Tag: espírito – sopro – alento
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Música e palavras na magia de Campanella (D.P.Walker)
Walker1988 Existem várias diferenças, tanto de ordem geral quanto particular, entre a magia de Ficino e a versão apresentada por Campanella; uma das mais evidentes é que, nesta última, a música e as palavras parecem desempenhar um papel muito menos importante. É certo que, na Metaphysica, Campanella retoma as regras de Ficino para a música…
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Campanella e os anjos (D.P.Walker)
Walker1988 Em seu Atheismus Triomphatus, Campanella aborda a questão das diversas religiões pagãs e, entre elas, o culto das estrelas, do céu e do Sol. Isso, em sua opinião, é menos repreensível do que outros tipos de religiões não cristãs: pois pode-se ver que essas partes do mundo estão afastadas de toda corrupção, e dotadas…
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Campanella em defesa da Magia (D.P.Walker)
Walker1988 Vemos agora em que consistiam as operações mágicas de Campanella em Roma, e sabemos que sua magia era baseada no De V.C.C. de Ficino. Suas defesas em favor dela e seus escritos mais gerais sobre astrologia e magia nos ajudam a conhecer melhor as teorias sobre as quais ela se baseava e, por conseguinte,…
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Magia de Campanella e Urbano VIII (D.P.Walker)
Walker1988 Em 1599, Campanella foi preso em Nápoles após o fracasso de sua revolta calabresa, que deveria estabelecer sua utópica e altamente heterodoxa Cidade do Sol. Em 1603, após terríveis torturas, foi condenado à prisão perpétua como herege — escapara da pena de morte simulando loucura. Permaneceu em Nápoles, escrevendo profusamente, até 1626, quando foi…
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A filosofia de Campanella (D.P.Walker)
Walker1988 Na vida e na obra de Campanella, encontramos um renascimento prático da magia de Ficino. As ideias e os objetivos originais de Ficino são poderosamente refratados pela extraordinária personalidade e perspectiva mental de Campanella, e é assim que eu justificaria o tratamento favorável que estou dando a eles. Esse renascimento também é condicionado por…
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Considerações sobre o espírito em Francis Bacon (D.P.Walker)
Walker1988 A Historia vitae et mortis (1623) de Francis Bacon trata da prolongação da vida e da juventude através de um tratamento adequado dos espíritos. A concepção do espírito (spirit) é emprestada de Telesio e Donio, especialmente deste último, embora Bacon seja demasiado ortodoxo para assimilar mind e spirit. Para retardar a senilidade e a morte, é necessário verificar se…
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Considerações sobre o espírito em Telesio (D.P.Walker)
Walker1988 Donio, Persio, Bacon e Campanella (trataremos deste último separadamente no próximo capítulo) são todos, em certa medida, discípulos de Telesio, cuja influência sobre sua filosofia é evidente e, exceto no caso de Donio, abertamente reconhecida por eles. A filosofia de Telesio, embora enraizada na Antiguidade, propunha, em minha opinião, um sistema novo em relação…
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Nove elementos da alma humana (Enel)
in EnelEnel1966 Vejamos agora os nove elementos que compõem a alma do homem, começando pelo mais material, aquele que pode, em rigor, ser assimilado ao corpo perecível. Este elemento era chamado Khat, nome cujo sinal determinativo era um leito sobre o qual repousa uma múmia. O que nos inclinaria a crer que esta parte do homem…
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O próximo instante é feito por mim?
(Lispector1973) É com uma alegria tão profunda. É uma tal aleluia. Aleluia, grito eu, aleluia que se funde com o mais escuro uivo humano da dor de separação mas é grito de felicidade diabólica. Porque ninguém ME prende mais. Continuo com capacidade de raciocínio – já estudei matemática que é a loucura do raciocínio –…
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Ar-Ruh
Daryush Shayegan: Hinduísmo e Sufismo O espírito é de dois tipos: o espírito (ruh) e abol arwah «Pai dos espíritos», os quais são ditos, na linguagem dos místicos indianos, atman e paramatman. Quando a Ipseidade pura (dhat-e baht) se determina e se limita, seja sobre o plano sutil (be-litafat), seja sobre o plano grosseiro (be-kithafat),…
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Ibn Arabi (Fusus) – Shuaib
IBN ARABI — OS ENGASTES DE SABEDORIA VIDE: SABEDORIA DOS PROFETAS A SABEDORIA DO CORAÇÃO NO VERBO DE SHUAIB Retorno ao tema do Coração, em particular o Coração do gnóstico O Coração do Homem Perfeito simboliza a síntese de todos os aspectos do ser O “deus criado na crença”, e a questão da diversidade de abordagens…
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Kabir (TagoreK) – Cânticos (1)
in KabirÓ SERVO, onde você ME procura? Eis! Estou ao seu lado. Não estou no templo nem na mesquita: Não estou nem na Kaaba nem em Kailash: Não estou em ritos e cerimônias, nem em Yoga e renúncia. Se você for um verdadeiro buscador, ME verá imediatamente: ME encontrará em um momento. Kabir diz: “Ó Sadhu!…
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Padoux (APEP:31-32) – prana
(…) “Todos os deuses residem no homem, como vacas em um estábulo. Aquele que conhece o homem pensa: este é Brahman”, disse o Atharveda (XI 8,32); as forças que animam o cosmos são as mesmas forças que animam o homem. Essa energia cósmica e humana seria mais tarde simbolizada pelo kundalinî, que apareceria ao mesmo…
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Isha Upanishad (Aurobindo) – ação ou poder sob a ação
in Aurobindo17. O Sopro das coisas (11) é uma Vida imortal, mas as cinzas deste corpo são o fim. OM! Ó Vontade, (12) lembre-se, o que foi feito, lembre-se! Ó Vontade, lembre-se, o que foi feito, lembre-se. (11) Vayu, chamado em outros lugares de Matarishwan, a energia vital do universo. Sob a luz de Surya, se…
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Hulin (PEPIC:19-23) – O Atman nos Upanishads
in Michel HulinO termo é, de fato, antigo, e os Upanishads o retomam, carregado de toda uma evolução semântica. Vamos relembrar brevemente as conclusões comuns à maioria dos trabalhos clássicos dedicados a essa questão (por exemplo, H. Oldenberg, Die Wellanschauung der Brāhmana-Texte, pp. 85-89 e A. B. Keith, The Religion and Philosophy of the Veda and Upanishads,…
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Shayegan (DSHC) – alma no mundo intermediário
O crescimento da alma no mundo intermediário inclui um paraíso e um inferno. A alma cria seu próprio paraíso e seu próprio inferno. As impressões sutis da alma resultantes dos hábitos adquiridos (aklâq) das “formas de obras”, os resultados dos atos, armazenados no ser mais íntimo da alma, são revelados na ressurreição menor na forma…
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Sohrawardi – Símbolo de Fé dos Filósofos (Corbin, AE15)
Sohravardi — Arcanjo Empurpurado — Símbolo de Fé dos Filósofos (Henry Corbin, tradutor do árabe) A intenção de Sohravardi aqui não é defender aqueles que são, de certa forma, meros teóricos da filosofia. Tal afirmação não estaria em desacordo com o significado dado a toda a sua obra por sua “conversão”, nem com o conteúdo…
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Ibn Arabi (Futuhat) – Belíssimos Nomes
Deus diz: “Invocai Alá ou invocai o Misericordioso; seja qual for o que invocardes, a Ele pertencem os mais belos nomes” (Alcorão 17:110). Aqui, Deus faz com que os Belíssimos Nomes pertençam igualmente a Alá e ao Misericordioso. Mas observe este ponto sutil: Todo nome tem um significado (ma’na) e uma forma (sura). “Alá” é…
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Burckhardt (JiliHU:24-27) – Cosmologia e Psicologia
A segunda parte do livro (Al-insan al-kamil) trata da cosmologia e, mais precisamente, da cosmologia metafísica, uma vez que as realidades cósmicas sempre serão levadas de volta aos seus princípios divinos. Essa parte começa com uma descrição dos graus de manifestação principial, cujos suportes imediatos são as realidades ilimitadas do mundo informal. Seus nomes, quase…
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Gril (IAA4P) – O Livro da Árvore e dos Quatro Pássaros (A Pomba)
A Pomba: (al-warqa al-mutawwaqa), Alma Universal, Mesa Protegida (al-lawh al-mahfuz). Por que a pomba é a primeira a falar, embora venha da águia, “o primeiro de todos os seres existentes”? Em primeiro lugar, ela aparece como um símbolo do Espírito Santo, empoleirada na “árvore de jujuba do Limite” (sidrat al-muntaha), um limite que não pode…