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Arberry (1979) – Poemas místicos de Rumi (4)

Arberry1979

A cada instante, uma revelação do céu chega às almas mais íntimas dos homens: “Até quando permanecereis como resíduos na terra? Subi!”

Quem tem a alma pesada, no fim prova ser resíduo; Só sobe ao topo do tonel quando seus resíduos se purificam.

Não revolvas a argila a todo momento, Para que tua água se torne límpida, Para que teus resíduos se iluminem, Para que tuas dores se curem.

É espiritual, como uma tocha, Mas sua fumaça é maior que sua luz; Quando a fumaça ultrapassa os limites, Já não brilha na casa.

Se diminuíres a fumaça, desfrutarás da luz da tocha; Tanto esta morada quanto aquela se iluminarão com tua luz.

Se olhares para água turva, Não verás nem a lua nem o céu; Sol e lua desaparecem quando as trevas dominam o ar.

Uma brisa norte sopra, Clareando o ar; É por esse polimento que a aurora sopra a brisa.

A brisa espiritual polpeja o peito de toda dor; Se a respiração parar por um instante, A aniquilação sobrevirá ao espírito.

A alma, estrangeira no mundo, Anseia pela cidade do sem-lugar; Por quê, ah, por quê o espírito bestial pastará tanto tempo?

Alma pura e bela, até quando viajarás? És o falcão do Rei; Voa de volta ao assobio do Imperador!

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