REPRESENTAÇÕES ZODIACAIS SIMPLES [JRIT]
Richer dedica um boa parte deste seu livro ao estudo das representações zodiacais que se encontram nos monumentos religiosos paleo-cristãos e bizantinos. No interior das igrejas parecem sobre capiteis e outros elementos da arquitetura, mas encontram-se igualmente sobre elementos da decoração exterior, em geral sob a forma de placas e de relevos incorporados aos muros, e postos de maneira a designar as direções do espaço. Os símbolos zodiacais que são representados são extremamente antigos e de origem oriental: tratam-se de representações vindas do Egito, de Babilônia, da Ásia Menor e das estepes, em seguida adotadas pela arte greco-romana.
O zodíaco é frequentemente representado também nas cenas do Juízo Final e parece, a este respeito, muitas vezes nos afrescos das igrejas da Moldávia.
Devemos também lembrar do procedimento de chamamos de princípio da duplicação dos símbolos. Procedimento decorativo que tem duas aplicações principais:
- por razões plásticas um símbolo dobra: duas cabeças de cordeiro representarão o SIGNO DE ÁRIES, duas cabras o SIGNO DE CAPRICÓRNIO.
- em certas representações heráldicas, um símbolo zodiacal suscita a referência ao signo oposto., assim um leão e uma leoa podem representar o eixo Leão-Aquário ou o antigo eixo dos solstícios.
A significação das representações animais sobre os monumentos gregos se esclarece singularmente a partir do momento que se compreende que os gregos e os romanos dividiam o céu em doze grandes setores e que no interior de uma dada região todas as constelações circunzodiacais quer dizer próximas dos signos do zodíaco eram consideradas como podendo designar a região do Céu em questão, logo se substituir ao signo zodiacal propriamente dito.
Cabe lembrar ainda que os antigos acordavam a mesma importância aos paranatellonta (estrelas próximas da eclíptica que se levantam ao mesmo tempo que os signos do do zodíaco) que às constelações zodiacais propriamente ditas.