Quando Parmênides diz que o Ser é eterno, baseando-se na asserção de que o Ser não se pode tornar Não-Ser, introduz no argumento a secreta noção do tempo, ou pelo menos de devir. Mas devir não é ser — é-lhe mesmo oposto.
O verdadeiro argumento é o seguinte: o Ser não é temporal porque não pode ser duração. O Ser não é eterno: não pode ser tempo. O Ser é o Ser e nada mais.