Dhammapada, o caminho do Dharma, Carmen Dragonetti, Editorial Sudamericana, colección oriente y occidente, Buenos Aires, 1967, 248 p., traducción directa del pali, introducción y notas de Carmen Dragonetti, sem ISBN. Contribuição e tradução de Antonio Carneiro das páginas 147 até 149. Capítulo IX — O mal
Apresse-se para fazer o bem, afaste sua mente do mal; pois se alguém faz desidiosamente o bem, é no mal onde sua mente (manas) encontra seu deleite.
Se um homem chegou a fazer o mal, que não volte a fazê-lo uma e outra vez; que não ponha no mal seu deleite; a acumulação do mal produz o sofrimento (dukkha).
Se um homem chegou a fazer o bem, que o faça uma e outra vez; que ponha nele seu deleite; a acumulação do bem produz a felicidade.
O mau ainda possui a felicidade, enquanto não amadurece sua falta; mas quando amadurece, então o mau se dá conta de sua desdita.
O bom ainda padece de desdita, enquanto não amadurecem suas boas ações; mas quando amadurecem, então o bom encontra sua felicidade.
Não tenhais sequer nenhuma ação má (pensando): “Não terá consequências para mim”. O cântaro se enche ainda que com a água que cai gota a gota. Mesmo se acumulando pouco a pouco, o mal vai envolvendo o néscio.
Não tenhais sequer nenhuma ação boa (pensando): “Não terá consequências para mim”. O cântaro se enche ainda que com a água que cai gota a gota. Mesmo se acumulando pouco a pouco, o bem vai envolvendo o sábio .
Assim como um mercador rico evita, quando vai em caravana pequena, um caminho perigoso, assim como o homem desejoso de viver evita o veneno, assim deve-se evitar as más ações.
Com a mão que não tem ferida se pode colher veneno, este não penetra nela; mal não existe para o que não atua .
Como pó fino lançado contra o vento, o mal volta-se contra o néscio que faz dano a um homem inocente, puro e sem mancha.
Alguns se reencarnam no seio materno; os que atuam mal vão para um mundo de sofrimento; os bons, para um mundo de felicidade; os que estão livres das impurezas da mente alcançam o parinirvana .
Nem no ar nem no meio do mar nem dentro de uma cova da montanha se encontra aquele lugar aonde alguém, refugiando-se, poderia escapar (da consequência) de suas más ações .
Nem no ar nem no meio do mar nem dentro de uma cova da montanha se encontra aquele lugar aonde alguém, refugiando-se, poderia escapar da morte.