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Loy (WMS) – Mundo feito de estórias

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Aqueles que meditam estão familiarizados com os avisos: “Não se apeguem aos conceitos!” Devemos deixá-los ir, pois distorcem nossas percepções. No entanto, os conceitos em si são fragmentos, significativos como partes de histórias. O problema não são as histórias em si, mas como nos relacionamos com elas. Não vemos nossas histórias como histórias porque olhamos através delas: o mundo que experimentamos como realidade é construído a partir delas.

O fato de o mundo ser feito de histórias está de acordo com o que o budismo diz sobre a condição humana e como ela pode ser resolvida. A história fundamental que contamos e recontamos é o si, supostamente separado e substancial, mas composto das histórias com as quais “eu” me identifico e tento viver. Diferentes histórias têm diferentes consequências. O carma não é algo que o si possui, mas aquilo em que o senso de si se torna, quando desempenhamos nossos papéis dentro de histórias percebidas como reais. À medida que esses papéis se tornam habituais, as tendências mentais se consolidam e nos aprisionamos sem cordas.

Se o si é feito de histórias, o que isso implica sobre sua morte? Se o mundo é feito de histórias, o que isso implica sobre seu vazio, o que o budismo chama de shunyata? Nossas histórias obscurecem um desejo de poder que subjaz e motiva o que fazemos, ou o poder em si é apenas uma história-tela para algo mais profundo? Se a ilusão é a consciência presa em armadilhas de atenção e a iluminação liberta a consciência, então o caminho espiritual envolve encontrar a história correta, livrar-se das histórias ou aprender a contar histórias de uma nova maneira?

Ao abordar essas e outras questões, a história que se segue oferece, entre outras coisas, uma nova maneira de compreender o budismo e uma nova compreensão budista do Caminho.

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