MSRMI

Cabe ao santo descer da montanha da transfiguração para os níveis inferiores deste mundo, para que os fracos busquem sua companhia e acendam suas luzes no esplendor que ele trouxe dos lugares celestiais, assim como os morcegos encontram sua luz no que resta da luz do sol e se contentam com o brilho das estrelas durante as vigílias da noite, vivendo assim uma vida adequada à sua natureza corpórea—embora não a vida daqueles que vêm e vão sob a plena luz do sol.

O santo é aquele cujos olhos estão abertos, para que veja com clareza e não precise de ninguém que o guie, mas cabe a ele guiar os cegos ou aqueles de visão fraca, pois sua relação com os irmãos mais fracos é como a de quem caminha sobre a água com aqueles que andam sobre a terra. Alguns podem aprender a nadar, mas caminhar sobre as águas é concedido apenas àqueles que atingiram a perfeição espiritual.

A glória do santo está em se entregar pelos necessitados e assumir a tarefa de guiá-los ao Paraíso.

Além disso, o verdadeiro sinal da santidade é demonstrar compaixão por todos os servos de Deus, ter piedade deles e lutar por eles e com eles contra as forças do mal.