Tag: rosa

  • Guimarães Rosa (GSV) – alma não é vendível

    Agora, bem: não queria tocar nisso mais — de o Tinhoso; chega. Mas tem um porém: pergunto: o senhor acredita, acha fio de verdade nessa parlanda, de com o demônio se poder tratar pacto? Não, não é não? Sei que não há. Falava das favas. Mas gosto de toda boa confirmação. Vender sua própria alma……

  • Yates Dee Rosa-Cruz

    Frances Yates — Iluminismo Rosa-Cruz Portanto, deveríamos procurar uma influência de John Dee nos manifestos rosa-cruzes? Sim, deveríamos, e sua influência deve ser neles encontrada sem sombra de dúvida. Farei agora uma breve exposição relativa às descobertas que serão desenvolvidas mais detalhadamente nos capítulos subsequentes. O segundo manifesto rosa-cruz, a Confessio de 1615, foi publicado…

  • Yates: Manifestos Rosa-Cruzes

    FRANCES YATES — O ILUMINISMO ROSA-CRUZ Excertos da tradução em português de Syomara Cajado OS MANIFESTOS ROSA-CRUZES A Fama e a Confessio (títulos abreviados pelos quais continuaremos a nos referir aos dois manifestos rosa-cruzes) estão no Apêndice deste livro, onde o leitor poderá verificar os prognósticos emocionantes de um alvorecer do iluminismo e o estranho…

  • Guido Cavalcanti: Fresca rosa em botão…

    Excertos de seleção de Pierre Riffard, em seu livro “O Esoterismo”, traduzido por Yara Azeredo Marino e Elisabete Abreu Fresca rosa em botão… Fresca rosa em botão, jocunda Primavera por prados e rios cantando alegremente, meus versos preciosos em louvor à volta do verdor. Que vossos dons preciosos sejam nova fonte de gozos para os homens…

  • Guimarães Rosa (GSV) – Excertos

    E nisto, que conto ao senhor, se vê o sertão do mundo. Que Deus existe, sim, devagarinho, depressa. Ele existe — mas quase só por intermédio da ação das pessoas: de bons e maus. Coisas imensas no mundo. O grande-sertão é a forte arma. Deus é um gatilho? __5__ O senhor nonada conhece de mim;…

  • Guimarães Rosa: entrevista a crítico alemão

    Excertos da entrevista de Guimarães Rosa a Günter Lorenz, constante da Introdução de Eduardo F. Coutinho da Obra Completa I, p. xxxi-lxv. JGR: Escrever é um processo químico; o escritor deve ser um alquimista. Naturalmente, pode explodir no ar. A alquimia do escrever precisa de sangue do coração. Não estão certos, quando ME comparam com…

  • Guimarães Rosa (GSV) – O grande-sertão é a forte arma

    E nisto, que conto ao senhor, se vê o sertão do mundo. Que Deus existe, sim, devagarinho, depressa. Ele existe — mas quase só por intermédio da ação das pessoas: de bons e maus. Coisas imensas no mundo. O grande-sertão é a forte arma. Deus é um gatilho?

  • Guimarães Rosa (GSV) – Rebulir com o sertão, como dono?

    Rebulir com o sertão, como dono? Mas o sertão era para, aos poucos e poucos, se ir obedecendo a ele; não era para à força se compor. Todos que malmontam no sertão só alcançam de reger em rédea por uns trechos; que sorrateiro o sertão vai virando tigre debaixo da sela. Eu sabia, eu via.…

  • Guimarães Rosa (GSV) – O senhor vê aonde é o sertão?

    O senhor nonada conhece de mim; sabe o muito ou o pouco? O Urucúia é ázigo… Vida vencida de um, caminhos todos para trás, é história que instrui vida do senhor, algum? O senhor enche uma caderneta… O senhor vê aonde é o sertão? Beira dele, meio dele?… Tudo sai é mesmo de escuros buracos,…

  • Guimarães Rosa (GSV) – o real no meio da travessia

    Por que era que eu estava procedendo à-tôa assim? Senhor, sei? O senhor vá pondo seu perceber. A gente vive repetido, o repetido, e, escorregável, num mim minuto, já está empurrado noutro galho. Acertasse eu com o que depois sabendo fiquei, para de lá de tantos assombros… Um está sempre no escuro, só no último…

  • Melancolia Poetica Generosa

    ERWIN PANOFSKY — SATURNO E MELANCOLIA «MELANCOLIA POÉTICA» E «MELANCHOLIA GENEROSA» A melancolia poética na poesia pós-medieval A melancolia como humor subjetivo na poesia do fim da Idade Média “Dame Merencolye” A melancolia como exacerbação da consciência de si “Melancholia generosa”. A glorificação da melancolia e de Saturno no neo-platonismo florentino e o nascimento da…

  • Guimarães Rosa (GSV) – obedecer do amor

    O nome de Diadorim, que eu tinha falado, permaneceu em mim. ME abracei com ele. Mel se sente é todo lambente — “Diadorim, meu amor…” Como era que eu podia dizer aquilo? Explico ao senhor: como se drede fosse para eu não ter vergonha maior, o pensamento dele que em mim escorreu figurava diferente, um…

  • Guimarães Rosa (GSV): Sertão que se alteia e se abaixa

    E piorou um tico o tempo, em Minas entramos, serra-acima, com os cavalos esticados. Aí o truvisco; e buzegava. O ladeirão, ruim rampa, mas pegamos a ponta da chapada. Foi ver, que com o vento nas orêlhas, o vento que não varêia de músicas. Tudo consabia bem, isto sim, digo; no remedido do trivial, espaço…

  • Guimarães Rosa (GSV:) – esta vida está cheia de ocultos caminhos

    Esta vida está cheia de ocultos caminhos. Se o senhor souber, sabe; não sabendo, não ME entenderá. Ao que, por outra, ainda um exemplo lhe dou. O que há, que se diz e se faz — que qualquer um vira brabo corajoso, se puder comer cru o coração de uma onça pintada. É, mas, a…

  • Guimarães Rosa: correspondência com tradutor italiano

    Primeiro, precisarei de tagarelar também um pouco sobre o livro, as outras novelas. Quero afirmar a Você que, quando escrevi, não foi partindo de pressupostos intelectualizantes, nem cumprindo nenhum planejamento cerebrino’ cerebral deliberado. Ao contrário, tudo, ou quase tudo, foi efervescência de caos, trabalho quase “mediúmnico” e elaboração subconsciente. Depois, então, do livro pronto e…

  • Guimarães Rosa (GSV) – amor destino dado

    Para que referir tudo no narrar, por menos e menor? Aquele encontro nosso se deu sem o razoável comum, sobrefalseado, como do que só em jornal e livro é que se lê. Mesmo o que estou contando, depois é que eu pude reunir relembrado e verdadeiramente entendido — porque, enquanto coisa assim se ata, a…

  • Molder (1995:47-50) – A constituição de uma prosa pensativa em Goethe

    Não tendo propriamente qualquer órgão para a filosofia e sabendo escapar, quando necessário, à sua influência, recolhendo-se à sua própria disciplina, Goethe deixa-nos perceber, paradoxalmente, vestígios dos aspectos mais decisivos da possibilidade de uma prosa pensativa, de uma prosa teórica. Na verdade, os temas goethianos obrigam mesmo a um retorno a algumas dessas questões. O…

  • Jordi Rosado: Ulisses no divan

    Jung, leitor sobrecarregado, já havia escrito seu ensaio Who is Ulysses [sobre a obra de Joyce] quando James Joyce, que estava escrevendo seu [agora] inatacável romance Finnegans Wake, foi visitá-lo para consultá-lo sobre a saúde mental de Lucia, sua filha, que anos mais tarde, em 1962, morreria psicótica em uma clínica suíça. Mas então Lucia…

  • Burgi-Kyriazi (BKRM:70-73) – Escritos em prosa de Ramana Maharshi

    Les écrits en prose de Ramana Maharshi, « Recherche du Soi » et « Qui suis-je ? » É consenso geral que esses dois textos incluem passagens que o próprio Maharshi escreveu entre 1900 e 1902, em resposta a dois devotos. Naquela época, ele vivia na caverna Virupaksa, na colina de Arunachala. Lá ele observava…