Guénon: alfa e ômega

Em resumo, o Centro é, ao mesmo tempo, o princípio e o fim de todas as coisas; ele é, segundo um simbolismo muito conhecido, o alfa e o ômega. Melhor ainda, é o princípio, o meio e o fim. Esses três aspectos estão representados pelos três elementos do monossílabo Aum, ao qual o Sr. Charbonneau-Lassay referiu-se como emblema de Cristo, e cuja associação à suástica, entre os signos do convento do Carmo de Loudun, parece-nos particularmente significativa. De fato, esse símbolo, muito mais completo que o alfa e o ômega, e capaz de sentidos que poderiam propiciar desenvolvimentos quase que indefinidos, é, por uma das concordâncias mais surpreendentes que se poderiam encontrar, comum à antiga tradição hindu e ao esoterismo cristão da Idade Média. Em ambos os casos, ele é, igualmente e por excelência, um símbolo do Verbo, que é na realidade o verdadeiro “Centro do Mundo”. [Guénon]

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