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Billeter (ECT) – Todas as coisas são iguais (1.4)

BilleterECT

1.4 (a) Prazer, ira, dor e alegria, preocupação e arrependimento, capricho, teimosia—sedução, despreocupação, abandono, arrogância—músicas que emergem do vazio, vapores que se condensam em formas efêmeras, que se metamorfoseiam diante de nós dia e noite sem que saibamos de onde vêm—mas basta! Basta que as experimentemos do amanhecer ao anoitecer e que seja por meio delas que vivamos. Sem esses fenômenos, não haveria um “eu”; sem o “eu”, esses fenômenos não teriam substância—é mais ou menos isso, mas ignoramos o que os rege.

(b) É como se houvesse um mestre, mas não percebemos nenhum vestígio dele. Certamente o experimentamos, mas não vemos sua figura. Tudo isso é real, mas não tem forma. Dos cem ligamentos, dos nove orifícios, dos seis órgãos que possuo dentro de mim, a qual sou mais próximo? Tu os aprecias igualmente? Ou preferes um ou outro? Ou seriam todos servos e concubinas? Mas os servos e concubinas não seriam incapazes de estabelecer ordem entre si? Ou seria que cada um governa os outros por sua vez? Ou, ainda assim, haveria um mestre em tudo isso? No fim das contas, quer eu compreenda ou não o que ocorre, isso não aumentará nem diminuirá essa ação.

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