As cosmogonias emanacionistas pulularam por volta do fim do último milênio antes da era cristã e o início de nossa era. Elas se esforçam como toda doutrina relativa à origem do cosmos, de amarrar o universo físico a seres ou elementos dinâmicos; aí está a única modalidade possível da explicação, posto que é o único meio de voltar à Unidade e à Identidade; mas, diferentemente das doutrinas criacionistas, elas não fazem intervir a vontade de um Eu. Elas aumentam assim as dificuldades. Não somente, elas não percebem o hiato intransponível que separa o cosmos real ou cosmos energético do cosmos fenomenal, mas elas fecham a via a todo corretivo visando o ser, unicamente o ser, em exclusão dos eus” que dele se apropriam, e que, pelo dom absolutamente total que dele se fazem mutuamente, mantêm integralmente sua unidade, em a transformando em uma torrente sem fim. Frequentemente estas doutrinas são levadas a enumerações de deuses, quer dizer a teogonias. Por aí atestam sua origem sempre muito antiga e seu primitivo caráter litúrgico. A Cabala contém o espécime mais interessante das cosmogonias emanacionistas.
Cosmogonias Emanacionistas
TERMOS CHAVES: cosmogonia