A Idade Média foi a grande época da produção de mosaico. Embora os mosaicos tivessem sido largamente usados no mundo antigo, seria no período cristão primitivo que os mosaicistas começariam a cobrir vastas superfícies murais e abóbodas com “pinturas” em pequenos cubos de mármore e vidro. No século XIV, os mosaicos foram gradualmente suplantados por afrescos, que ofereciam uma alternativa mais rápida e menos dispendiosa aos clientes e artistas da época. Tal como no buon ou verdadeiro afresco, a parede ou abóboda era primeiro coberta com uma camada média ou fina de gesso, a qual servia de base para as camadas finais de gesso fresco. Os mosaicistas ocidentais e bizantinos, segundo parece, delineavam então a composição na camada seguinte de gesso. Em Bizâncio, os mosaicistas pintavam, por vezes, uma versão completa da cena em afresco, para guiar o artista na seleção e distribuição de cor, fase usualmente dispensada no Ocidente. Finalmente, os cubos de vidro e mármore eram inseridos numa fina camada de gesso, e o mosaicista trabalhava em pequenas seções conhecidas como giornate, ou a quantidade de parede que pode ser coberta num dia de trabalho. Numerosos ciclos completos de mosaico existem ainda hoje, como na catedral de Monreale, Sicília, ou no batistério de Florença. (DIM)