Categoria: Sankara (séc. VIII)
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Hapel (BHRS:25-29) – Ramana e Shankara (1)
O reconhecimento de Râmana Maharshi à excelência de Shankara não pode ser melhor expresso do que nesta invocação que ele fez por ocasião de sua tradução para o tâmil do Atma-bodha (uma obra sânscrita composta por Shankara): “Pode Shankara, o iluminador do Si, ser diferente do nosso próprio Si? Quem mais além dele, hoje estabelecido…
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Alston (SSB3:VIII.1.1) – Massa de Consciência
1. O Absoluto, transcendente, além da modificação, assume a aparência da alma individual por meio da influência de adjuntos externos (sobrepostos) (upādhi). Pois o ensinamento védico tradicional é que a Consciência é a própria natureza do Absoluto, como em textos como… ‘Inteiramente uma massa de Consciência, não tendo nada dentro dela e nada fora dela’.1…
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Alston (SSB3:VIII.1.8) – De onde vem a alma individual?
Se o Absoluto é uno, sem um segundo, do ponto de vista da verdade final, puro e intocado pelas dores da vida transmigratória, então de onde vem essa coisa forma de Si, coberta por características da experiência transmigratória como “nascido”, “morto”, “feliz”, “miserável”, “eu” e “meu”? Nós respondemos: As palavras no texto da Upanishad ‘Destes…
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John Lévy: Qui suis-je?
Nous devons commencer par l’homme parce que c’est en tant qu’hommes que nous posons ces questions. C’est donc en rapport avec nous-mêmes que ces problèmes se posent; nous devons savoir aussi d’où ils viennent. Le premier était “Qu’est-ce que je suis?” les autres étaient «Quel est le but de cette existence?» «Qu’est-ce que la vie?»…
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Shankara: a ascese
O trabalho é para a purificação da mente, não para a percepção da Realidade. A realização da Verdade é provocada pela discriminação e não por dez milhões de atos. Shankara (HuxleyPP)
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Hulin (PEPIC:110-112) – a noção de ahamkara (Bhagavad Gita)
Vamos primeiro mencionar o significado comum e “popular” de “orgulho” ou “egoísmo”. A Bhagavad-Gītā frequentemente usa o termo nesse sentido, e Śaṅkara não procura, de forma alguma, ler nele, nesse tipo de contexto, um significado mais abstrato, mais “filosófico”. Em II 71, por exemplo, ele se contenta, ao explicar a expressão nirahaṃkārah, em usar uma…
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Hulin (PEPIC:9-11) – a noção de ahamkara nos Upanishads
É claro que não se trata de estudar a noção de ahamkara ao longo de toda a história do pensamento indiano, e tivemos que distinguir, antes de tudo, entre as doutrinas nas quais ahamkara é orgânica e aquelas que a adotaram secundariamente em um período mais ou menos tardio. É indiscutível que, a partir do…
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Alston (SSB1:II.1.1) – Ser-o-Si-da-Totalidade
1. Esse “ser-o-Si-da-totalidade” é o estado mais elevado de consciência do Si, Seu estado natural supremo. Mas quando, antes disso, a pessoa se sente diferente do Si de tudo, mesmo que por um fio de cabelo, esse estado é nesciência (avidya). Quaisquer que sejam os estados de consciência, da natureza do não-si, estabelecidos pela nesciência,…
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Shankara (Atma-Bodha) – Reconhecimento da Identidade Suprema
René Guénon: O HOMEM E SEU DEVIR SEGUNDO O VEDANTA (Capítulo XXIV) “O iogue, cujo intelecto é perfeito, contempla todas as coisas como se morassem dentro de si mesmo (em seu próprio “Si”, sem qualquer distinção entre exterior e interior), e assim, através do olho do Conhecimento (Jnâna-chakshus, uma expressão que poderia ser traduzida com…
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Śaṅkara: l’ignorance
1. Cet « être-le-soi-de-tout » est l’état de conscience le plus élevé du Soi, son état naturel suprême. Mais quand, avant cela, on se sent être autre que le Soi de tous, même par la largeur d’un cheveu, cet état est ignorance [avidyā]. Quels que soient les états de conscience, de la nature du non-soi,…
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Shah-Kazemi (RSKPT:3) – Ser Absoluto é Atman?
Em resposta à pergunta: o Ser Absoluto é designado pelo nome Atman, Shankara responde: Não, não é. . . . Quando a palavra Atman é usada . . . para denotar o Ser mais íntimo (PratyagAtman) . . . sua função é negar que o corpo ou qualquer outro fator empiricamente conhecível seja o Ser…
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Shah-Razemi (RSKPT:4-5) – sat-chit-ananda
Para Shankara, o significado comunicável é restrito às seguintes categorias: gênero, ação, qualidade e relação. Como o Absoluto transcende essas categorias — ele não pertence a nenhum gênero, não realiza nenhuma ação, não tem nenhuma qualidade e não entra em nenhuma relação com “outro” além de si mesmo — ele “não pode ser expresso por…
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Alston (SSB3:VIII.1.3) – nesciência
2. Agora, essa conexão da alma com o adjunto externo (sobreposto) do intelecto está invariavelmente associada à nesciência (conhecimento falso), e a nesciência não pode chegar ao fim, exceto pelo conhecimento correto. Portanto, enquanto não houver o despertar para o próprio Si como Absoluto, a conexão com o adjunto chamado intelecto persistirá continuamente. E um…
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nome e forma
5. Tornando-se progressivamente mais grosseiros em sua natureza à medida que se manifestam mais, o nome e a forma (tendo se manifestado originalmente como o nome e a forma do éter) primeiro se tornam da natureza do vento. Do vento, tornam-se fogo, do fogo, água, da água, terra. Dessa forma, com cada estado anterior de…
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Alston (SSB3:VIII.1.6) – origem e dissolução da alma individual?
6. Pode ser que alguém caia no erro de supor que a alma individual também (isto é, assim como os elementos cósmicos e o organismo e seus poderes cognitivos e ativos que estão enraizados neles) possa estar sujeita à origem e dissolução. Pois normalmente falamos de Devadatta como “tendo nascido” ou como “tendo morrido” e,…
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Alston (SSB3:VIII.1.7) – alma modificada?
7. Bem, mas não foi dito que a alma deve ser uma modificação porque é composta, e que, por ser uma modificação, deve vir à existência (e ter um começo)? A isso respondemos da seguinte forma: O fato de a alma ser composta não provém de sua própria natureza intrínseca, pois temos o texto “O…
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Alston (SSB1:II.1.2) – Falsa distinção entre ação, seus fatores e resultados
2. Nesciência é a noção de que existe a distinção entre “ação, seus fatores e resultados”. Ela está constantemente ativa no Si. Essa nesciência tem estado ativa desde tempos sem início na forma de noções como “Meu ato”, “Eu sou o agente”, “Eu farei isso e agirei para esse fim”. Quando o conhecimento do Si…
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Hulin (PEPIC:132) – o mundo
De qualquer forma, o monismo de Śaṅkara exclui qualquer existência independente do “não-pensante” (acit ou jaḍa). Não é que ele caia no hylozoísmo, aquela tentação permanente do pensamento indiano que encontra sua expressão mais sistemática no jainismo, mas manifesta uma certa propensão a ver na chamada matéria inanimada uma vasta rede de instrumentos e obstáculos…
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Shamkara: la perception de la multiplicité des formes
II – Ce çloka revient sur la pensée précédemment exprimée, et la développe encore C’est en raison de distinctions de ce genre : telle chose est bleue ou jaune, grossière ou subtile, courte ou longue, etc…, que l’œil, en tant qu’unité, perçoit la multiplicité des formes. COMMENTAIRES Les formes sont des objets de perception qui…
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Hapel (BHRS:30-33) – Ramana e Shankara (2)
Em suas entrevistas, Râmana Maharshi respondeu a muitas perguntas sobre os fundamentos da obra de Shankara e sobre o advaita-vâda, que está em seu cerne e constitui o ensinamento “natural” de Râmana Maharshi. Essas conversas possibilitam estabelecer os fundamentos da obra de Shankara, ajudando a compreendê-la. O aspecto fundamental dessa obra é sua universalidade, sua…