Tag: consciência

  • Padoux (APPA:nota) – vimarśa – tomada ativa de consciência

    vimarśa: esse é um termo importante no Trika, mas que é difícil de entender (e traduzir). vimarśa vem de vi-MŖŚ: tocar, sentir, dar-se conta, perceber, refletir, examinar, experimentar, hesitar (prefixo vi), portanto: consideração, reflexão, teste, crítica, conhecimento, inteligência — no Abhidharmakośa: dúvida, exame. Esse termo é usado com frequência nos textos do Trika e com…

  • Nisargadatta (MWGN) – consciência e ação

    Somente a partir da consciência somos orientados a agir. A consciência aparece na com-ciência e age. A com-ciência não age, ela é a pura testemunha. A consciência de você, ou consciência pura, é o estado “Ishwara” ou Deus ou “Eu sou”, ou seja, a consciência universal. Esta não é uma consciência pessoal. O mundo inteiro…

  • Wei Wu Wei (PP:34) – Por que não estamos cientes de estar cientes?

    Não há necessidade de perceber nossa ‘totalidade’, e é sempre impossível fazê-lo, pois não há ‘coisa’ aqui para perceber e nenhuma ‘coisa’ a ser percebida. Dividido em sujeitos cognitivos conhecendo objetos, Eu conheço tudo o que pode ser cognoscível, Toda coisa conceitual, exceto aquilo que está conhecendo, O que, como tal, não é concebível, uma…

  • Baret (EB250) – sensorialidade

    M.-C. R. – É mais importante se concentrar no corpo, na sensorialidade, na mente ou na Consciência? E. B. – A ênfase está na sensação. Não podemos enfatizar a Consciência porque a Consciência é uma experiência não objetiva. A ênfase está no objeto, no corpo. Sem qualquer relação psicológica com esse corpo-objeto, ele fica livre…

  • Dyczkowski (MDDV:48-50) – Consciência e Universo

    Universo e consciência são dois aspectos do todo, assim como qualidade e substância constituem dois aspectos de uma única entidade. Universo é um atributo (dharma) de consciência que o porta (dharmin) como sua substância. Diz-se que a “substância” é o repouso no qual todo esse grupo de categorias se manifesta e se torna efetivo. Agora,…

  • Nisargadatta (NMCA) – identificação com corpo e forma

    O corpo está presente e tem forma, mas de que depende essa forma? O que veio antes da forma? O que veio antes de toda a existência? Você acha que é responsável pelas ações do corpo, porque acredita que é o corpo. Às vezes, você se sente muito cansado e, às vezes, tem um prazer…

  • Padoux (APPA:nota) – hŗdaya – coração

    hŗdaya: Abhinavagupta menciona o coração já na introdução de seus dois comentários sobre o T.P.. Isso se deve ao fato de ser um conceito muito importante no Xivaísmo da Caxemira e, mais especialmente, no sistema pratyabhijñā, que é o de Utpaladeva. Além disso, é particularmente normal aludir a ele aqui, uma vez que o ensinamento…

  • Nisargadatta (NMCA) não sou o sentimento de conscientidade [consciousness]

    O princípio do nascimento, a substância química em torno da qual a formação do corpo ocorre, não tem forma ou design e, na verdade, não existia. Aquela coisa inexistente surgiu de repente. Qual é a validade de sua existência? É apenas uma aparição, não pode ser a verdade. Questionador: As experiências espirituais que tenho são…

  • Timalsina (STSA:33-37) – modelos argumentativos do Advaita

    Mais tarde, a escolástica Advaita se desenvolveu em dois esquemas que acomodaram suas vertentes divergentes de pensamento. Os comentários sobre o Advaitasiddhi de Madhusūdana se baseiam nas distinções feitas nesse momento, abrindo caminho para escritores subsequentes envolvidos nesse diálogo. Essa categorização foi amplamente aceita depois de Madhusūdana. Em um nível rudimentar, o primeiro modelo, sŗşţidŗşţi…

  • Baret (EBA) – és consciência

    – Se eu chego a estar de acordo com a consciência, posso atingir a essência? Tentais um instante estar em desacordo com vossa consciência … Que poderíeis ser outro senão vossa consciência? Não sois uma zebra vermelha situada no exterior da consciência, para vos colocar de acordo com ela. Esta consciência é vós mesmos quando…

  • Dyczkowski (MDDV:52-54) – Realismo do Xivaísmo de Caxemira

    A abordagem do Xivaísmo de Caxemira entende o mundo como um símbolo do absoluto, ou seja, como a maneira pela qual este se apresenta a nós. Novamente, podemos contrastar essa visão com a do Advaita Vedānta. O Advaita Vedānta entende o mundo como uma expressão do absoluto na medida em que existe em virtude do…

  • Nisargadatta (NMCA) – maya

    Assim como alguém que estava dormindo acorda, o não manifesto se torna manifesto. Na manifestação, há inúmeras aparências. Sem consciência, os cinco elementos (terra, água, fogo, espaço e éter) não existem. Seu “eu sou” surgiu dos cinco elementos e das três gunas (qualidades de “Prakriti”, natureza primordial), e todas as cenas do mundo são suas…

  • Nisargadatta (NMIam) – sendo no ser

    P: Deus é uma experiência no tempo, mas o experimentador é atemporal. — M: Até mesmo o experimentador é secundário. O primário é a extensão infinita da consciência, a possibilidade eterna, o potencial imensurável de tudo o que foi, é e será. Quando você olha para qualquer coisa, é o máximo que você vê, mas…

  • Nisargadatta (NMSC:30-03-1980) – Absoluto – conscientidade – entidade – corpo

    M: O Absoluto não se conhece a Si mesmo. Sem o auxílio da essência do alimento, a conscientidade corporal não se conhece a si mesma. Ninguém se conhece sem o corpo de essência de alimento. P: A conscientidade depende da forma? M: A conscientidade está presente em toda parte, mas o conhecimento desta conscientidade depende…

  • Timalsina (STSA:18) – ser/estar-ciente [awareness]

    […] a doutrina do dṛṣṭimātra, segundo a qual o que existe essencialmente ou o que é essencialmente percebido é “apenas ver”. Os advaístas argumentam que a “consciência” é “dada” e, portanto, é confirmada por si mesma no momento em que é conhecida, e nada além da consciência pode ser logicamente confirmado. O exame minucioso deste…

  • Hulin (DSDT:78-80): o Senhor

    (Dattātreya continuou:) “Essas palavras, ó Rama, encheram Hemacūda de alegria. Novamente ele perguntou à sua querida esposa: “Diga-me quem é esse Senhor supremo em quem devo me refugiar. Quem é esse criador universal cuja essência é a liberdade e que governa o mundo inteiro? Alguns o chamam de Vishnu, outros de Śiva, outros de Ganeśa,…

  • Dyczkowski (MDJWT:13) – O Si-mesmo enquanto Brahman [Si-cum-Brahman]

    Embora os Upaniṣads já tivessem proclamado a unicidade do Ser — Ātman — e do Absoluto — Brahman — séculos antes, a formulação dessa identidade fundamental dessa maneira é verdadeiramente única na história do pensamento indiano. Patañjali ensina em seu Yogasūtra que o objeto de concentração mais elevado e sutil é o sentido de “eu-dade”…

  • Nisargadatta (NMSF) – Sem tempo, sem mundo

    Brahman está sempre presente, mas não tem o sentido de ser. Mesmo o sentimento “eu sou Vishnu” está ausente em Vishnu. O que isso significa? Pode ser compreendido por meio de penitências? Ele só pode ser conhecido por viveka ou discriminação verdadeira. Lembre-se do que está ouvindo. Isso é meditação. Quais de suas ações nesta…

  • Hulin (DSDT:17-18) – princípio de consciência

    O ponto de partida da doutrina é a identificação da Deusa suprema, Tripurâ, e o princípio da consciência ou cittattva. […] [O princípio da consciência é de fato a essência comum da Deusa e de seus adoradores. Nestes últimos, no entanto, não está mais presente em um estado puro, desfigurado como está por todos os…

  • Nisargadatta (NMPC) – não é o indivíduo que tem consciência

    Entenda que não é o indivíduo que tem consciência; é a consciência que assume inúmeras formas. Esse algo que nasce ou que morrerá é puramente imaginário. É o filho de uma mulher estéril. Na ausência desse conceito básico “eu sou”, não há pensamento, não há consciência.