Eles foram vítimas de sua própria limitação quando disseram, a respeito da criação [de Adão sobre a terra]: “Queres tu pois aí criar alguém que semeia a corrupção?” (Corão II,28). Ora, esta corrupção, o que é ela senão a revolta, logo precisamente isto que eles manifestam eles mesmos? Aquilo que eles diziam de Adão se aplica a sua própria atitude para com Deus. Por conseguinte, se tal possibilidade [e revolta] não estivesse na sua natureza, eles não a teriam inconscientemente afirmado a respeito de Adão; se eles tivessem tido o conhecimento deles mesmos, eles teriam sido eximidos, da parte deste conhecimento, dos limites que eles sofreram; eles não teriam insistido [na sua acusação de Adão] até tirar vaidade de sua própria “louvação” de Deus e daquilo pelo qual eles O “proclamavam Santo”, enquanto que Adão realizava os Nomes divinos que os Anjos ignoravam, de modo que nem sua “louvação” (tasbih) nem sua “proclamação da Santidade divina” (taqdis) não eram parecidas àquelas de Adão.
Ibn Arabi (SP) – Da sabedoria divina no verbo adâmico §5
- Ibn Arabi (SP) – Da sabedoria da inspiração divina no verbo de Seth §16
- Ibn Arabi (SP) – Da sabedoria da inspiração divina no verbo de Seth §17
- Ibn Arabi (SP) – Da sabedoria da inspiração divina no verbo de Seth §18
- Ibn Arabi (SP) – Da sabedoria da inspiração divina no verbo de Seth §19
- Ibn Arabi (SP) – Da sabedoria da inspiração divina no verbo de Seth §2
- Ibn Arabi (SP) – Da sabedoria da inspiração divina no verbo de Seth §20
- Ibn Arabi (SP) – Da sabedoria da inspiração divina no verbo de Seth §3
- Ibn Arabi (SP) – Da sabedoria da inspiração divina no verbo de Seth §4
- Ibn Arabi (SP) – Da sabedoria da inspiração divina no verbo de Seth §5
- Ibn Arabi (SP) – Da sabedoria da inspiração divina no verbo de Seth §6