BALSEKAR (RBPN) – OBJETIFICAÇÃO

Toda a "existência" é um processo contínuo de objetificação. Nós existimos apenas como objetos um do outro e, como tal, apenas na consciência que nos cognosce. Quando a objetificação cessa, como no sono profundo, o universo objetivo desaparece.

Enquanto alguém se imagina como uma entidade separada, uma pessoa, não pode ver a figura total da realidade impessoal. E a ideia de uma personalidade separada se deve à ilusão de espaço e tempo, que por si só não têm existência independente, pois são apenas instrumentos, meros meios de comunicação para tornar a manifestação cognoscível.

A qualquer momento, apenas um pensamento, sentimento ou percepção pode ser refletido na consciência, mas os sentimentos e percepções dos pensamentos seguem em sucessão, dando a ilusão de duração. E a personalidade surge simplesmente por causa da memória – identificando o presente com o passado e projetando-o no futuro.

Pense em si mesmo como momentâneo, sem passado ou futuro; então, onde está a personalidade? Tente isso e descubra por si mesmo. Na memória e na antecipação, que está no passado e no futuro, há uma sensação clara de que há um estado mental sob observação, enquanto que, na realidade, o sentimento é principalmente estar acordado e presente - aqui e agora.