Isha Upanixade

O Isha Upanishada contém apenas 18 parágrafos (originalmente, versos em Sanscrito) que se referem aos mais variados tópicos. A sua filosofia não se baseia na lógica e no raciocínio, mas no poder intuitivo e na sua verificação pela experiência prática. Aceita-se o universo como o base da existência cósmica e estabelecem-se as relações entre a criação e o Criador. O Espírito imutável, livre e eterno, sendo imaterial e supremo, move e simultaneamente não move, está longe e simultaneamente perto, e encontra-se simultaneamente no interior e no exterior do universo. É somente quando se reconhece a Alma Universal em tudo quanto existe e se aceita que tudo quanto existe deriva dessa Alma é que o Homem chega ao conhecimento da Unidade Suprema e atinge a imortalidade. A aparente multiplicidade do universo é exemplificada na dualidade do saber e da ignorância, porque nem o saber nem a ignorância são em si absolutos. A ignorância conduz o homem à morte a o saber leva-o à imortalidade. Aqueles que crêem na multiplicidade entram no mundo da ignorância e das trevas. Não se atinge a finalidade da criação seguindo-se só em si ou a ignorância ou o saber. Pelo saber o homem pode atingir Brahman ou a Alma Universal sem se integrar nela. A ignorância só em si apenas nos conduz aos prazeres e às alegrias efêmeras do mundo. É através do homem que a multiplicidade se manifesta conscientemente. O verdadeiro conhecimento é aquele através do qual o homem alcança a Alma Universal e rejeita as diversidades conscientes do saber e da ignorância. Só quando o Homem se identifica totalmente com a Alma Universal é que pode na realidade dizer: “Esse sou eu!” (SVVT)