====== Ativarnashrami (LPCY:123) – “Eu era um tesouro oculto” ====== As escrituras dizem que “eu” era um tesouro oculto...~ Quem me presenciava quando “eu” era um tesouro oculto?...~ Quem me presenciava quando nenhum “eu” nem “não eu” era comigo?...~ Quem me presenciava quando nenhuma consciência fazia surgir em mim a sensação “eu”?...~ “Eu era um tesouro oculto”...~ Para quem era “eu” um tesouro oculto?...~ De quem não estava oculto o tesouro “eu” quando “eu” sabia que “eu” era um tesouro oculto?...~ Quem sabia que “eu” era um tesoro oculto?...~ Como vim a saber que “eu” era um tesoro oculto?...~ Que nomeia a palavra “eu” na proposição “eu era um tesoro oculto?...~ Um tesouro oculto de quem?...~ Um tesouro não oculto de quem?...~ A certeza absoluta é que absolutamente nada era comigo...~ A certeza absoluta é que nada havia se autonombrado nunca “eu”...~ A certeza absoluta é que ninguém havia presenciado nunca nenhum “eu era um tesouro oculto”...~ A certeza absoluta é que não havia existido nunca nenhum “eu” nem nenhum “não eu”...~ nem como tesouro oculto nem como tesouro manifesto...~ Aceitar o que estas proposições indicam é ver-se quando este estado nascimento não era...~ Aceitar o que estas proposições indicam é encontrar-se...~ Aceitar o que estas proposições indicam é realizar-se...~ Que é realizar-se?...~ Absolutamente nada faz real o que se compreende a si mesmo...~ Absolutamente nada faz real o que é real...~ Absolutamente nada faz real o que escuta a resposta à proposição...~ Quem me presenciava quando absolutamente nada era comigo?...~ Absolutamente nada faz real o que se está vendo a si mesmo sem estado nascimento...~ Como poderia o estado nascimento fazer real a isso com quem o estado nascimento não estava?...~ Como poderia a consciência fazer real a isso com quem a consciência não estava?...~ Como poderia o que nomeia “eu” fazer real a isso com quem “eu” não se nomeava?...~ Que é então realizar-se?...~ Realizar-se não é fazer-se real...~ O que é real não se faz real...~ Não houve nunca nenhum fazer-se real...~ O que é falso não faz real nunca o que é falso...~ Absolutamente ninguém me presenciava...~ As faculdades de ninguém me apreendiam...~ Eu não era presenciado...~ Absolutamente ninguém suspeitava minha existência...~ Eu não era rastreado...~ Absolutamente ninguém cheirava meu rastro...~ Eu não era pressentido...~ Absolutamente ninguém me pressentia...~ Absolutamente ninguém poderia ter me imaginado nunca...~ Absolutamente nada era comigo...~ Que é um tesouro oculto que diz de si mesmo “eu era um tesouro oculto”?...~ Como pode dizer de si mesmo um tesouro oculto “eu era um tesouro oculto”...~ quando absolutamente nada mais era?...~ Oculto de quem?...~ Não havia absolutamente ninguém que presenciasse...~ Para quem era oculto “o tesouro oculto”?...~ Essa incognitude é meu verdadeiro estado...~ tão amado...~ tão sustentadamente amado...~ tão amado sempre...~ Eu não sou nenhum “tesouro oculto” de mim mesmo...~ Em mim não há absolutamente nada que seja um tesouro oculto de mim...~