Arunachala (Le Saux)
Saux1991
Descobri uma coisa nova. Esta montanha é um ímã. Ela fixa qualquer pessoa que simplesmente volte os seus pensamentos para ela, atrai-a para si, torna-a imóvel como ela e engolfa-a. Homens, aprendam isto e vivam. Saibam que este raptor de almas é Arunachala, o Magnífico, que brilha no interior do coração! (SHMC, p. 285.)
Olha: parece uma montanha sem consciência nem sentimentos. Sua ação é todo mistério, ultrapassa a compreensão humana. Eu ainda era criança quando ela já brilhava em meus sonhos como algo de grandeza insuperável. E eu ainda não a conhecia. Então ela me atraiu para si, silenciou meus pensamentos. Aproximei-me e reconheci que ela é o absoluto imóvel. (id.)
Retirada do mundo, com o coração e os sentidos apaziguados, a asceta contempla-Te em seu íntimo, ó Arunachala!
Com a tua luz iluminando seu coração, ela encontra em Ti a sua Plenitude!
Aquele que se dedica a Ti, de corpo e alma, e contempla o universo como um reflexo da Tua graça, que Te adora e Te ama como o Eu supremo, ele mergulha em Ti, ó Arunachala,
Oceano de Felicidade! (SHMC, p. 289.)
Que aquele que não ousa acreditar entre em si mesmo, na caverna, e que defenda a entrada a qualquer um; que se despoje de tudo o que o reveste por dentro e por fora, que se cale e se recue; que se deixe beber dessas águas, queimar por esse fogo; ele também compreenderá em breve o segredo de Arunachala! E não importa se, como aconteceu com o Maharishi, ele nunca mais for capaz de voltar a este mundo. “Nunca mais voltarei! Nunca mais voltarei!”, como repetiam com insistência nostálgica os Rishis dos Upanishads. (Memórias de Arunachala, p. 82.)
A Montanha não era mais do que uma imensa lâmpada, no topo da qual brilhava a Chama. (Memórias de Arunachala, p. 170.)
quando, do cume de Arunachala, o sannyasi cristão contempla o horizonte e a Montanha que o centra, percebe com espanto que foram os passos de cristão que o conduziram aos cumes do hinduísmo. Ao mergulhar nas cavernas de Arunâchaia3, ele penetrou no coração do hinduísmo; ao chegar ao cume de Arunachala, foi ele mesmo, cristão e como cristão, que realizou o ideal supremo do hinduísmo. (Intérioridade e revelação, p. 119.)
Mas para mim, tal como para Ramana, foi Arunachala que me despertou! Oh, esse despertar! (30.5.72; A Ascensão ao fundo do coração, p. 432.)
