Tag: cosmogonia

  • Deghaye (PDND) – deidade

    Em Boehme, portanto, há a Deidade pura, por um lado, e sua emanação, o Deus da teosofia, por outro. A Deidade pura escapa completamente ao nosso conhecimento, enquanto o Deus emanado é o Deus que se revela. Logicamente, tudo o que deveríamos dizer sobre essa Deidade pura absolutamente incognoscível é que não sabemos nada sobre…

  • Deghaye (PDND) – Deus

    O Deus de Boehme é semelhante à Divindade mencionada na tradição islâmica: “Eu era um tesouro oculto, amei ser conhecido, então criei criaturas para ser conhecido”. O Deus de Boehme é uma Divindade oculta que anseia por ser conhecida e que se revela gradualmente, primeiro em um ciclo de emanação septiforme, depois criando e manifestando-se…

  • Nicolescu (BNJB) – Realidade governada por sete qualidades

    Para Boehme, “Deus é um deus de ordem… Nele há principalmente sete qualidades, por meio das quais todo o ser divino é ativo. Ele se mostra indefinidamente nessas sete qualidades e, ainda assim, essas sete qualidades ocupam o primeiro lugar no infinito: é por essa lei que a geração divina é eterna e imperturbável em…

  • Brown (BLPS) – Adão

    A humanidade foi criada para ser a própria representação e imagem de Deus, alguém que une em si todos os aspectos do mundo. Deveria ser o microtheos e o microcosmos perfeitos, o intermediário ontológico entre Deus e o mundo. Como Adão “se originou” depois que Lúcifer introduziu o mal na criação, Deus também pretendia que…

  • Brown (BLPS) – Como o mal se torna real na criação?

    Como o mal se torna real na criação? Em Aurora Boehme atribuiu o início do mal ao ato irracional em que Lúcifer desejou ser como Deus, resultando em desarmonia no reino angélico governado por Lúcifer. A desarmonia que causou também afeta o nosso mundo temporal, que Deus criou para corrigir a queda. Esse relato faz o…

  • Nicolescu (BNJB) – nosso mundo segundo Boehme

    Nesse contexto, é extremamente interessante observar o papel que Boehme atribui ao nosso próprio mundo. Os três princípios dão origem a três mundos distintos que, no entanto, estão interligados — o mundo do fogo, o mundo da luz e o mundo exterior: “E assim devemos entender um ser tríplice, ou três mundos um dentro do…

  • Nicolescu (BNJB) – os três princípios segundo Boehme

    Na cosmologia de Boehme, a Realidade tem uma estrutura ternária, determinada pela ação de três princípios: “A fonte da escuridão é o primeiro princípio; o poder da luz é o segundo princípio e a geração extra da escuridão pelo poder da luz é o terceiro princípio…”. Esses três princípios são independentes, mas, ao mesmo tempo,…

  • Boehme (JB3P) – Três princípios da essência divina

    JACOB BOEHME — TRÊS PRINCÍPIOS DA ESSÊNCIA DIVINA GALLICA BNF: Des trois principes de l’essence divine, ou De l’éternel engendrement sans origine / par Jacob Böhme.; trad. de l’allemand, sur l’édit. d’Amsterdam, de 1682, par le philosophe inconnu (L.-C. de Saint-Martin) Des trois principes de l’essence divine, ou De l’éternel engendrement sans origine (Texte imprimé)…

  • Brown (BLPS) – Quarenta Questões (resumo)

    Nesse quarto livro, escrito em 1620, Boehme adotou o termo Ungrund, que normalmente era usado como um termo técnico para o status de um argumento ou proposição que carecia de uma justificativa ou razão prévia (Grund). Em vez disso, Boehme o usou para designar Deus como é em si mesmo. Empregou-o para indicar uma completa…

  • Brown (BLPS) – Vida Tríplice (resumo)

    A Vida Tríplice, escrito em 1619, apresenta duas novas e importantes caracterizações de Deus. Primeiro, Deus não é apenas um ser ou uma vontade, mas é a pessoa absoluta. Portanto, Boehme deve elaborar as condições necessárias para a personalidade autoconsciente e aplicá-las à sua doutrina de Deus. Em segundo lugar, a autorrevelação é fundamental para…

  • Brown (BLPS) – Três Princípios de Boehme (resumo)

    Quando o pastor luterano de Görlitz descobriu as especulações não ortodoxas de Aurora, forçou Boehme a prometer que não escreveria mais. Após sete anos de obediência, em 1619 Boehme se sentiu impelido a compor secretamente um segundo livro, que esclareceria as obscuridades de Aurora. Infelizmente, os Três Princípios é ainda mais opaco do que seu…

  • Brown (BLPS) – Aurora (resumo)

    Provavelmente movido por uma recorrência da visão inicial de 1600, Boehme escreveu seu primeiro livro em 1612 para preservar a memória de seu vislumbre da natureza interna das coisas. Aparentemente, houve um intervalo entre a conclusão dos capítulos 1 a 7, que formam uma unidade por si só, e a composição dos capítulos restantes (8…

  • Brown (BLPS) – Necessidade de Criação

    Dada a existência de um mundo, o problema de sua natureza e sua relação com Deus pode ser colocado em três perguntas. A existência de qualquer mundo é necessária para Deus (exigida por sua própria natureza) ou é realmente algo que não poderia ter desejado? Dado este mundo em particular, sua essência é determinada de…

  • Klimov (JBC) – Verbo eternamente falando

    O que o Verbo eternamente falando expressa, torna-se, se é que podemos usar essa palavra1, o mundo espiritual. Este último está inteiramente contido na Palavra, mas, assim que é expresso, desliza para o plano do Ser. E essa passagem de um plano, ou de um estado, para outro é a Magia divina2. “E é precisamente…

  • Boehme (JBAN) – Aurora Nascente

    JACOB BOEHME — AURORA Existe uma excelente tradução em português feita por Américo Sommerman: A Aurora Nascente (Paulus,1998); Aurora (auf Deutsch, by Hans Zimmerman); Aurora of Morgenrood in Opgang (Dutch full text). Segundo Alexandre Koyré, sabe-se que a Aurora Nascente era uma obra que autor pretendia ser um Memorial pessoal  que não deveria ser tornada…

  • Klimov (JBC) – creatio ex nihilo (Boehme)

    A obra de Deus não poderia ser feita do nada. “Onde não há nada, não haverá nada; tudo deve ter uma raiz, caso contrário nada cresceria.” (Aurora, XIX, 56) Desde toda a eternidade, Deus preencheu o espaço, e o mundo só poderia ter sido produzido a partir dele, ou, mais especificamente, a partir do salniter1…