Tag: sonho
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Simbólica do Sonho – Capítulo 1 (parcial) (Schubert)
in Romantismo(Schubert1982, as letras em colchetes se referem a notas do autor, ainda não postadas) No sonho, e já naquele estado de delírio que frequentemente precede o sono, a alma parece falar uma linguagem completamente diferente da habitual. Certos objetos da natureza, certas propriedades das coisas repentinamente designam pessoas e, inversamente, tal qualidade ou ação se…
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Babel, mito recursivo da confusão de línguas (Schubert)
in RomantismoApresentação de Patrick Valette (Schubert1982) Depois de traçar o destino da natureza e do homem em um cenário dramático característico de toda teosofia autêntica, o autor propõe examinar as consequências dessa confusão de línguas. Elas são múltiplas e, mais uma vez, percebemos uma influência martinista inegável. Primeiro, a natureza tornou-se o receptáculo do amor que…
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Schubert, influências de Swedenborg e Baader
in RomantismoApresentação de Patrick Valette (Schubert1982) Se continuarmos a buscar as influências perceptíveis nessa evocação do mito da queda, a de Swedenborg se impõe claramente, com sua referência ao mundo dos espíritos com os quais o famoso teósofo afirmava estar em contato. Schubert, como vimos, foi introduzido ao modo de pensamento desse homem pelo “padeiro místico”…
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Linguagem onírica: universalidade, revelação e ironia (Schubert)
in RomantismoApresentação de Patrick Valette (Schubert1982) Este estudo simbólico e diacrônico não é, apesar da falta de rigor que o autor demonstra em sua exposição [na Simbólica], algo sobreposto ou artificialmente acrescentado ao que o precede. Na verdade, ele já está em germe e em filigrana nos três primeiros capítulos. Essa linguagem que o autor define…
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Schubert, imanência de uma catástrofe desde a Queda
in RomantismoApresentação de Patrick Valette (Schubert1982) Essa catástrofe que o autor percebe em toda parte e cujas consequências mais evidentes ele revela, não demora a ser chamada, seguindo os teósofos e especialmente Saint-Martin, de “queda primordial”. Sob a influência do pensamento do “Filósofo Desconhecido”, Schubert retoma a noção de linguagem e aborda o problema da queda…
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Schubert, linguagem da natureza, revelação e profecia
in RomantismoApresentação de Patrick Valette (Schubert1982) Segundo Schubert, essa linguagem da natureza apresenta o mesmo caráter profético que observamos nos sonhos premonitórios, na poesia, na profecia e no mito. O autor identifica essa característica também no instinto do mundo animal, manifestado nas migrações das aves e naquela faculdade de premonição que se nota nos animais diante…
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Schubert, autêntico filósofo da Naturphilosophie
in RomantismoApresentação de Patrick Valette (Schubert1982) Como um autêntico filósofo da natureza, ele não cessa de buscar as analogias e, após descobrir a universalidade dos fenômenos inconscientes, estende sua busca por semelhanças àquilo que é distinto do homem: a natureza. Também aqui, ele não se depara com uma realidade distante, estranha ou mesmo hostil. Como adepto…
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A linguagem mítica
Apresentação de Patrick Valette (Schubert1982) O sonho e a poesia, vestígios de uma idade de ouro já extinta, foram, portanto, dois modos de expressão característicos dessa linguagem primitiva que o homem das origens falava espontaneamente, sem recorrer à consciência e à vontade. Mas há um terceiro elemento — exposto no terceiro capítulo — que é…
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Linguagem onírica, presente no mundo da poesia e da revelação
in RomantismoApresentação de Patrick Valette (Schubert1982) Mas Schubert não se limita apenas ao domínio onírico. No segundo capítulo, ele propõe comparar o mundo do sonho ao da poesia e da revelação. O sonho compartilha com a poesia e a profecia “essa linguagem feita de imagens e hieróglifos, utilizada pela Sabedoria Suprema em todas as suas revelações…
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Linguagem onírica, analogia entre expressões da alma humana
in RomantismoApresentação de Patrick Valette (Schubert1982) Este pensamento analógico descobre, em primeiro lugar, a identidade profunda entre as diversas expressões da alma humana. O sonho (capítulo 1), a poesia e a profecia (capítulo 2), o mito (capítulo 3) revelam, em análise, uma concordância essencial. Schubert chama essa analogia, sendo um bom discípulo de Saint-Martin, para quem…
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Análise da “Simbólica do Sonho”
in RomantismoApresentação de Patrick Valette (Schubert1982) Na Simbólica, que está longe de ser uma “chave dos sonhos”, Schubert tenta desenvolver uma verdadeira metafísica não apenas do sonho, mas de todos os estados de inconsciência: clarividência, “poesia superior”, profecia, loucura, onde a atividade da alma escapa ao controle da consciência diurna e da vontade. Para ele, não…
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G. H. Schubert
in RomantismoApresentação de Patrick Valette (Schubert1982) Ele descobriu em primeiro lugar a mitologia, inicialmente através de seu colega, o excelente orientalista J.A. Kanne, e depois pelas obras de Friedrich Creuzer, cuja obra principal, Symbolik und Mythologie der alten Völker, besonders der Griechen (Simbolismo e Mitologia dos Povos Antigos, Particularmente dos Gregos, 4 vols.), foi publicada em Leipzig entre…
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A Simbólica do Sonho
in RomantismoApresentação de Patrick Valette (Schubert1982) A Simbólica do Sonho é, junto com A Alma do Mundo de Schelling, uma das obras mais famosas da filosofia da natureza e desse vasto movimento que foi o romantismo alemão. Ela compartilha com o livro desse filósofo o privilégio de carregar um título extremamente evocativo e, em muitos aspectos,…
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Eu transcendental (Abellio)
(Abellio1984) Vamos precisar cuidadosamente este ponto. Ao afirmar que toda nossa experiência do mundo poderia não passar de um “sonho coerente”, não estamos de modo algum pondo em dúvida a existência desse mundo, cuja evidência aliás já reconhecemos. Simplesmente constatamos que a existência externa de tal mundo não é absolutamente necessária a priori para dar…
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Ibn Arabi (Fusus) – José
IBN ARABI — OS ENGASTES DE SABEDORIA – A SABEDORIA DA LUZ NO MUNDO DE JOSÉ VIDE: Sabedoria dos Profetas Imaginação, com referência a sonhos e visões de José Luz divina e sombra cósmica Símbolos e a necessidade de interpretação Caráter dual do estado humano Imagem microcósmica do macrocosmo Experimenta o processo Imaginativo com parte…
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Ibn Arabi (SP) – Da Sabedoria Luminosa no Verbo de José
IBN ARABI — SABEDORIA DOS PROFETAS A sabedoria luminosa espalha sua luz na Presença imaginativa (hadrat al-khayal), e esse é o primeiro começo da inspiração (al-wahi) nos homens da Assistência Divina (ou seja, nos enviados e profetas). ‘Aïshah (a esposa do Profeta) — que Deus esteja satisfeito com ela! — disse: “O primeiro sinal de…
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Nisargadatta (NMIam) – “eu sou” é a ponte entre observador e sonho
P: Mas a pessoa não quer ser eliminada. — M: A pessoa é apenas o resultado de um mal-entendido. Na realidade, não existe tal coisa. Sentimentos, pensamentos e ações correm diante do observador em uma sucessão interminável, deixando rastros no cérebro e criando uma ilusão de continuidade. Um reflexo do observador na mente cria a…
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Nisargadatta (NMIam) – Só posso te dizer o que não és…
Perguntador: Certa vez, tive uma experiência estranha. Eu não era, nem o mundo era, só havia luz — interna e externa — e uma paz imensa. Isso durou quatro dias e depois voltei à consciência cotidiana. Agora tenho a sensação de que tudo o que sei é apenas um andaime, cobrindo e escondendo o prédio…
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Karl Renz (RKPO) – ser o você é
in Karl Renz(…) Você precisa ser o que é em qualquer circunstância e, para isso, não é necessário nenhum esforço. Você pode lavar a louça, pode assistir à televisão, tudo isso é meditação. Você não precisa de nenhum lugar especial ou silêncio para isso. Então, talvez algo esteja mudando. Então você volta para o outro lado, como…