Tag: Medievo
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A Fonte da Vida (O Romance da Rosa)
Jean de Meung, O Romance da Rosa A Fonte da Vida (“Sermão de Genius”) A fonte da qual vos falo é um manancial saudável, belo e maravilhoso. Ouvi-ME atentamente: suas águas têm um sabor agradável e são boas para os animais melancólicos; surgem claras e vivas de três mananciais admiráveis, que estão próximos uns dos…
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A Arte da Alquimia (O Romance da Rosa)
Jean de Meung, O Romance da Rosa A arte que ensina a alquimia é capaz de tingir todos os metais em diversas cores—pois morreria antes de transmutar as espécies, caso não consiga reduzi-las à matéria-prima—; atua enquanto há vida, mas nunca poderá igualar a Natureza. E, desejando compreender como alcançá-la, será necessário saber como obtê-la…
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O Romance da Rosa de Jean de Meung (Kanters & Amadou)
Kanters & Amadou, 1976 Das duas partes que compõem O Romance da Rosa, não há dúvida de que a escrita mais recentemente, por volta de 1277, apresenta ao mesmo tempo um caráter mais hermético, tanto em seu conteúdo quanto em sua forma. Frequentemente se destacou a obscuridade aparente dessa segunda parte, para a qual a…
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Boosco e Petrarca
Iniciado na quaresma de 1346, o De vita solitária só veio a ser concluído cerca de dez anos mais tarde em Milão, dedicando-o seu autor ao bispo de Cavaillon, no actual departamento francês de Vaucluse (em italiano, Valchiusa), Filipe de Cabassoles, mais tarde patriarca de Jerusalém c cardeal. É o elogio da solidão e do…
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Burckhardt (CMST) – Reflexões sobre a Divina Comédia de Dante
Quien considere a la Divina Comedia de Dante como una pura fantasía poética, en realidad no la comprende del todo, y quien la vea como una construcción conceptual envuelta en ropaje poético no le hace justicia. Dante no es un gran poeta, «a pesar de su filosofía»; es un gran poeta en virtud de su…
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Boosco: Dedicatória e Prólogo
Edição do texto de 1515 por Augusto Magne, com introdução, anotações e glossário. DEDICATÓRIA 1. (1, v) A muito esclarecida e devotíssima rainha dona Lianor, mulher do poderoso e mui magnífico rei dom João segundo de Portugal, como aquela que sempre foi inclinada a toda virtude e bem-fazer, zelosa grandemente de sua salvação e de…
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Boosco: I – Do homem mezquinho, desterrado e lançado do paraíso terreal
Edição do texto de 1515 por Augusto Magne, com introdução, anotações e glossário. 4. Do homem mesquinho, desterrado e lançado do paraíso terreal e da bem-aventurança do paraíso espiritual, que é a casa da boa consciência, et cetera. Eu, sendo pecador e mui mesquinho, desterrado do paraíso terreal das mui doces deleitações, polo pecado dos…
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Boosco: II – O campo fremoso e o boosco escuro
Edição do texto de 1515 por Augusto Magne, com introdução, anotações e glossário. 8. Seendo eu, mesquinho pecador, em tal estado, ia muito amiúde andar e espaçar per uu campo mui fremoso, comprido de muitas ervas e froles de bõ odor. Mais nunca se de sobre mi partiam aquelas treevas mui escuras, que ME cercavom…
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Boosco: III – O glorioso guiador
Edição do texto de 1515 por Augusto Magne, com introdução, anotações e glossário. 14. Tanto que esto houve dito, tomei já quanto esforço em meu coração e comecei a dizer ao esprandecente mancebo: — Senhor, rogo-te, por Deus, que ME digas quem és, que tam grande cuidado hás do meu bem. E ele ME respondeu,…
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Boosco Deleitoso II
SEGUNDA PARTE — CONTRASTE ENTRE A VIDA DO MORADOR DA CIDADE, OCUPADO EM NEGÓCIOS, E A DO SOLITÁRIO ASSOSSEGADO Capítulo XVI — Palavras de Dom Francisco solitário Capítulo XVII — Levanta-se o morador da cidade Capítulo XVIII — Levanta-se o solitário assossegado Capítulo XIX — Pela manhã Capítulo XX — Intervém a Misericórdia. Na hora do…
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Boosco Deleitoso III
TERCEIRA PARTE — DEFESA DA VIDA SOLITÁRIA Capítulo XXX — Fala o doutor sagral Dom Cicerom Capítulo XXXI — Fala Dom Sêneca Capítulo XXXII — Fala Dom Bernardo Capítulo XXXIII — Palavras de Dom Tomás de Aquino Capítulo XXXIV — Novo arrazoado de Dom Francisco solitário Capítulo XXXV — Disposições de quem procura o ermo Capítulo…
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Boosco Deleitoso — Apresentação de Augusto Magne
Boosco Deleitoso — APRESENTAÇÃO DE AUGUSTO MAGNE Pelo que respeita a data da composição, “posto que impressa no primeiro quartel do século XVI, ensina o saudoso mestre ). Leite de Vasconcelos, a páginas 136 de suas Lições de Filologia Portuguesa, 2. edição, 1926, esta obra representa uma fase linguística muito mais antiga, dos começos do…
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Boosco: Crítica de Magne
Dos equívocos aqui sinalados de relance, alguns levam a admitir que o compilador do Boosco não compreendeu, aqui e acolá, o original de Petrarca, contentando-se com transcrevê-lo materialmente; outros parecem corroborar a hipótese de eles representarem uma leitura errônea do original, inédito ou impresso, que serviu de base à impressão de 1515. Em abono deste…
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Boosco Deleitoso I – No horto aprazível, em companhia das virtudes
PRIMEIRA PARTE — NO HORTO APRAZÍVEL, EM COMPANHIA DAS VIRTUDES CAPITULO I — DO HOMEM MESQUINHO, DESTERRADO E LANÇADO DO PARAÍSO TERREAL CAPITULO II — O CAMPO FORMOSO E O BOOSCO ESCURO CAPÍTULO III — O GLORIOSO GUIADOR Capítulo IV — Encontro com a Justiça, a Temperança, a Fortaleza e a Prudência Capítulo V —…
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Lallement Dante
in DanteLOUIS LALLEMENT — DANTE MESTRE ESPIRITUAL Segundo Lallement, a Divina Comédia não é apenas a obra de um poeta genial, é a obra de um Mestre espiritual que aí encerrou como em uma catedral, toda ciência do homem e do mundo que a Idade Média, então em seu apogeu, elaborou dentro da ótica cristã, nela…
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Lewis: Isidoro de Sevilha
in Lewis, C. S.San Isidoro, obispo de Sevilla desde el año 600 hasta el 636, escribió las Etimologiae. Como indica el título, su tema aparente era el lenguaje, pero cruza con facilidad la frontera entre la explicación del significado de las palabras y la descripción de las cosas. Apenas se esfuerza por mantenerse en el lado lingüístico, y…