Tag: símbolos – simbolismo

  • Presença do hermetismo nos romances do Graal (Sansonetti)

    Sansonetti, 1982 Já abordamos o tema da presença do hermetismo nos romances do Graal, especialmente em Perceval, de Chrétien de Troyes, durante a redação de nosso Doutorado em Letras, intitulado O Corpo de Luz na Literatura Arturiana 1. Na época, ainda não conhecíamos o impressionante trabalho de P. Duval, O Pensamento Alquímico e o Conto…

  • O Simbolismo das ilustrações de Poty em “Grande Sertão”

    UtezaMGS Quanto às ilustrações de Poty, sabemos pelo testemunho do editor, que figura na coletânea de homenagens publicada no Rio de Janeiro, em 1968, com o título Em Memória de João Guimarães Rosa, que o próprio Poty havia realizado dois projetos, ambos sob as sugestões do escritor. Em comentário que acompanhava a reprodução do projeto…

  • O Simbolismo do Adro em “Grande Sertão”

    UtezaMGS GRANDE SERTÃO: VEREDAS. Três palavras, reunidas em duas expressões a priori geográficas, compõem uma unidade intermediada pelos dois pontos que as colocam em uma [56] relação ao mesmo tempo de oposição e de complementaridade. Um espírito ocidental reconhecerá aí sobretudo a oposição: O sertão acaba sendo toda a confusão e tumultuosa massa do mundo…

  • Simbólica do Sonho – Capítulo 1 (parcial) (Schubert)

    (Schubert1982, as letras em colchetes se referem a notas do autor, ainda não postadas) No sonho, e já naquele estado de delírio que frequentemente precede o sono, a alma parece falar uma linguagem completamente diferente da habitual. Certos objetos da natureza, certas propriedades das coisas repentinamente designam pessoas e, inversamente, tal qualidade ou ação se…

  • Babel, mito recursivo da confusão de línguas (Schubert)

    Apresentação de Patrick Valette (Schubert1982) Depois de traçar o destino da natureza e do homem em um cenário dramático característico de toda teosofia autêntica, o autor propõe examinar as consequências dessa confusão de línguas. Elas são múltiplas e, mais uma vez, percebemos uma influência martinista inegável. Primeiro, a natureza tornou-se o receptáculo do amor que…

  • Schubert, influências de Swedenborg e Baader

    Apresentação de Patrick Valette (Schubert1982) Se continuarmos a buscar as influências perceptíveis nessa evocação do mito da queda, a de Swedenborg se impõe claramente, com sua referência ao mundo dos espíritos com os quais o famoso teósofo afirmava estar em contato. Schubert, como vimos, foi introduzido ao modo de pensamento desse homem pelo “padeiro místico”…

  • Linguagem onírica: universalidade, revelação e ironia (Schubert)

    Apresentação de Patrick Valette (Schubert1982) Este estudo simbólico e diacrônico não é, apesar da falta de rigor que o autor demonstra em sua exposição [na Simbólica], algo sobreposto ou artificialmente acrescentado ao que o precede. Na verdade, ele já está em germe e em filigrana nos três primeiros capítulos. Essa linguagem que o autor define…

  • Schubert, imanência de uma catástrofe desde a Queda

    Apresentação de Patrick Valette (Schubert1982) Essa catástrofe que o autor percebe em toda parte e cujas consequências mais evidentes ele revela, não demora a ser chamada, seguindo os teósofos e especialmente Saint-Martin, de “queda primordial”. Sob a influência do pensamento do “Filósofo Desconhecido”, Schubert retoma a noção de linguagem e aborda o problema da queda…

  • Schubert, linguagem da natureza, revelação e profecia

    Apresentação de Patrick Valette (Schubert1982) Segundo Schubert, essa linguagem da natureza apresenta o mesmo caráter profético que observamos nos sonhos premonitórios, na poesia, na profecia e no mito. O autor identifica essa característica também no instinto do mundo animal, manifestado nas migrações das aves e naquela faculdade de premonição que se nota nos animais diante…

  • Schubert, autêntico filósofo da Naturphilosophie

    Apresentação de Patrick Valette (Schubert1982) Como um autêntico filósofo da natureza, ele não cessa de buscar as analogias e, após descobrir a universalidade dos fenômenos inconscientes, estende sua busca por semelhanças àquilo que é distinto do homem: a natureza. Também aqui, ele não se depara com uma realidade distante, estranha ou mesmo hostil. Como adepto…

  • A linguagem mítica

    Apresentação de Patrick Valette (Schubert1982) O sonho e a poesia, vestígios de uma idade de ouro já extinta, foram, portanto, dois modos de expressão característicos dessa linguagem primitiva que o homem das origens falava espontaneamente, sem recorrer à consciência e à vontade. Mas há um terceiro elemento — exposto no terceiro capítulo — que é…

  • Linguagem onírica, presente no mundo da poesia e da revelação

    Apresentação de Patrick Valette (Schubert1982) Mas Schubert não se limita apenas ao domínio onírico. No segundo capítulo, ele propõe comparar o mundo do sonho ao da poesia e da revelação. O sonho compartilha com a poesia e a profecia “essa linguagem feita de imagens e hieróglifos, utilizada pela Sabedoria Suprema em todas as suas revelações…

  • Linguagem onírica, analogia entre expressões da alma humana

    Apresentação de Patrick Valette (Schubert1982) Este pensamento analógico descobre, em primeiro lugar, a identidade profunda entre as diversas expressões da alma humana. O sonho (capítulo 1), a poesia e a profecia (capítulo 2), o mito (capítulo 3) revelam, em análise, uma concordância essencial. Schubert chama essa analogia, sendo um bom discípulo de Saint-Martin, para quem…

  • Análise da “Simbólica do Sonho”

    Apresentação de Patrick Valette (Schubert1982) Na Simbólica, que está longe de ser uma “chave dos sonhos”, Schubert tenta desenvolver uma verdadeira metafísica não apenas do sonho, mas de todos os estados de inconsciência: clarividência, “poesia superior”, profecia, loucura, onde a atividade da alma escapa ao controle da consciência diurna e da vontade. Para ele, não…

  • G. H. Schubert

    Apresentação de Patrick Valette (Schubert1982) Ele descobriu em primeiro lugar a mitologia, inicialmente através de seu colega, o excelente orientalista J.A. Kanne, e depois pelas obras de Friedrich Creuzer, cuja obra principal, Symbolik und Mythologie der alten Völker, besonders der Griechen (Simbolismo e Mitologia dos Povos Antigos, Particularmente dos Gregos, 4 vols.), foi publicada em Leipzig entre…

  • A Simbólica do Sonho

    Apresentação de Patrick Valette (Schubert1982) A Simbólica do Sonho é, junto com A Alma do Mundo de Schelling, uma das obras mais famosas da filosofia da natureza e desse vasto movimento que foi o romantismo alemão. Ela compartilha com o livro desse filósofo o privilégio de carregar um título extremamente evocativo e, em muitos aspectos,…

  • Capacidade da estrutura absoluta de orientar (Abellio)

    (Abellio, Serant1955) Em seu livro “A Alma e a Ação”, Charles Baudouin quase toca o fundo quando distingue dois simbolismos dialeticamente ligados, um agindo no plano funcional dos verbos, outro no plano orgânico dos nomes e objetos, e é fácil constatar que um sistema simbólico de verbos não faz senão induzir essências no sentido husserliano…

  • Logos de Platão (Abellio)

    (Abellio, Serant1955) É na medida mesma em que a ciência contemporânea se vê incapaz, no infinitamente grande e no infinitamente pequeno, de introduzir como mediadores seus mecanismos habituais, e onde consequentemente sua linearidade esbarra em obstáculos decisivos, que os cientistas são obrigados a falar da crise das ciências e a rever sua concepção de determinismo.…

  • A gnose de Newton precedera sua ciência (Abellio)

    (Abellio, Serant1955) Se decompormos a célebre intuição a partir da qual Newton começou a refletir sobre a gravitação universal — “A maçã que cai na terra está para a terra assim como a terra que gravita no universo está para o universo” — notamos bem que, enquanto a ciência não tiver reduzido quantitativamente estes fatos…

  • Estrutura do conhecimento simbolista (Abellio)

    (Abellio, Serant1955) O objetivo da coleção “Correspondências” é muito menos recensear analogias “mais ou menos” poéticas do que fundá-las em valor e polivalência significante. É legitimar o simbolismo articulando-o. Mais do que enumerar símbolos, é estruturá-los. O imenso mérito do movimento simbolista em poesia, mérito confirmado além de toda esperança pela experiência surrealista, foi desbridar…