Tag: logos
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Capacidade da estrutura absoluta de orientar (Abellio)
(Abellio, Serant1955) Em seu livro “A Alma e a Ação”, Charles Baudouin quase toca o fundo quando distingue dois simbolismos dialeticamente ligados, um agindo no plano funcional dos verbos, outro no plano orgânico dos nomes e objetos, e é fácil constatar que um sistema simbólico de verbos não faz senão induzir essências no sentido husserliano…
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Logos de Platão (Abellio)
(Abellio, Serant1955) É na medida mesma em que a ciência contemporânea se vê incapaz, no infinitamente grande e no infinitamente pequeno, de introduzir como mediadores seus mecanismos habituais, e onde consequentemente sua linearidade esbarra em obstáculos decisivos, que os cientistas são obrigados a falar da crise das ciências e a rever sua concepção de determinismo.…
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Ibn Arabi (Fusus) – Considerações sobre o título do livro
IBN ARABI — SABEDORIA DOS PROFETAS Caner K. Dagli: Ringstones of Wisdom (DagliRW) O título de cada capítulo de Ringstones of Wisdom segue a seguinte fórmula: A Pedra do Anel (Ringstone) (fass, pl. fusus) de um aspecto particular da sabedoria (hikmah) na Palavra (kalimah) associada a um profeta específico. Embora a preposição “de” seja usada…
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Joscelyn Godwin: Fludd, Logos Solar
Excertos de Joscelyn Godwin, “Robert Fludd: Hermetic Philosopher and Surveyor of 2 Worlds” LOGOS SOLAR O Sol é o objeto mais brilhante visível para o olhar mortal, e um símbolo universal da Divindade Suprema. Na medida que Fludd não aceitava a doutrina copernicana do Sol enquanto como centro do universo material, da mesma maneira que…
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Padoux (APEP:29-30) – quadripartição do brahman
A quadripartição de Brahman, a Palavra ou o Universo, no entanto, é ainda mais antiga que a Upanishad. Seu mais célebre representante é o hino a Purusha no Rigveda (X. 90), segundo o qual o Gigante primordial se dividiu em quatro: “Todos os seres são um quarto dele; os imortais no céu, os outros três…
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Padoux (APEP:20-22) – Vak ou Vac (a fala)
Dos termos usados para designar a fala no Veda, o primeiro a se destacar é vâk (ou vâch), porque é encontrado com o mesmo significado de “palavra” em muitos textos posteriores. Vâk (uma palavra feminina!) aparece em vários versos isolados em vários livros do Rigveda, incluindo aqueles considerados os mais antigos: a noção do papel…
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Poimandres 4-6
4 A essas palavras, ele mudou de aspecto e, subitamente, tudo se abriu diante de mim num momento, e vi uma visão sem limites, tudo tornou-se luz, serena e alegre, e a tendo visto, dela encantei-ME1 . E pouco depois, surgiu por sua vez2 , uma obscuridade dirigindo-se para baixo, assustadora e sombria, que se…
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Dyczkowski (MDDV:52-54) – Realismo do Xivaísmo de Caxemira
A abordagem do Xivaísmo de Caxemira entende o mundo como um símbolo do absoluto, ou seja, como a maneira pela qual este se apresenta a nós. Novamente, podemos contrastar essa visão com a do Advaita Vedānta. O Advaita Vedānta entende o mundo como uma expressão do absoluto na medida em que existe em virtude do…
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Sohrawardi – Livro do Verbo do Sufismo (Corbin, AE15)
Sohravardi — Arcanjo Empurpurado — Livro do Verbo do Sufismo (Henry Corbin: Extratos traduzidos do texto árabe) Este tratado de Sohravardi foi escrito em árabe e permaneceu inédito até agora, embora não tenhamos perdido a esperança de publicá-lo um dia. Não há dúvida quanto à sua autenticidade, não apenas porque Shahrazôrî o menciona em sua…
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Ibn Arabi (SP) – Da Sabedoria da Singularidade no Verbo de Maomé
IBN ARABI – SABEDORIA DOS PROFETAS (A essência de sua sabedoria é a singularidade (ou “incomparabilidade”), porque ele era o indivíduo mais perfeito da raça humana1. É por isso que o ato criativo (al-amr) começou com ele (como um protótipo permanente) e terminou com ele; pois, por um lado, ele era “um profeta, enquanto Adão…
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Ibn Arabi – Sabedoria dos Profetas
Otro de los libros importantes de El-Arabi es el titulado «Facetas de la Sabiduría», donde llevado de su simbolismo emite afirmaciones sorprendentes. Después de decir que Dios no puede ser visto ni como forma material, ni inmaterial, afirma que «la vision de Dios en la mujer es la más perfecta de todas». Hay que explicar…
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Padoux (APEP:19-20) – Fala (vak, akshara)
(…) Assim, em textos que se originaram em ambientes muito diferentes e foram escritos em um período de dois mil anos, os termos que se aplicam à fala — vâk ou akshara, por exemplo — têm valores muito semelhantes. Onde se acredita: no poder e na eficácia, não apenas mágicos, mas também cósmicos e cosmogônicos,…
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Padoux (APVAC:86-87) – Verbo, fulgurância vibratória
A atividade da consciência divina que traz o universo à existência e que, no nível mais elevado, é, como vimos, pura luz, prakāśa, é frequentemente descrita, especialmente no Trika, como um lampejo, um brilho, uma vibração luminosa. Isso é transmitido por termos como sphurattā, ullāsa, e outras. Essa refulgência vibratória, tanto quanto a da consciência,…
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Alain Daniélou (JMAI) – La théorie métaphysique du verbe et son application dans le langage et la musique
La théorie de la création par le Verbe se retrouve dans toutes les traditions, mais elle occupe dans la tradition hindoue une place particulièrement importante, et son exposé fait l’objet d’une littérature philosophique considérable. C’est la théorie du Verbe et de sa manifestation le Véda qui forme l’édifice central de la pensée et de la…
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Ghyka: Sortilèges du Verbe – INTRODUCTION
in Matila GhykaIn principio erat Verbum. Tout le monde, pour parler ou écrire, se sert de mots, c’est-à-dire de signes ou de symboles phonétiques ou graphiques; certaines personnes en plus aiment les mots pour eux-mêmes, comme ils aimeraient les chats ou les poteries chinoises. J’avoue tout de suite que j’appartiens précisément à cette catégorie d’amants du verbe…
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Padoux (APEP:24-26) – akshara (OM)
Outro termo que, no Veda, indica tanto um aspecto da Palavra quanto o absoluto, ou a palavra sagrada como a base imperecível do discurso ou da criação, um termo que mais tarde veio (embora mantendo seu valor gramatical de ‘sílaba’) a designar o primeiro princípio imperecível, mas mais especialmente, com frequência, como simbolizado pelo mantra…
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Duval (HZEN:45-46) – caráter próprio do ser humano: ouvir – dizer
Tanto em sua definição comum quanto em sua definição filosófica, a realidade humana, ou seja, “aquilo que fundamentalmente torna o homem humano”, é determinada como “zoon logon echon”: o ser vivo cujo modo de ser deve ser essencialmente concedido à capacidade de dizer. O “legein” é o fio condutor que nos permite tornar nossos os…
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Helali (LWDU) – Logos
No início de seu livro Sobre os Atributos dos Amantes, Helali justifica sua própria atividade literária. Por que, afinal de contas, alguém deveria dizer alguma coisa? Sua resposta nos leva ao reino da metafísica. No Islã, a Revelação assume a forma do Alcorão, que é a Palavra ou Logos (kalam). (No cristianismo, assume a forma…