Eixo do Mundo

Ainda que atualmente o “Eixo do Mundo” não seja o “sétimo raio” para um ser qualquer situado nesse ou naquele ponto particular da circunferência, ele o é no entanto de forma virtual, no sentido de que existe a possibilidade de identificar-se a ele pelo retorno ao centro, em qualquer estado da existência em que esse retorno seja efetuado. Poderíamos dizer ainda que o “sétimo raio” é o único “Eixo” verdadeiramente imutável, o único que, do ponto de vista universal, pode ser verdadeiramente designado por esse nome, e que todo “eixo” particular, relativo a uma situação contingente, só é na realidade um “eixo” em virtude dessa possibilidade de identificação com ele; aí está, em definitivo, o que dá toda significação a qualquer representação simbólica “localizada” do “Eixo do Mundo”, como por exemplo na estrutura dos edifícios construídos de acordo com as regras tradicionais (v. simbolismo construtivo), e em particular daqueles de base quadrada que são encimados por um teto em forma circular de domo. [Guénon]


Existe uma comparação muito notável: Platão descreve exatamente o “Eixo do Mundo” como um eixo luminoso de diamante rodeado de bainhas concêntricas, com dimensões e cores diversas, que correspondem às diferentes esferas planetárias, e que giram em torno dele (República, Livro X, mito de Er, o Armênio). Esse conjunto de bainhas constitui o “fuso da Necessidade”; a Parca Cloto gira o fuso com a mão direita, portanto da direita para a esquerda, sendo que esse sentido de rotação relaciona-se com as considerações a respeito do simbolismo da “dupla espiral”. [Guénon]


O cetro e a chave estão em relação simbólica com o “Eixo do Mundo”. [Guénon]

Astrologia