Jules Castier
L’homme qui désire connaître le « Cela » qui est « toi » peut se mettre à l’œuvre suivant l’un quelconque de trois moyens. Il peut commencer par regarder intérieurement dans son propre « toi », et, par un processus consistant à « mourir à son moi » — le moi dans le raisonnement, le moi dans la volonté, le moi dans le sentiment —; parvenir enfin à une connaissance du Soi, du Royaume de Dieu qui est en lui. Ou bien il peut commencer par les toi qui existent en dehors de lui, et peut essayer de se rendre compte de leur unité essentielle avec Dieu, et, à travers Dieu, entre eux et avec son propre être. Ou, enfin (et c’est sans doute là le meilleur moyen) il peut chercher à aborder ce Toi ultime à la fois par le dedans et par le dehors, de sorte qu’il parviendra à se rendre compte de Dieu expérimentalement, comme étant à la fois le principe de son propre toi et de tous les autres toi, animés et inanimés. L’être humain complètement illuminé sait, avec Law, que Dieu « est présent dans la partie la plus profonde et la plus centrale de son âme elle-même »; mais il est aussi et en même temps l’un de ceux qui suivant les paroles de Plotin, voient toutes choses, non pas en cours de devenir, mais en Être, et se voient eux-mêmes dans l’autre. Chaque être renferme en lui-même la totalité du monde intelligible. En conséquence, Tout est partout. Chacun y est Tout, et Tout est chacun. L’homme tel qu’il est maintenant a cessé d’être le Tout. Mais quand il cesse d’être un individu, il s’élève de nouveau, et pénètre le monde entier.
Jordana
O homem que deseja conhecer “Aquilo” que é o “tu” tem de trabalhar numa das três formas seguintes: pode principiar olhando internamente para o seu tu individual e, por um processo de “morrer para o ser” — o ser do raciocínio, o ser da vontade, o ser das sensações — chegar, por fim, ao conhecimento do Ser, do Reino de Deus que está dentro de nós. Ou pode principiar com os tus existentes fora de si mesmo, e tentar realizar sua unidade essencial com Deus e, através de Deus, com cada um e com o seu próprio ser. Ou, finalmente (e esta é, sem dúvida, a melhor maneira), pode buscar a aproximação do supremo Aquilo, simultaneamente, por dentro e por fora; deste modo ele chega a realizar Deus experimentalmente como princípio do seu próprio tu e de todos os outros tus, animados ou inanimados. O ser humano completamente iluminado sabe, com a Lei, que Deus “está presente na parte mais profunda e central da sua própria alma”; mas ele é também, ao mesmo tempo, um daqueles, que nas palavras de Plotino,
“vê todas as coisas, não no processo de vir-a-ser, mas no Ser, e vê a si mesmo no outro. Cada ser contém em si mesmo todo o mundo inteligível. Portanto, o Todo está em todas as partes. Cada um está lá no Todo, e o Todo, em cada um. O homem, como é agora, cessou de ser o Todo. Mas quando ele cessa de ser um indivíduo, levanta-se a si mesmo novamente e penetra todo o mundo”.
Dessa um tanto obscura intuição da unidade, que é a base e o princípio de toda multiplicidade, é que tem origem a filosofia. Não somente a filosofia, mas também a ciência natural. Toda ciência, na frase de Meyerson, é a redução de multiplicidades em identidades. Ao divisar o Um interno e além do múltiplo, encontramos uma intrínseca plausibilidade de qualquer explanação da diversidade em termos de um só princípio.
Original
The man who wishes to know the ‘That’ which is ‘thou’ may set to work in any one of three ways. He may begin by looking inwards into his own particular thou and, by a process of ‘dying to self’ — self in reasoning, self in willing, self in feeling — come at last to a knowledge of the Self, the Kingdom of God that is within. Or else he may begin with the thous existing outside himself, and may try to realize their essential unity with God and, through God, with one another and with his own being. Or, finally (and this is doubtless the best way), he may seek to approach the ultimate That both from within and from without, so that he comes to realize God experimentally as at once the principle of his own thou and of all other thous, animate and inanimate. The completely illuminated human being knows, with Law, that God * is present in the deepest and most central part of his own soul’; but he is also and at the same time one of those who, in the words of Plotinus,
see all things, not in process of becoming, but in Being, and see themselves in the other. Each being contains in itself the whole intelligible world. Therefore All is everywhere. Each is there All, and All is each. Man as he now is has ceased to be the All. But when he ceases to be an individual, he raises himself again and penetrates the whole world.
It is from the more or less obscure intuition of the oneness that is the ground and principle of all multiplicity that philosophy takes its source. And not alone philosophy, but natural science as well. All science, in Meyerson’s phrase, is the reduction of multiplicities to identities. Divining the One within and beyond the many, we find an intrinsic plausibility in any explanation of the diverse in terms of a single principle.