Hûrqalyâ: “Mundus imaginalis” ou o mundo das Formas imaginais e da percepção imaginativa.

Livro dos Colóquios, pp. 483-484, § 208.

Quanto ao que eu professo pessoalmente sobre este problema (do conhecimento), será encontrado mencionado em meu livro da 'Teosofia oriental', mas não posso insistir aqui de forma explícita, pois meu propósito neste livro foi conduzir minha investigação de maneira a não se afastar demasiadamente do programa dos Peripatéticos. No entanto, se alguém examinar atentamente este livro, perceberá que não lhe faltam coisas preciosas nem tesouros ocultos sob um véu sutil. Se o fraco não souber descobri-los, a culpa não será minha. Quanto ao trabalhador obstinado e ao pesquisador assíduo, cabe-lhe colher os ensinamentos ali firmemente estabelecidos, apropriar-se daquilo que ainda não teve coragem de desejar e daquilo para o qual eu o teria armado com a audácia necessária. O caminho mais seguro que o pesquisador pode seguir antes de se dedicar ao estudo de minha 'Teosofia oriental' será o caminho que mencionei em meu 'Livro das Elucidações', onde relato o que aconteceu entre o sábio Imâm dos dialéticos e eu, na morada mística de Jâbarsâ, quando sua aparição conversou comigo. Esse caminho consiste para o pesquisador em investigar primeiramente seu conhecimento de si mesmo, para então elevar-se ao conhecimento do que está acima dele.“