Tag: éter
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Van der Wetering (JWEM) – ser budista
O mestre havia terminado sua refeição e olhou para mim. “Ouvi dizer que você quer se tornar um budista”. “Sim”, eu disse. “Sou seu discípulo há algum tempo, mas nunca entrei na fé, ou na igreja, ou como quer que a chame. Gostaria de fazer isso agora”. “Isso pode ser feito”, disse o mestre. “Temos…
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Dogen (TCRZ) – Livro Universal da Paz Eterna (2)
O ditado de que não ter mente é Buda originou-se na Índia; o ditado de que a própria mente é Buda começou na China. Se compreenderes adequadamente, estarás tão distante quanto o céu está da terra. Se não compreenderes adequadamente, és apenas um tipo comum. Em última análise, o que é o quê? No terceiro…
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Dogen (TCRZ) – Livro Universal da Paz Eterna (5)
Nos tempos antigos, um homem em uma torre alta viu dois monges passando em frente à torre; havia dois deuses varrendo a estrada e espalhando flores diante deles. Então, quando os monges voltaram por aquele caminho, havia dois demônios gritando e cuspindo com raiva, limpando seus rastros. O homem desceu da torre e perguntou aos…
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Dogen (TCRZ) – Livro Universal da Paz Eterna (18)
É raro ouvir a verdade mesmo em imensas eras; é por isso que os adeptos e os virtuosos do passado esqueceram seus corpos, ou até mesmo perderam seus corpos, em prol da verdade. Certamente há um significado para isso. Seres humanos comuns, animais, formigas, mosquitos, pessoas de fora com visões errôneas, todos têm corpos e…
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Dogen (TCRZ) – Livro Universal da Paz Eterna (20)
O fundador do Zen orientou seus discípulos: “A hora está prestes a chegar; por que cada um de vocês não diz o que alcançou?” Seu discípulo Dofuku disse: “De acordo com o que percebo, não se apegar a palavras e não rejeitar palavras é a função do Caminho”. O fundador disse: “Você alcançou minha pele”.…
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Billeter (JFBLC:15-20) – Aprendizado segundo Chuang Tzu
Aqui está um primeiro exemplo dessas descrições encontradas em Chuang-tzu. Ela aparece em um diálogo bem conhecido no Livro 3, no qual um dos contemporâneos de Chuang-tzu, o príncipe Wen-houei, governante do estado de Wei, e um de seus cozinheiros – um personagem imaginado por Chuang-tzu – estão envolvidos: O cozinheiro Ting estava esquartejando um…
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Billeter (JFBLC:20-24) – experiência (Chuang Tzu)
Os leitores devem ter notado que dou um significado especial à palavra “experiência”. Não estou falando do tipo de experiência que se tem em um laboratório, ou do tipo que se adquire em uma profissão ou ao longo da vida, ou do tipo que se tem apenas uma vez, em circunstâncias excepcionais. Com esse termo,…
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Billeter (JFBLC:41-44) – regimes de atividade
Tchouang-tseu é, em parte, o trabalho de um filósofo, ou seja, um homem que pensa por si mesmo, consulta acima de tudo sua própria experiência, também pondera sobre o que os outros dizem e faz uso cuidadoso da linguagem. Isso foi necessário desde o início porque não sabemos quase nada sobre a pessoa de Tchouang-tseu.…
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Peter Wilberg (PWEH) – único e singular Horizonte
O Ser de todas as coisas que são reconhecidas no ser/estar-ciente, por sua vez, depende do ser/estar-ciente. Abhinavagupta A metafísica suprema é “a metafísica do supremo” – daquele ser/estar-ciente único e singular que, em última análise, abrange todas as dimensões da realidade, desde o reino do Ser e da Atualidade até o do Não-Ser ou…
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Pessoa: Parmênides e a eternidade do ser
Quando Parmênides diz que o Ser é eterno, baseando-se na asserção de que o Ser não se pode tornar Não-Ser, introduz no argumento a secreta noção do tempo, ou pelo menos de devir. Mas devir não é ser — é-lhe mesmo oposto. O verdadeiro argumento é o seguinte: o Ser não é temporal porque não…
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Izutsu (ST:418-419) – Determinismo e Liberdade
No capítulo anterior, encontramos o conceito de Comando Celestial (t’ien ming). O conceito é filosoficamente de importância básica porque leva diretamente à ideia de determinismo que, no pensamento ocidental, é conhecido como o problema da “predestinação” e, na tradição intelectual do Islã, como o de qada e qadar. A parte mais interessante de todo o…
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Billeter (JFBLC:25-26) – linguagem e realidade
O que ouvimos são palavras e sons. Infelizmente, as pessoas imaginam (…) que essas palavras, esses sons fazem com que elas percebam a realidade das coisas – o que é um equívoco. Mas não percebem porque, quando percebemos, não falamos e, quando falamos, não percebemos. As pessoas imaginam que a linguagem as faz compreender a…
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Fernando Pessoa: Parmênides e a eternidade do Ser
Parmênides e a eternidade do Ser Quando Parmênides diz que o Ser é eterno, baseando-se na asserção de que o Ser não se pode tornar Não-Ser, introduz no argumento a secreta noção do tempo, ou pelo menos de devir. Mas devir não é ser — é-lhe mesmo oposto. O verdadeiro argumento é o seguinte: o…
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Alain Porte – crer é cometer suicídio espiritual
in Porte, AlainO som é um objeto para o ouvido, assim como Deus é um objeto para a mente. Sob essa perspectiva, crer é cometer suicídio espiritual.
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Nisargadatta (NMPC) – estado eterno (nirguna)
Nessa hierarquia espiritual, do mais grosseiro ao mais sutil, você é o mais sutil. Como isto pode ser percebido? A base mesmo é que você não sabe que é e, de repente, surge o sentimento de “eu sou”. No momento em que aparece, você vê o espaço, o espaço mental; aquele espaço sutil semelhante ao…