dependência

Não apenas os anjos, mas, na verdade, todo ser, seja qual for e em qualquer ordem de existência a que pertencer, depende também inteiramente do Principio em tudo o que é, e essa dependência, que ao mesmo tempo representa uma participação, constitui, poderíamos dizer, a própria medida de sua realidade. Além disso, todo ser tem em si, e mais precisamente no seu “centro”, ao menos de modo virtual, um princípio divino sem o qual sua existência não seria nem mesmo uma ilusão, mas sim um nada puro e simples. Não poderia haver em parte alguma um ser que fosse comparável a uma “planta sem raízes” (v. cortar as raízes). No entanto, é evidente que existem graus a serem considerados na participação de que estamos tratando e que esses graus correspondem precisamente aos da própria Existência. É por isso que estes terão maior realidade quanto mais elevados forem, isto é, quanto mais próximos estiverem do Princípio (embora certamente não exista termo de comparação entre um estado qualquer da manifestação, mesmo o mais elevado de todos, e o próprio estado do princípio). (Guénon)