Tag: sujeito-objeto
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Gerhard Wehr (CHJB) – signatura rerum
in Jacob BoehmePara qualquer pessoa que conheça, como Paracelso disse, a signatura rerum (a “assinatura das coisas”, ou seja, seus símbolos e marcas características), os objetos falam em sua própria linguagem autêntica e fundamentalmente insubstituível. Se o iniciado, por sua vez, desejar tornar a mensagem que recebeu conhecida por aqueles que o cercam, terá de usar um…
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Schuon (EPV) – Subjetividade e Consciencia
Esta questão complexa da subjetividade merece ou exige que lhe consagremos algumas considerações suplementares, com o risco de repetir algum ponto, mas com a esperança de fornecer precisões senão exaustivas pelo menos suficientes. Há no homem uma subjetividade ou uma consciência feita para olhar o exterior e para perceber o mundo, seja este terrestre ou…
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Wei Wu Wei (TM:38) – Todo pensamento é objetificação do que sou
Todo pensamento é objetificação, De quê? Do que eu sou. Posso, portanto, objetificar o que sou? Agindo por meio de um objeto intermediário de momento a momento como sujeito intermediário, ou seja, como “sujeito fenomenal”, esse pensamento não pode objetificar ou constituir uma objetificação do que eu sou, uma vez que o que eu sou…
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Ibn Arabi (Fusus) – Jesus
IBN ARABI — OS ENGASTES DE SABEDORIA VIDE: SABEDORIA DOS PROFETAS A SABEDORIA DA PROFECIA NO VERBO DE JESUS (AustinFusus) Modos e manifestações do Espírito (ruh) e a maneira que é comunicada à matéria e forma Alento da Misericórdia no ato criativo é o movimento de alívio da pressão interior dentro da Realidade, que assim…
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Ibn Arabi (Fusus) – Elias
IBN ARABI — OS ENGASTES DE SABEDORIA VIDE: SABEDORIA DOS PROFETAS A SABEDORIA DA INTIMIDADE NO VERBO DE ELIAS (AustinFusus) Aspecto microcósmico da polaridade fundamental toca a verdadeira natureza da gnose Polaridade desejo natural-intelecto, capazes de experimentar parte da verdade sobre a Realidade Transcendência e imanência Paradoxo místico implícito na doutrina da Unicidade do Ser…
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Ibn Arabi (Fusus) – Moisés
IBN ARABI — OS ENGASTES DE SABEDORIA VIDE: SABEDORIA DOS PROFETAS A SABEDORIA DA EMINÊNCIA NO VERBO DE MOISÉS (Austin-Fusus) Relacionamento entre Moisés e Faraó Relacionamento entre Moisés e al-Khidr Aspectos do desejo divino de criar o Cosmos em um movimento de amor A necessidade do efêmero cósmico para a totalidade da Realidade A perplexidade…
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Shayegan (DSHC) – o que intelige e a forma inteligida
Mollâ Sadrâ afirma: “Está estabelecido, portanto, que o homem tem : 1) uma existência na natureza material (physis), e sob esse aspecto ele não é um objeto de intelecção nem mesmo um objeto de percepção sensível; 2) uma existência no sensus communis (hiss moshtarik, em grego koinêstherion) e na imaginação, e sob esse aspecto ele…
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Ratié (IRSA:368-372) – budistas “externalistas” (sautrāntika)
Na introdução do Vimarśinī to the kārikā I, 5, 4 e I, 5, 5 (ĪPV), Abhinavagupta resume a abordagem de Utpaladeva da seguinte forma: (Utpaladeva) (agora) apresenta, na forma de uma objeção, aquela outra causa (possível da diversidade fenomenal), a saber, (uma) realidade externa (bāhya) que é inferida (anumīyamāna), (e) que é assim exposta pelo…
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Dyczkowski (MDDV:79-80) – criação e maya
Quando o poder da ser/estar-ciente (awarenesss) dá origem a um senso de separação entre sujeito e objeto, com todas as limitações consequentes que impõe a si mesmo, este poder é chamado de ‘Māyā’. Como Māyā, encobre a consciência (consciousness) e obscurece o ser/estar-ciente do sujeito individual de sua unidade essencial. Enquanto o Vedānta não dualista…
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Dyczkowski (MDDV:48-50) – Consciência e Universo
Universo e consciência são dois aspectos do todo, assim como qualidade e substância constituem dois aspectos de uma única entidade. Universo é um atributo (dharma) de consciência que o porta (dharmin) como sua substância. Diz-se que a “substância” é o repouso no qual todo esse grupo de categorias se manifesta e se torna efetivo. Agora,…
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Padoux (APPA:nota) – sujeitos conscientes limitados
Tr. Antonio Carneiro Os sujeitos conscientes limitados não são o que são senão por participação no supremo Sujeito consciente que, no microcosmo, está presente no coração de todos, assim como, para o macrocosmo, reside no Coração de Xiva. O supremo Sujeito consciente é o substrato e o fundamento dos sujeitos empíricos. Dá-lhes vida e realidade.…
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Wei Wu Wei (TM:66) – Por que não podemos objetivar a intemporalidade?
in Wei Wu WeiNão podemos conceber nada que não seja em um contexto de tempo. A intemporalidade é rigorosamente impensável, ou seja, impossível de conceber. Essa simples afirmação explica por que o “pensamento” e a “conceitualidade” são sempre apontados pelos Mestres como o obstáculo para o “despertar”. O despertar é acordar do sonho do tempo em série para…
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Wei Wu Wei (TM:24) – Isto-que-somos
in Wei Wu WeiEnquanto houver um “eu”, há “outros”; enquanto houver “outros”, há um “eu”. Assim que não houver mais um “eu”, não haverá mais “outros”; e assim que não houver mais “outros”, não haverá mais um “eu”. Mas os “outros” não podem ser abolidos por um “eu” (ou vice-versa), nem um “eu” pode ser abolido por um…
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Wei Wu Wei (TM:25) – isso que pensas ser
in Wei Wu Wei(…) A noumenalidade não tem necessidade de se identificar com a fenomenalidade, assim como um ovo não precisa ser identificado com um ovo, nem o Isto-que-somos precisa se identificar com o Isso-que-somos, uma vez que a diferenciação entre eles é apenas de apreciação objetiva. Mas uma identificação da noumenalidade, não com a fenomenalidade, mas com…
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Wei Wu Wei (TM:26) – confusão noúmeno e “eu”
in Wei Wu WeiConfundimos o centro funcional do aspecto fenomênico de nossa natureza de noúmeno com um “eu”. Ele não tem mais autonomia do que um coração, um órgão físico, não tem mais potencialidades volitivas e não tem mais autoconsciência; no entanto, atribuímos a ele a sensibilidade que representa o que somos na realidade. Uma psique-soma, fenomenal como…
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Lin Tsi (PDLT) – sujeito-objeto
Durante uma consulta noturna, o mestre deu a seguinte instrução coletiva: a. “Às vezes, elimine o homem sem eliminar o objeto. b. “Às vezes, remova o objeto sem remover o homem. c. “Às vezes, removendo tanto o homem quanto o objeto. d. “Às vezes, não exclui nem o homem nem o objeto. a. O homem…
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Abellio (RASA) – Da constituição de um objeto técnico
Na visão do filósofo Raymond Abellio (RASA, AANG e AMNG), um processo mais denso e complexo se dá na constituição de um objeto técnico, que é o processo de gênese ou de instituição do “eu” que deste objeto se apropria. Um processo em que “sujeito” e objeto técnico se configuram, sob tensão permanente, como polos…
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Hulin (QIM:18-20) – linguagem no pensamento indiano
(…) Algumas escolas filosóficas brâmanes — por exemplo, a Nyâya-Vaisesika ou a “primeira Mimamsa” — admitem uma espécie de paralelismo entre as palavras e as coisas, no sentido de que a correspondência entre uma e outra teria sido estabelecida originalmente, no início de cada criação ou recriação do mundo, pelo Senhor Supremo (Isvara) ou expressaria…
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Hulin (QIM) – avidya e linguagem
(…) nunca é demais enfatizar o papel central desempenhado aqui pela reflexão sobre a natureza e a função da linguagem. Desde muito cedo, seguindo [wiki]Pānini[/wiki] (por volta de 300 a.C.), o fundador da gramática e da linguística, vários autores perceberam que a linguagem — para eles, sobretudo o sânscrito — não se reduzia de forma…
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Fernandes (SFFC:234-238) – querer para si o vir-a-ser um outro (Pratityasamutpada)
A aparente continuidade do tempo serve ao que, no budismo, chama-se a Cadeia de Originação Dependente: o “passado” (avijja, ignorância; e sankhara, vontade, apetição, tendências da mente, o produto e o processo de “arranjo” ou conformação); o “futuro” (bhava, vir-a-ser; jati, (re)nascimento; e jaramarana, decadência e morte); e o “presente” (vinnana — Sânscrito: vijnana —,…