SPECULUM – REFLEXÕES

Tag: percepção

  • Nisargadatta (NMIam) – só percebes manchas…

    in

    A natureza do espelho perfeito é tal que você não pode vê-lo. Qualquer coisa que veja será necessariamente uma mancha. P: Mas como conhecer a mim mesmo? Para conhecer-me, tenho que estar distante de mim mesmo. Mas o que está distante de mim mesmo não pode ser eu. De modo que parece que não posso…

  • Abellio: a estutura absoluta

    in

    Resumo de ABELLIO, Raymond. La structure absolue. Paris: Gallimard, 1965, p. 43-52. Na atitude natural, “me” vejo simplesmente confrontado ao mundo, face a face com ele, em dualidade simples com o mundo. Vejo algo, por exemplo um livro posto sobre a “minha” mesa, e a visão não vai além desta relação simples: este livro e…

  • Shamkara: la perception du mental

    in

    IV – Au même titre que les autres organes sensoriels, le mental est un objet perçu par une entité distincte de lui: voilà ce qu’explique le présent verset : La Conscience illumine de multiples états mentaux tels que le désir, la détermination et le doute, la conviction1 et l’incrédulité, la persévérance2 et l’inconstance, la modestie,…

  • Ibn Arabi (SP) – Da sabedoria da inspiração divina no verbo de Seth §8

    in

    Mas voltemos agora à distinção dos dons (divinos) em dons essenciais e em dons conformes aos Nomes. Para aquilo que é dos favores e dons essenciais, eles só são concedidos em virtude de uma revelação (ou irradiação: tajalli) divina; ou, a Essência só se revela sob a “forma” da predisposição do indivíduo que recebe esta…

  • Sanai: les aveugles et la question sur l’éléphant

    in

    Il y avait une grande ville dans le pays de Ghūr, dans laquelle tous les gens étaient aveugles. Un certain roi passa près de cet endroit, amenant sa armée et campant dans la plaine. Il avait un grand et magnifique éléphant pour remplir sa pompe et susciter la crainte, et attaquer au combat. Un désir…

  • Dyczkowski (MDDV:79-80) – criação e maya

    in

    Quando o poder da ser/estar-ciente [awarenesss] dá origem a um senso de separação entre sujeito e objeto, com todas as limitações consequentes que impõe a si mesmo, este poder é chamado de ‘Māyā’. Como Māyā, encobre a consciência [consciousness] e obscurece o ser/estar-ciente do sujeito individual de sua unidade essencial. Enquanto o Vedānta não dualista…

  • Karl Renz (KRAudio) – aquele-que-percebe

    in

    Isso-que-és é com e sem o aquele-que-percebe. O primeiro que percebes é o aquele-que-percebe, mas o que percebes não podes ser. O primeiro que experiencias é o aquele-que-experiencia. O primeiro ou último que experiencias é o aquele-que-experiencia, mas ÉS antes, durante e além do aquele-que-percebe. Assim ÉS com e sem o aquele-que-percebe. Tens que ser…

  • Dyczkowski (MDDV:48-50) – Consciência e Universo

    in

    Universo e consciência são dois aspectos do todo, assim como qualidade e substância constituem dois aspectos de uma única entidade. Universo é um atributo (dharma) de consciência que o porta (dharmin) como sua substância. Diz-se que a “substância” é o repouso no qual todo esse grupo de categorias se manifesta e se torna efetivo. Agora,…

  • Karl Renz (KRES) – percepção

    in

    Questão: A natureza da percepção é o que? Karl Renz: Ninguém saberá, nunca saberás, mas Isso é o que és. A natureza da percepção é que a percepção não pode perceber a percepção. E o que quer que a percepção esteja percebendo não pode ser o que é a percepção. Por isto mesmo que se…

  • Padoux (APPA:nota) – grāhaka – sujeito consciente que percebe

    in

    Tr. Antonio Carneiro grāhaka: o sujeito consciente que percebe, ou apreende (√GRAH), o mundo da objetividade (que é « aquilo que é a perceber »: grāhya). O sujeito percebendo é consciente, animado, vivo. O mundo objetivo, por oposição, é inerte.

  • Karl Renz (KRAudio) – percepção

    in

    [18:11] Karl: Há algo além da percepção? Q: Afirmas o tempo todo! K: O que digo? Q: Dizes que o Parabrahma é independente dos sonhos. Só percebemos os sonhos. K: Não digo isto! Digo que Ele é com e sem, mas independente não é a palavra certa. Ele é com e sem o sonho. Mas…

  • Timalsina (STSA:33-37) – modelos argumentativos do Advaita

    in

    Mais tarde, a escolástica Advaita se desenvolveu em dois esquemas que acomodaram suas vertentes divergentes de pensamento. Os comentários sobre o Advaitasiddhi de Madhusūdana se baseiam nas distinções feitas nesse momento, abrindo caminho para escritores subsequentes envolvidos nesse diálogo. Essa categorização foi amplamente aceita depois de Madhusūdana. Em um nível rudimentar, o primeiro modelo, sŗşţidŗşţi…

  • Karl Renz (KRSI) – percepção e experiência

    in

    P: Quando o acordamos neste momento, o que aconteceu com sua percepção? Você nos ouviu acordando, alguém chamou Karl e imediatamente tudo estava aí ou… K: Já estava aí. P: Quando você está em sono profundo, você realmente percebe isso? K: Não estou em sono profundo. P: Em um sono profundo? K: Não há ninguém…

  • Izutsu (SOP1:81-84) – relação funcional entre o sujeito e o objeto

    in

    A afirmação filosófica mais fundamental feita pelo Zen desde o início é que existe uma relação funcional entre o sujeito e o objeto, o conhecedor e o conhecido. O Zen começa reconhecendo uma correlação muito próxima entre o estado de consciência do sujeito e o estado do mundo objetivo que o sujeito percebe. Essa correlação…

  • Schuon (EPV) – O papel das aparências

    in

    O papel das aparências — tópicos Para o esoterismo, as aparências têm pouca importância, a não ser que a Revelação ou a Tradição se preocupe com elas em certa medida. Ao contrário, para o esoterismo de princípio, as aparências têm, por um lado, toda a importância resultante de sua natureza e, por outro, daquela resultante do…

  • Abellio (RASA) – Da constituição de um objeto técnico

    in

    Na visão do filósofo Raymond Abellio (RASA, AANG e AMNG), um processo mais denso e complexo se dá na constituição de um objeto técnico, que é o processo de gênese ou de instituição do “eu” que deste objeto se apropria. Um processo em que “sujeito” e objeto técnico se configuram, sob tensão permanente, como polos…

  • Abellio – estrutura da percepção (dinâmica)

    in

    Como dito anteriormente, alguns dos movimentos indicados na figura acima se identificam com as etapas do processo de gênese do “eu”; assim sendo, primeiro temos a relação mundo ativo e objeto ainda passivo (representado na figura pelo eixo mundo-objeto, ainda sem a corrente — a seta — do mundo para o objeto), ou seja, as…

  • Abellio – “etapas” na co-constituição sujeito-objeto

    in

    Na visão do filósofo Raymond Abellio (1965, 1981 e 1989), um processo mais denso e complexo se dá na constituição de um objeto técnico, que é o processo de gênese ou de instituição do “eu” que deste objeto se apropria. Um processo em que “sujeito” e objeto técnico se configuram, sob tensão permanente, como polos…

  • Shamkara: la perception de l’oeil

    in

    III – En raison de sa nature sujette an changement, l’œil est, lui aussi; un objet, et c’est le mental qui le perçoit : L’œil est perçant ou trouble; parfois même, il cesse de fonctionner. Le mental a la capacité de connaître tous ces changements, car il est une unité. Et la même constatation s’applique…

  • Abellio – estrutura da percepção em “movimento”

    in

    Na tentativa de melhor elucidar as etapas do processo em que, simultaneamente, se dá a constituição do objeto técnico (prático ou teórico) e a instituição do “eu”, Abellio propõe uma análise da percepção. A exemplo do que fez Merleau-Ponty (1945) na Fenomenologia da Percepção, Abellio recupera o significado da percepção na identificação de uma estrutura…