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Ativarnashrami (AENE:487) – receptor do nascimento

Para quem se compreende como o receptor do nascimento…~ já não há nenhuma pergunta a se fazer sobre o que se chama morte…~ Este compreensor vê seu estado quando o estado nascimento não era…~ O que vê de si mesmo quando o estado nascimento não era…~ é real…~ Vê…~ sabe que Isso é ele mesmo…~ e está conforme…~ Não sente a menor inclinação a se identificar com o nascimento…~ Sabe que não pediu o aparecimento da consciência em si…~ Sabe que não pediu saborear “eu sou”…~ Não sente a menor inclinação a atribuir a si as obras que o nascimento trouxe consigo…~ Sabe que não é este homem nem esta mulher…~ nem seus instintos…~ nem suas inclinações…~ nem sua aparência…~ nem as compreensões de sua inteligência…~ Não tinha que lutar pela vida…~ Agora se pasma ao ver toda esta atividade febril apenas para satisfazer uma fome e uma sede que não conhecia…~ “Não tenho isso”…~ diz a si mesmo…~ “não tenho isso nem aquilo para manter…~ Não é verdadeiro que o nascimento seja meu nascimento…~ Vejo-me quando o nascimento não era…~ Não vejo comigo nenhum instinto…~ não vejo comigo nenhuma inclinação…~ não vejo comigo nenhuma fome nem nenhuma sede…~ Não vejo comigo este homem nem esta mulher…~ Não vejo comigo nenhuma de suas misérias…~ Não vejo comigo nenhuma via para mim mesmo…~ Entre mim mesmo e mim mesmo…~ não há nenhuma fissura…~ Vejo-me exatamente como sou…~ Não se trata de nada magnífico…~ não se trata de nada que eu não soubesse…~ Não é uma descoberta…~ A descoberta é mais bem ver o que não sou…~ Mas o que sou…~ eu sou…~ Encontro-o onde sempre esteve…~ Está agora mesmo…~ Não sou o estado nascimento…~ Isso é tão claro…~ tão verdadeiro…~ que não sei dizer de outra maneira…~ Não sou as paixões do estado nascimento…~ não sou suas obras…~ não sou seu devir…~ não sou seu envelhecimento…~ não sou sua morte…~ O estado nascimento não tem existência real…~ É apenas como uma alucinação…~ É feito de imagens em movimento…~ Têm toda a aparência de que se movem…~ mas se as tocamos…~ desvanecem-se como névoa…~ A vida do estado nascimento está unicamente no presenciador…~ Pergunto a mim mesmo sobre mim quando eu não presenciava…~ Somente esta resposta me interessa…~ Não vou me perder de mim mesmo tentando agarrar o que é apenas como um pouco de névoa…~ Por outro lado…~ minha convicção de nunca ter pedido para presenciar é absoluta…~ Nada produz mais vergonha alheia do que aquele pobre assalariado que acredita que a empresa é sua…~ Seu zelo em servir o enrubesce…~ Um belo dia o demitem ou o aposentam…~ Então é como se lhe tirassem a terra de debaixo dos pés…~ Acontece o mesmo com aquele pobre que acredita que este estado nascimento é ele…~ Ama-o…~ serve-o…~ cuida-o…~ alimenta-o…~ pinta-o…~ exibe-o…~ Acredita que seus instintos são seus instintos…~ acredita que suas paixões são suas paixões…~ Acredita que seu envelhecimento é seu envelhecimento…~ Acredita que suas obras são suas obras…~ Orgulha-se do que são apenas as propensões do nascimento…~ Culpa-se e flagela-se pelo que são apenas as inclinações do nascimento…~ Acredita que é seu…~ chama-o de mim mesmo…~ Sente como se lhe tivessem dado um prêmio…~ Está muito orgulhoso de servir a um senhor tão terrivelmente tirânico…~ Não…~ o nascimento não é nós…~ É risível nossa dedicação total a ele…~ Já não se trata de que sejamos antes que o nascimento apareça…~ Trata-se simplesmente de que não somos o nascimento…~ nem antes nem agora…~

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