O estado em que eu não sabia que eu sou…˜ o estado em que eu não sentia que eu sou…˜ como é esse estado?…˜ Centro-me e recolho-me a mim mesmo no estado em que eu não sabia que eu sou…˜ Centro-me e recolho-me a mim mesmo no estado em que eu não sentia que eu sou…˜ Trata-se de mim…˜ trata-se de mim mesmo apenas…˜ O estado em que eu não sabia que eu sou…˜ o estado em que eu não sentia que eu sou…˜ está aqui presente agora…˜ Vejo-me quando eu não sabia que eu sou…˜ vejo-me quando eu não sentia que eu sou…˜ Reconheço-me nesta ausência absoluta do estado nascimento…˜ Eu não sabia que eu sou…˜ eu não sentia que eu sou…˜ Vejo como é este estado…˜ Nada me falta…˜ o conhecimento não estava comigo…˜ Eu jamais havia reparado que o conhecimento não estava comigo…˜ Eu não sabia em que consistia este estar sentindo que eu sou…˜ Eu não sentia este fogo…˜ este amor não me abrasava…˜ Agora a sensação deste amor que abrasa está presente…˜ Conheço-me sem ela?…˜ Sei tudo de mim mesmo quando este amor intenso estava ausente?…˜ Vejo de mim mesmo o que este amor ama?…˜ Certamente…˜ o que este amor ama é a posse e submersão no que sou…˜ Ao ver-me quando o estado nascimento não era…˜ vejo-me absolutamente limpo do que o estado nascimento é…˜ Vejo-me sem vigília…˜ sem sono com sonhos…˜ sem sono profundo…˜ É um momento de detenção no fundo do meu peito…˜ Tudo se detém…˜ tudo fica quieto e em suspenso…˜ Apenas um amor profundo se entrega integralmente ao que ama…˜ O que este amor ama é mim mesmo…˜ o mim mesmo que é o amado do estado nascimento…˜ Mas o estado nascimento não ama por si mesmo…˜ De modo que compreendo que é o meu próprio reflexo nele…˜ o que se recolhe e se submerge em mim…˜ Eu sou quando o estado nascimento não me refletia…˜ Nenhum aspecto de mim mesmo voltava então a mim…˜ Por isso eu não sabia que eu sou…˜ Agora o meu próprio rosto refletido…˜ desperta em mim este amor intenso de me recolher…˜ Que outro amor me dará a paz?…˜ Eu não sabia nada deste amor de mim mesmo…˜ Nenhum nascimento me havia refletido nunca…˜ Como é este estado?…˜ Este estado é paz absoluta…˜ contentamento autocontido…˜ néctar que não se derrama…˜ Quem é o que não quer se conhecer assim?…˜ Não digais nunca “eu não me vejo”…˜ dizei antes que o vosso aparente não vos ver se deve a que a obsessão do nascimento vos nubla a visão de vós mesmos…˜ Não é como este nascimento que tendes que vos ver…˜ não podeis levar este nascimento aonde o nascimento não é…˜ O que faz com que nós saibamos que nós somos…˜ o que faz com que nós sintamos que nós somos…˜ é o nosso próprio reflexo que volta a nós e nos toca…˜ Qual é a dificuldade para nos vermos quando o estado nascimento não era?…˜ Ver-nos quando o estado nascimento não era é simultâneo à visão deste estado nascimento…˜ Não são duas visões…˜ não é uma visão ou a outra…˜ O estado nascimento é como um espelho…˜ Nós podemos ver apenas o que aparece no espelho…˜ e crer que somos o espelho e o que aparece nele…˜ Ou então…˜ ao mesmo tempo que vemos o espelho e o que aparece nele…˜ podemos nos ver…˜ que estamos aqui…˜ em nós mesmos…˜ Nossa visão de nós mesmos não pode ser nunca como o que aparece no espelho…˜ nem tampouco como o espelho…˜ Nossa visão de nós mesmos é pelo nosso ser o que somos…˜ Ainda que creiamos ser o nascimento…˜ nós não podemos cessar jamais de ser o que somos…˜ Tudo no estado nascimento é enganoso…˜ Suas obras…˜ suas inclinações…˜ seu ego…˜ suas paixões…˜ seus méritos…˜ seus deméritos…˜ sua idade…˜ seu começo e seu fim…˜ nada disto é nosso nem nós…˜ De que nos sentíamos nós orgulhosos ou envergonhados quando o nascimento estava ausente?…˜ Quais eram nossos méritos ou deméritos?…˜ Quem exclamava em nós “isto sou eu e isto é meu”…˜ quando o nascimento estava ausente?…˜ Não é verdadeiramente amável este estado quando o nascimento não era?…˜