Tag: consciência / conscience / awareness / com-ciência / aware / ciente / consciousness / consciencidade / conscious / consciente
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Ativarnashrami (ASE2:113) – seu nascimento
Então disse a mim mesmo…~ Há estas palavras do Sábio…~ «Seu nascimento é o resultado do desejo de seus pais…~» Por uns momentos estas palavras cobraram seu verdadeiro significado…~ Disse a mim mesmo…~ «Efetivamente este nascimento…~ este ter começado a sentir…~ ele é produto do desejo de seus pais…~ Mas este nascimento não sou eu…~…
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Izutsu (TIST:356-358) – Ekstasis
Como observei antes várias vezes — e é particularmente importante recordar isso mais uma vez para a correta compreensão da posição filosófica que Chuang-tzu assume contra o ‘essencialismo’ — a descrição recém-apresentada dos quatro estágios não é uma teoria abstrata; é uma descrição de um fato experiencial. É uma descrição fenomenológica da experiência de êxtase.…
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Ratié (IRSA:644-650) – A ilusão intramundana
Abhinavagupta faz alusão à ideia de que a totalidade do universo diferenciado é uma ilusão (bhrānti) de passagem, durante uma discussão sobre a ilusão que vivenciamos na existência mundana quando, por exemplo, confundimos um pedaço de madrepérola com prata. Ele está explicando uma kārikā que, segundo ele, responde à seguinte objeção: ao afirmar que o…
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Ratié (IRSA:643-644) – Dilema do Um e do Múltiplo
Dizer que tudo, sem exceção, não passa de aspectos diversos assumidos pelo Si Mesmo, não constitui apenas um problema do ponto de vista da existência do outro. Pois a existência mundana em sua totalidade é tecida de diferenças (bheda): o vyavahāra se apresenta como uma vasta rede de distinções e particularidades que, ao se combinarem…
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Wilberg (MNY) – consciência
PWMNY Tende-se a pensar na própria consciência apenas como a percepção de algo específico. Um fenômeno é qualquer “coisa” da qual se está consciente — seja essa “coisa” um objeto ou pensamento, pessoa ou emoção, sensação, intuição ou impulso. É essa percepção dos fenômenos que constitui o que chamamos de experiência. Por isso, tende-se a considerar-se um ser “consciente” apenas…
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Wilberg (MNY) – Nova Yoga – Tantra renascido
PWMNY A consciência não é uma “coisa” nem um “ser”, mas também não é um “nada” vazio ou estado de “não-ser”. Não pode ser derivada, reduzida ou explicada por qualquer coisa como o corpo ou o cérebro. Isso porque é a condição de campo última e absoluta para nossa experiência de qualquer corpo ou ser, a…
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Wilberg (MNY) – Tempo de ser/estar consciente
PWMNY A humanidade atingiu um ponto de virada no tempo, um momento que exige o estabelecimento de uma relação completamente nova com o tempo, uma nova maneira de ser no tempo, uma nova consciência do tempo. A natureza desse ponto de virada, dessa nova relação com o tempo, desse novo modo de existência temporal e…
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Wilberg (MNY) – Com-ciência (Awareness) como realidade última
PWMNY A com-ciência é felicidade. A com-ciência é si. A com-ciência é liberdade. A com-ciência é o divino. A com-ciência é tudo o que existe. A com-ciência é o único absoluto. A com-ciência é luz, espaço e tempo. A com-ciência é a substância da matéria. A com-ciência é a interioridade da energia. A com-ciência envolve…
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Wilberg (AA) – O Princípio da Consciência, em lugar do Princípio da Linguagem de Lacan
PWAA Em contraste, o que poderia ser chamado de terapêutica espiritual do ioga tântrico baseia-se na identificação meditativa com o vazio e o espaço vazio — experimentado não simplesmente como um vazio, mas como um espaço de consciência pura, fundamentalmente distinto — e, portanto, essencialmente livre — de todos os conteúdos ou objetos da consciência dentro dele, bons ou maus. A consciência…
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Wilberg (AA) – A Linguagem e a Constituição do Eu
PWAA Assim como a consciência, a linguagem não é uma ‘coisa’. Pois, embora encontre expressão na forma ‘objetiva’ da palavra falada e escrita, a linguagem como tal não é em si nenhum ‘objeto’. Nem as palavras em si, como ‘significantes’, apenas denotam ou representam objetos específicos ou ‘significados’. O significado da linguagem não reside em…
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Wilberg (AA) – Consciência, normalidade e psicose
PWAA Sem a cultura da consciência, a consciência supostamente normal ou ‘neurótica’ – enraizada no ‘sujeito’ objetificado ou objetificador – é facilmente transformada na chamada ‘psicose’. O que consideramos ‘normalidade’ é na realidade o que Bollas chamou de ‘normose‘ – normose e psicose sendo duas faces da mesma moeda: a redução da consciência a uma…
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Wilberg (AA) – Superação do sofrimento causado por abuso
PWAA Assim como a maioria das formas de ensino espiritual visa superar o sofrimento, a maioria das formas de medicina e psiquiatria busca “curar” sintomas. Da mesma forma, muitas abordagens de terapia cognitiva, assim como métodos New Age ou “Neuro-Linguísticos” de “pensamento positivo”, incentivam o uso do ego individual (“o sujeito”) para dissipar e manipular quaisquer sentimentos “ruins” ou “negativos” — tratando-os implicitamente como “objetos ruins”. Tais…
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Wilberg (AA) – Abuso, sujeito-objeto
PWAA Uma pessoa, criança ou adulto, é abusada — seja economica, emocional, psicologica, fisica ou psiquiatricamente. Ou seja, ela é manipulada, vista, tratada — usada — como se fosse um objeto. Hoje em dia, muito se fala sobre o fato de que o abuso infantil é muito mais comum e difundido do que se pensava antes. E ainda assim,…
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Dubois (DDAG) – O Si não é uma coisa particular
DDAG Paradoxalmente, essa metáfora da luz parece excluir qualquer acesso ao Si. Esse paradoxo também é encontrado no domínio da existência. Na verdade, isso é bem normal, pois para Abhinavagupta, existir é aparecer, ser manifesto, luminoso: “O senso comum atribui a existência, caracterizada pelo fato de ser definida, a tudo o que aparece no modo…
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Dubois (DDAG) – O Si é evidente porque é a consciência.
DDAG Essa luz é também a consciência, princípio de tudo: “A realidade da consciência é evidente. Sendo assim, para que servem esses estratagemas em relação a ela?” Mas como sabemos que a consciência é evidente? Simplesmente porque “se ela estivesse ausente, o universo não apareceria, pois o universo é (em si mesmo) inerte” (TĀ II,…
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Dubois (DDAG) – Não-dualidade com ou sem desejo
DDAG Para resumir, a não-dualidade de Shankara se distingue da de Abhinavagupta nos seguintes pontos: O absoluto é ser puro. Para Abhinavagupta, é, além disso, ação. A consciência é consciência pura, sem relação com o julgamento e a fala. Para Abhinavagupta, a consciência é a fonte de toda linguagem. Shankara mal se detém no absoluto…
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Dubois (DDAG) – Outra não-dualidade
DDAG Frequentemente se compara essa perspectiva com a abordagem “não dualista” do Vedānta de Śaṅkara, mestre da religião brâmane do século VIII, cuja influência só cresceu entre os brâmanes a partir do século XII até os dias atuais. Para Śaṅkara, o que é “não dois” (a-dvaita) é a consciência individual e o absoluto, concebido como…
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Dubois (DDAG) – Pensamento de Abhinavagupta e dos seus mestres
DDAG […] Para eles, toda a experiência é um fragmento da experiência integral e perfeita do ser que caracteriza o Senhor. Ver um vaso — exemplo clássico dado nos textos indianos — é ver-se a si mesmo, ver o Ser ilimitado, mas vê-lo “contraído” às dimensões deste vaso, agora, neste lugar. Da mesma forma, todo…
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Brunton (N6) – Corpo e consciência (2)
PBN6 81 A pessoa é simplesmente a coleção totalizada de todas as formas-pensamento da experiência ao longo do dia. Aquele elemento em todas essas formas-pensamento sempre mutáveis que não muda, mas permanece fixo, é a pura consciência delas. 82 Devemos, de fato, fazer uma distinção entre o eu consciente que está tão ligado ao corpo…
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Brunton (N6) – Corpo e consciência (1)
PBN6 58 Nem o corpo com seus sentidos nem a mente com seus pensamentos é o ser último que eu sou. O corpo age e a mente se move, mas por trás deles está a Consciência livre de pensamentos, o Princípio Cognoscente. 59 O primeiro grande erro a ser descartado é um erro comum –…