Tag: Si-mesmo
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Coomaraswamy (Meta:notas) – sympanton
A “mente de todos em comum” (sympanton) é a mente do “Si [Self] de todas as coisas” de Platão, Fédon, 83B: “A filosofia exorta a alma a apostar somente no Si dessa alma, exorta-a a crer que ela pode conhecer o seu próprio Si, que é o mesmo Si de todos os seres” (auto ton…
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Isabelle Ratié (IRSA:23-27) – A luz do Si
O exame racional que é o tratado é, portanto, um meio de conhecimento (pramāṇa) que visa convencer os outros da validade de uma tese – nesse caso, a identidade do indivíduo com a consciência absoluta – demonstrando esta tese por inferência. No entanto, essa afirmação parece problemática em vários aspectos. Primeiro, porque se tudo é…
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Coomaraswamy (Vedanta) – Atman
Sou “eu” o espírito ou a carne? (Devemos sempre lembrar que, na metafísica, a “carne” inclui todas as faculdades estéticas e de reconhecimento da “alma”) Podemos ser solicitados a considerar nosso reflexo em um espelho e entender que ali vemos “nós mesmos”; Se formos um pouco menos ingênuos, podemos ser solicitados a considerar a imagem…
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Coomaraswamy (Pneuma) – Salvação
Pode-se objetar que a aplicação de ambas as psicologias, a empírica e a metafísica, é para a salvação; e isso pode ser admitido, tendo em vista o fato de que a salvação implica um tipo de saúde. Mas isso não significa que, somente com base nisso, devemos escolher entre elas como um meio para esse…
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Ratié (IRSA:Intro:II.1) – Xivaísmo não dualista e a questão da identidade
De acordo com Utpaladeva e Abhinavagupta, o próprio fato do reconhecimento de si, como normalmente o experimentamos, implica um paradoxo repleto de consequências epistemológicas e soteriológicas. Sei que sou eu mesmo — caso contrário, não me reconheceria; mas não sei quem sou — caso contrário, não precisaria me reconhecer. Estou ciente de minha identidade, e…
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Shankara (Atma-Bodha) – Reconhecimento da Identidade Suprema
René Guénon: O HOMEM E SEU DEVIR SEGUNDO O VEDANTA (Capítulo XXIV) “O iogue, cujo intelecto é perfeito, contempla todas as coisas como se morassem dentro de si mesmo (em seu próprio “Si”, sem qualquer distinção entre exterior e interior), e assim, através do olho do Conhecimento (Jnâna-chakshus, uma expressão que poderia ser traduzida com…
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Burgi-Kyriazi (BKRM:146-149) – corpo, ego e Si
D. O caminho de bhakti consiste em esquecer o corpo físico, etc.? M. Por que você se importa com o corpo? Então pratique bhakti e não se preocupe com o que acontecerá com seu corpo. D. Se o ego é irreal e causa tantos problemas, por que tivemos tanto trabalho para desenvolvê-lo? M. Seu crescimento…
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Bhagavad Gita (II, 16-20) – Si mesmo
Não há existência para o irreal e o real nunca pode ser inexistente. Os Videntes da Verdade conhecem a natureza e os fins finais de ambos. Saibam que Aquilo é indestrutível, pelo qual tudo isso é permeado. Ninguém é capaz de destruir o Imutável. Esses corpos são perecíveis, mas o Morador desses corpos é eterno,…
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Nisargadatta (NMIam) – obsessão de ser um “eu”
P: Sinto que estamos andando em círculos. Afinal de contas, conheço apenas um si [self], o si empírico atual. O si interior ou superior é apenas uma ideia concebida para explicar e encorajar. Falamos dele como se tivesse existência independente. Ele não tem. — M: O si externo e o interno são ambos imaginados. A…
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Alston (SSB3:I.1.3) – transmigração
3. Objeção: Se alguém sustentasse que em todos os corpos há apenas o único Senhor e nenhum outro experimentador além dEle, então ou o próprio Senhor seria o único sujeito à transmigração (samsara) ou então não haveria transmigração alguma, devido à ausência de qualquer outra pessoa além do Senhor para estar sujeita a ela. Ora,…
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Coomaraswamy (Meta:nota) – mim-mesmo e Si-Mesmo
Cf. D. B. Macdonald, The Hebrew Philosophical Genius (Princeton, 1934), p. 139, «la naturaleza física más baja, los apetitos, la psique de San Pablo. “sí mismo”, pero siempre con ese significado de más bajo tras de él», Thomas Sheldon Green, Greek-English Lexikon of the New Testament (Nueva York y Londres, 1879), s.v. psychikos («gobernado por…
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Coomaraswamy (Pneuma:notas) – em quem parto na morte, si-mesmo ou Si-mesmo?
«Cuando la muerte viene a un hombre, su parte mortal, parece, se muere, pero la parte inmortal parte, ilesa y sin destruir» (Fedón 106E), y la cuestión es, «¿en quién [a saber, en mi sí mismo mortal, o en su Sí mismo inmortal] estaré yo partiendo, cuando yo parta de aquí?» ( VI.3). «Ese cuyo…
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Ratié (IRSA:Intro:III.4) – o Si-mesmo não pode ser demonstrado nem refutado
Mas o próprio Utpaladeva destaca um segundo paradoxo relacionado ao seu próprio empreendimento. Pois afirma claramente, logo no início do tratado, que o Si-mesmo não pode ser demonstrado nem refutado: Que Si consciente (ajaḍa) poderia produzir uma refutação ou uma demonstração [da existência] do agente (kartṛ), o sujeito conhecedor (jñātṛ), o Si sempre já estabelecido…
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Guénon (RGSC) – A multiplicidade dos estados do ser
in René GuénonRené Guénon — O SIMBOLISMO DA CRUZ Devemos relembrar aqui, pelo menos brevemente, a distinção fundamental entre “Si” e “eu”, ou “personalidade” e “individualidade”, sobre a qual já demos todas as explicações necessárias em outro lugar. O “Si”, como já dissemos, é o princípio transcendente e permanente do qual o ser manifestado, o ser humano,…
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Burgi-Kyriazi (BKRM:146-149) – estados, Si, ego
M. … O estado de serenidade é o estado de bem-aventurança. A afirmação dos Vedas: “Eu sou isso ou aquilo” é apenas uma ajuda para obter a equanimidade da mente. D. Então é errado começar com um objetivo, não é? M. Se houvesse uma meta a ser alcançada, ela não poderia ser permanente. A meta…
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Suzuki (SWS1) – si e Si
A disciplina essencial do Zen consiste em esvaziar o si de todos os seus conteúdos psicológicos, em despir o si de todas as suas armadilhas morais, filosóficas e espirituais, que ele colocou em si mesmo desde o primeiro despertar da consciência. Quando o si se apresenta assim em sua nudez nativa, ele não merece qualquer…
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Guénon (RGSC) – personalidade e individualidade
Debemos recordar aquí, al menos sumariamente, la distinción fundamental del “Sí mismo” y del “yo”, o de la “Personalidad” y de la “individualidad”, sobre la que hemos dado ya en otra parte todas las explicaciones necesarias ( Ibid., cap. II. ). El “Sí mismo”, hemos dicho, es el principio transcendente y permanente del que el…
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Watts (DM) – Mito Fundamental
in MitosNo princípio – que não foi há muito tempo, mas agora – sempre – é o Si mesmo. Todos conhecem o Si, mas ninguém pode descrevê-lo, assim como o olho vê, mas não vê a si mesmo. Além disso, o Si é o que existe e tudo o que existe, de modo que nenhum nome…
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Atmananda Menon: onde, quando e como me vejo?
Tr. Antonio Carneiro Onde, quando e como me vejo? A. Me vejo onde o ‘onde’ não está. B. Me vejo quando o ‘quando’ não está. C. Me vejo quando ‘não me vejo.’ Explicação: A. Ver-Me-ei somente quando transcender a ideia grosseira do corpo, que é governado pelo espaço assim como pelo tempo. B. Ver-Me-ei somente…
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Coomaraswamy (Bhakti) – Introdução
“Mas quando o sol se pôs… a lua se pôs… o fogo se apagou e a fala se calou, que luz tem uma pessoa aqui?” IV.3.6 Muitas vezes é feita uma distinção nítida entre o Caminho da Gnose (jnana-marga), por um lado, e o Caminho da Devoção (bhakti-marga) ou o Caminho do Amor (prema-marga), por…