Tudo aquilo que implica a “Forma divina”, quer dizer todo o conjunto de Nomes (ou Qualidades universais), se manifesta nesta constituição humana, que, deste fato, se distingue (das outras criaturas) pela integração (simbólica) de toda a existência. Daí o argumento divino condenando os Anjos (que não viam a razão de ser nem a superioridade intrínseca de Adão); guarde isto, pois Deus te exorta pelo exemplo de outro, e olha por onde o julgamento atinge aquele que ele atinge. Os anjos não realizaram aquilo que implica a constituição deste representante (de Deus sobre a terra), e não realizaram também aquilo que implica a adoração essencial (dhatiyah) de Deus; pois cada um só conhece de Deus aquilo que infere de si mesmo. Ora, os Anjos não têm a natureza integral de Adão; eles não realizam portanto os Nomes divinos cujo conhecimento é o privilégio desta natureza e pelos quais esta O “louva” (afirmando Seus aspectos de Beleza e de Bondade) e O “proclama Santo” (em atestando Sua Transcendência essencial); eles não sabem que Deus possui Nomes que escapam a seu conhecimento e pelos quais eles não saberiam portanto Lhe “louvar” nem O “proclamar Santo”.
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