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Conhecimento (Le Saux)

Saux1991

A brahma-vidya, o “conhecimento de Deus” no contexto védico, não se obtém por um preço baixo. É preciso dar tudo o que se tem. É preciso ir além de tudo o que se é, ou melhor, de tudo o que se tem consciência de ser. Caso contrário, permaneceremos sempre um brahma-vadin, um “discursador” ou “discutor” do brahman, um teólogo (no sentido ocidental moderno da palavra); nunca nos tornaremos um contemplativo, um brahmavid, um “vidente”. (SHMC, p. 44.)

como Shankara salienta com tanta força e justiça, a iluminação que é descoberta e conhecimento do Brahman, o despertar para o Brahman, para o Absoluto, não será fruto da audição ou da recitação de textos sagrados, nem de meditações, práticas rituais ou obras virtuosas, nem mesmo de ascetismo (tapas) ou das práticas psicofisiológicas abrangidas pelo termo yoga. (Iniciação à espiritualidade dos Upanishads, p. 100.)

O tapas que, nos Upanishads, é, juntamente com shraddha, a condição fundamental da brahmavidya, o conhecimento de Brahman, a Realidade última, consiste nessa ardência interior que queima tudo, todos os desejos e todas as concepções que criamos sobre nós mesmos, sobre o mundo, sobre os deuses (deva), sobre o Eu (âtman) e sobre o Absoluto (brahman). (Iniciação à espiritualidade dos Upanishads, p. 102.)

um dia, quando descobre que as únicas observâncias religiosas não podem lhe proporcionar o verdadeiro conhecimento do Brahman, ele parte em busca do Guru, aquele que — pelo menos em teoria — guiará seus passos na vida monástica e finalmente lhe conferirá a iniciação. (Iniciação à espiritualidade dos Upanishads, p. 178.)

Todo conhecimento, todo amor, toda bem-aventurança que se mantiver na esfera do dvaita será incapaz de responder às exigências da ordem sobrenatural. (10.9.52; A Ascensão ao Fundo do Coração, p. 77.)

Jesus, assim como Buda, não falou muito sobre esse segredo do ser que carregava dentro de si, que era ele mesmo. E sobre l’atman, nossos rishis disseram apenas que ele estava além de todo conhecimento: na prajna, naprajna . (8.5.56; A Ascensão ao Fundo do Coração, p. 197.)

Paulo estabeleceu um novo tipo de conhecimento, que foi o resultado de sua experiência. Se bem entendi, Paulo concebeu sua experiência como uma experiência de valor universal. (10.12.59; A Ascensão ao Fundo do Coração, p. 274.)

O autoconhecimento envolve essencialmente a descoberta, a realização de si mesmo como absoluto. (3.11.72; A Ascensão ao Fundo do Coração, p. 440.)

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