Pode ser considerado impossível acreditar na conexão da alma com o intelecto durante o sono sem sonhos e em períodos de dissolução do mundo. Pois temos o texto: 'Então, meu caro, ele atinge a meta, ele parte para o seu próprio Si'. E admite-se que nesse estado (de sono sem sonhos) todas as modificações são dissolvidas. Então, como se pode sustentar que a conexão com o intelecto persiste continuamente enquanto a alma permanece na vida transmigratória?
A isso o autor dos Sutras responde: "Mas (essa conexão com o intelecto) continua a existir potencialmente, como a virilidade, etc., porque retém o poder de se manifestar". Vemos no mundo que, na infância e em certos outros estados, a virilidade e outras qualidades não são percebidas, enquanto que na idade adulta e assim por diante se manifestam. E não é possível que na idade adulta surjam repentinamente da inexistência, ou as encontraríamos surgindo repentinamente no caso de eunucos e coisas do gênero. Da mesma forma, essa conexão da alma com o intelecto que estamos discutindo existe em forma potencial durante os períodos de sono sem sonhos e dissolução do mundo, e então se manifesta novamente no momento do despertar ou da criação no início de um novo período de mundo. E essa é a única explicação possível para o assunto. Pois nada pode vir a existir fortuitamente (sem causa) ou, se pudesse, poderíamos também admitir que qualquer coisa poderia vir de qualquer coisa. E o próprio Veda mostra que o despertar do sono sem sonhos é causado pela presença de uma semente de nesciência, em textos como: "Embora tenham alcançado o Real (no sono sem sonhos), eles não estão conscientes de que alcançaram o Real"..... Portanto, está provado que a conexão com o intelecto persiste continuamente enquanto a alma permanece na vida transmigratória.