévia...~ Eu só sei que não se presenciava...~ Eu só sei que em mim mesmo não havia a menor lembrança deles...~