“FASCISMO”, EXPRESSÃO POLITICAMENTE ORGANIZADA DA ESTRUTURA DE CARÁTER DO HOMEM MÉDIO (REICH)

ReichPMF

Quando este livro foi escrito pela primeira vez, o fascismo era geralmente considerado um “partido político” que, como outros “grupos sociais”, representava uma “ideia política” de forma organizada. De acordo com essa visão, “o partido fascista impôs o fascismo por meio da violência ou de manobras políticas”.

Ao contrário dessa visão, minha experiência médica com homens e mulheres de todos os estratos sociais, raças, nações e denominações me ensinou que o “fascismo” é apenas a expressão politicamente organizada da estrutura de caráter do homem médio, uma estrutura universal e internacional que não é de forma alguma peculiar a determinadas raças, nações ou partidos. Visto de uma perspectiva caracterológica, o “fascismo” é a atitude emocional fundamental do homem oprimido pela civilização autoritária da máquina e sua ideologia mecanicista-mística.

É o caráter mecanicista-místico do homem moderno que dá origem aos partidos fascistas, e não o contrário.

O fascismo ainda hoje é visto como um fenômeno especificamente alemão ou japonês. Mas esse primeiro erro leva a uma série de outros.

O fascismo ainda é visto como a ditadura de um pequeno grupo de reacionários, uma visão que é prejudicial a todos os movimentos de libertação genuínos. A teimosia desse erro é explicada pelo medo que as pessoas têm de ver a verdade de forma clara e inequívoca: a verdade é que o fascismo é um fenômeno internacional que afeta todos os organismos da sociedade humana em todas as nações do mundo. Essa dedução é perfeitamente consistente com os eventos internacionais dos últimos quinze anos.

Minha experiência em análise de caráter me convenceu de que não há um homem vivo que não carregue em sua estrutura de caráter os elementos da sensibilidade e do pensamento fascistas. O fascismo, como movimento político, distingue-se de todos os outros partidos reacionários pelo fato de ser aceito e defendido pelas massas.