====== Karl Renz (KRWH) – nada vem, nada vai ====== O primeiro prova é o provador que prova. Mas isso que é (Tat tvam asi) provando o provador não podes provar. O provador, a prova, o que pode ser provado, podes provar. Mas nunca podes provar isso que é (Tat tvam asi) provando o provador provando e o que pode ser provado. Tudo isso é uma prova que podes provar, mas não o que és. O vidente que pode ver o vidente não é isso que o vidente é. Podes experimentar a visão, mas não podes experimentar o que está experimentando a experiência. Então, apenas sejas o que nunca pode ser experimentado, mas ainda é o que é. Não precisas dar ou não dar a isso um nome. Não importa, podes chamar de roupa de baixo ((Jogo de sonoridade de palavras em inglês underware = roupa de baixo e aware = consciente)). De "underware" vem aware (consciente). Não vem por meio disso. Há uma presença permanente de manifestação do que és, de todas as possibilidades; e a ausência disso. Ambos estão permanentemente lá. Apenas sua percepção se desloca do enquadramento para o não-enquadramento. Então há ausência, como o sono profundo. Acordado, dormindo. Mas ambos estão permanentemente lá. Nada nunca veio, nada nunca irá. Todas as luas, toda a manifestação nunca nasce, nunca morre. Há apenas a vida eterna. Até este momento é um momento eterno. Nunca veio, nunca irá. Toda sensação é eterna. Toda experiência é eterna. Essa é a natureza do silêncio porque nesse silêncio nada vem, nada vai. Não há nascimento e não há morte em nada. Nada pode morrer porque nunca nasceu nada. Mesmo essa manifestação nunca nasce, nunca foi criada. Não há criação. Não há ação. O silêncio não é algo que seja anterior ou posterior. Isso é silêncio. O que quer que seja, é o silêncio; vida eterna. O sonho é acreditar que algo vem em vindo e algo vai em indo. Esse é o sonho. Nada jamais aconteceu, significa que nada nunca veio, então nada jamais pode ir. Nada jamais foi criado de modo que nada pode ser destruído. Mesmo esse "mim-mesmo" é eterno. Isso não podes tomar. Isso te assusta, como esse "mim-mesmo" pode ser eterno? Como posso me livrar dele? Não podes te livrar dele porque, como és eterno, teu "mim-mesmo" é eterno. Até o fenomenal sensacional "mim-mesmo" é tão eterno quanto és.