Ativarnashrami (ASE7:1256) – Paixões
Todas as religiões nos consideram como móveis temporais…~ cuja trajetória está compreendida entre o toque da substância nascimento em nós e o fim do toque da substância nascimento em nós…~
É o toque da substância nascimento em nós o que é temporal…~ Coetâneos com o toque da substância nascimento em nós…~ e mais bem diferentes percepções dele…~ que distintas e outras que ele…~ há a manifestação em nós do que em termos religiosos é chamado as sete paixões capitais…~ Elas são chamadas capitais ou mortais…~ e a religião as considera nascidas com o nascimento…~ Em termos religiosos são as paixões cujo conjunto completo torna o crente merecedor da pena capital do inferno…~ Como a religião se dirige a nós como entidades temporais…~ a pena capital do inferno é posposta até o que é chamado a morte…~
Há, sem embargo, uma compreensão muito mais profunda do simbolismo das sete paixões capitais ou mortais…~ Vistas de nossa verdadeira natureza…~ elas não são tangíveis…~ senão inteligíveis…~ e seu efeito mortal não é já posposto para depois de nossa presumida morte…~ senão que é agora…~
O conjunto das sete paixões capitais é inteiramente constitutivo da falsa entidade em nós chamada ego…~ E o ego em nós é precisamente o inferno…~
É inteligivelmente como nós retrocedemos do inferno do ego para dentro de nossa natureza real…~ Nós não podemos praticar nenhuma das virtudes opostas às paixões capitais…~ da identidade de nós mesmos com o ego…~ pois o ego não é nada além de suas tendências constitutivas…~ Que resta do ego em nós mesmos sem soberba…~ sem avareza…~ sem luxúria…~ sem ira…~ sem gula…~ sem inveja…~ sem preguiça?…~ Como pode sobreviver o ego às suas paixões constitutivas?…~ E como podemos nós praticar do ego o que a religião chama as virtudes contrárias a estas paixões capitais?…~ Como podemos nós praticar do ego a humildade…~ a generosidade…~ a castidade…~ a paciência…~ a temperança…~ a caridade…~ a diligência?…~
Nós temos que compreender que as paixões constitutivas do ego são inteligíveis…~ que seu efeito mortal é agora…~ e que consiste em que enquanto nós não compreendemos sua feiura intrínseca…~ nós estamos sujeitos à sua tirania…~ e portanto cortados da recessão à nossa verdadeira natureza real…~
O que para a religião é mortal em algum momento do tempo por vir…~ para o que encontra sua verdadeira natureza é mortal agora…~ O que para a religião é uma questão de luta de uma virtude contra um vício…~ para o que encontra sua verdadeira natureza é uma questão de recessão à sua própria natureza agora…~
Para retroceder de algo não há nada melhor que vê-lo em toda sua indescritível feiura…~ Nós não podemos retroceder do ego se não o vemos tal e qual ele é…~ multiplamente odioso…~ de uma pavorosa feiura…~ Ao mesmo tempo é uma impossibilidade ver o ego desde o ego…~ Nós temos que compreender que o ego e suas paixões constitutivas são “inteligíveis”…~ “compreensões”…~ antes de se tornarem pensamentos e atos auto-arrogantes…~ Só compreendendo e vendo o ego como um “inteligível” podemos nós retroceder dele agora…~
