Tag:

  • Izutsu (TIST:444) – O Homem Perfeito

    A maioria dos traços característicos do Homem Perfeito já foi mencionada explícita ou implicitamente nos capítulos anteriores. Alguns deles foram totalmente discutidos, enquanto outros foram abordados de forma superficial. Além disso, já apontamos repetidamente que o Homem Perfeito, conforme entendido por Lao-tzu e Chuang-tzu, nada mais é do que a personificação do próprio Caminho. O…

  • Izutsu (TIST:275-276) – O Poder Mágico do Homem Perfeito

    Ibn Arabi reconhece no Homem Perfeito um tipo particular de poder mágico. Isso não é de se admirar, porque o Homem Perfeito, como um “conhecedor” (‘arif), é, por definição, um homem com um poder espiritual extraordinariamente desenvolvido. Sua mente naturalmente demonstra uma atividade extraordinária. Esse poder extraordinário é conhecido como himmah, que significa uma energia…

  • Izutsu (TIST:247) – O Homem Perfeito como um Indivíduo

    No início do capítulo anterior, observei que o homem, no pensamento de Ibn Arabi, é concebido em dois níveis diferentes, cósmico e individual. O presente capítulo tratará do segundo desses dois níveis. O homem no primeiro nível, ou — logicamente — o homem como espécie, está no estágio intermediário entre o Absoluto e o mundo…

  • Izutsu (TIST:152) – A Automanifestação do Absoluto

    Nas páginas anteriores, foi feita referência frequente ao conceito de “automanifestação” (tajalli). E em não poucos lugares o conceito foi discutido e analisado com algum detalhe. Isso é apropriado porque o tajalli é o ponto central do pensamento de Ibn Arabi. De fato, o conceito de tajalli é a própria base de sua visão de…

  • Izutsu (TIST) – Mundo Manifestação

    O conhecimento de que todo o mundo criado não é outra coisa senão uma auto-manifestação do Absoluto pertence ao segundo estágio, que é descrito por Ibn Arabi nos seguintes termos: Após o primeiro estágio, vem o segundo, no qual a experiência da ‘revelação’ o faz perceber que é o próprio Absoluto (e não o mundo)…

  • Corbin (Ibn Arabi) – O «Deus criado nas crenças»

    É uma dupla Epifania (tajalli) inicial que distende a tristeza do Ser Divino, o «Tesouro Oculto» aspirando sair de sua solidão de desconhecimento: uma no mundo do Mistério (alam al-ghayb), a outra, no mundo do fenômeno (alam al-shahadat). A primeira é a Epifania do Ser Divino a si mesmo e para si mesmo, nas essência…

  • Corbin (AE15) – Símbolo de Fé dos Filósofos

    Sohravardi — Arcanjo Empurpurado — Símbolo de Fé dos Filósofos (Henry Corbin, tradutor do árabe) A intenção de Sohravardi aqui não é defender aqueles que são, de certa forma, meros teóricos da filosofia. Tal afirmação não estaria em desacordo com o significado dado a toda a sua obra por sua “conversão”, nem com o conteúdo…

  • Corbin (Ibn Arabi) – O Feminino-criador

    Aqui, talvez estejamos em uma posição que nos permita chamar a atenção para o segundo indício que observamos anteriormente na experiência sofiânica do “intérprete de desejos ardentes”. A dialética do amor, por meio de seu uso da imaginação criativa ativa, trouxe a reconciliação do espiritual e do físico no mundo das teofanias, a unificação do…

  • Corbin (Ibn Arabi) – O Deus manifestado pela imaginação teofânica

    O mundo ou o plano de ser intermediário correspondente propriamente à função mediadora da Imaginação, a «cosmografia» mítica o designa como o mundo luminoso das Ideias-Imagens, das Figuras de aparição (alam mithali nurani). Certamente, a preocupação primeira de Ibn Arabi visa as conexões das visões coma faculdade imaginativa de um lado, com a inspiração divina…

  • Corbin (AE15) – Estrofes litúrgicas e Ofícios divinos

    Sohravardi — Arcanjo Empurpurado — Estrofes litúrgicas e ofícios divinos (Henry Corbin: Tradução do persa) Os textos que agrupamos aqui sob o título de “Livro de Horas” formam uma espécie de recapitulação da doutrina Ishraqi, bem como o ato final dos relatos iniciáticas. O evento vivenciado pela alma ressoa em uma oitava mais alta, quando…

  • Hamadani – Coração do servo

    HamadaniTM Certa vez, alguém perguntou ao Eleito: “Onde está Deus?” “No coração de Seus servos.” É necessário buscá-Lo no coração de Seus servos. Esse é o significado de: “Ele está convosco onde quer que estejais.” (57:4) Assim que teu coração te pertencer e o tiveres encontrado, teu espírito te mostrará a beleza da Onipotência. Se,…

  • Hamadani – Coração do crente

    HamadaniTM Sobre “Mas, ao contrário, este é um Alcorão glorioso (escrito) sobre uma Tábua guardada” (85:22), Ibn ‘Abbâs explica que essa Tábua guardada é o coração do crente. Não é por isso que o Eleito disse: “O coração compreende tudo o que Deus criou” (T.A.)? Persiste, e saberás que: “Nem Minha terra nem Meu céu…

  • Fé no homem verdadeiro (Lin-tsi)

    Hermes-Tchan A única fé que Lin-tsi admite é a fé, a confiança (sin) no homem verdadeiro, ou seja, em nós mesmos: no Deus que está em nós, poderíamos dizer, se houvesse um Deus no budismo; é a “verdade em uma alma e um corpo” de Rimbaud. À realização dessa verdade se opõem todos os tipos…

  • Os Demônios (3) (Arendt)

    ARENDT, H. Pensar sem corrimão: Compreender (1953-1975). Rio de Janeiro, RJ: Bazar do Tempo, 2021. Num terceiro plano, que claramente era o de Dostoiévski, abordamos a mesma questão do ateísmo, mas de forma muito mais séria: o tema central em toda a obra de Dostoiévski não é a existência ou não de Deus, mas a…

  • Abellio: État dévotionnel et voie gnostique.

    A s’en tenir à la « genèse » de la conscience occidentale, il faudrait reconstituer ici le chemin qui de Descartes à Husserl, aboutit aujourd’hui à cette intériorisation du monde que Descartes voulait séparé et se prolonge dans l’exploration concertée de la transfiguration, qui sera l’occupation décisive du nouvel âge de la connaissance. Nous ne…

  • Kabir (KCA:123) – Eu mesmo dei esta manifestação de mim mesmo

    Eu estou em tudo, tudo está em mim, Fora de mim não há nada. Expandi-me até a medida dos três mundos, E a transmigração é o jogo que eu jogo… Os seis sistemas descrevem apenas minha vestimenta: Sou transcendente, sem forma ou divisão. Eu me dei a mim mesmo o nome de Kabir, Eu mesmo…

  • Alain Porte – crer é cometer suicídio espiritual

    O som é um objeto para o ouvido, assim como Deus é um objeto para a mente. Sob essa perspectiva, crer é cometer suicídio espiritual.  

  • Hallaj (DiwanLM) – sobre a realidade da fé

    lil’ilmi ahlun… taratibu (resposta sobre a realidade da fé) (1) Para a ciência, há vocações; para a fé, desenvolvimento; e para a ciência, assim como para os sábios, há experiências. (2) A ciência é constituída por duas ciências, a que rejeita e a que incorpora, e o oceano por dois mares, um suave, o outro…

  • Joseph Cary (JSB) – o camelo perdido (Rumi)

    Joseph Cary — Sobre um poema de Rumi (JSB) Você perdeu um camelo e a caravana está pronta para partir. Sua bagagem ficou espalhada pelo chão, ao passo que você, pálido de consternação, corre pelo que restou do acampamento, suplicando que lhe deem pistas, oferecendo uma recompensa. E a oportunidade do lucro rápido produz uma…

  • Panikkar Mediação Crença

    Raimon Panikkar — A EXPERIÊNCIA DE DEUS O DISCURSO SOBRE DEUS Um discurso que tem sempre necessidade da mediação de uma crença Não é possível falar sem a mediação da linguagem, nem utilizar esta sem exprimir uma crença qualquer que seja, embora não falhe jamais em identificar o discurso sobre Deus a uma crença particular.…