Junayd (910) – Comunhão com o Invisível
MSRMI
Deus concede ao gnóstico o desejo ardente de contemplar Sua Essência, então o conhecimento se torna visão, a visão se torna revelação, a revelação se torna contemplação, e a contemplação se torna existência—com e em Deus. As palavras se calam em silêncio, a vida se torna morte, as explicações (necessárias para mentes finitas neste mundo) chegam ao fim, os sinais (concessões àqueles que são fracos na fé) são apagados. A mortalidade (fanā’) termina e a imortalidade (baqā’) é aperfeiçoada. O cansaço e as preocupações cessam, os elementos perecem, e resta apenas aquilo que nunca deixará de existir, pois o tempo que é atemporal jamais cessa.
Os espíritos dos gnósticos rejubilam-se na comunhão com o Invisível, permanecendo na Presença do Altíssimo, do Preeminente, envoltos na nuvem de Sua glória, à sombra de Sua santidade. Eles alcançaram uma elevada estação e dali avançam para uma perfeição ainda maior, para uma glória absoluta que é imaterial, caminhando revestidos do manto da Unificação.
